Destination Traits - Capri

capítulo 52

Chegamos no centro do Los Angeles por volta das nove horas. O apartamento de Ariana era confortavelmente
aconchegante, era um pouco moderno e bastante colorido. Tinha quatro quartos e três banheiros, além de alguns seguranças enviados por Mac, o mesmo enlouqueceu por saber que Ariana estava longe e pior ainda, sem segurança nenhum. Me senti uma irresponsável por isso. A noite passou rápido e quinta feira amanheceu nevando. A neve cobria toda a calçada e os tetos dos carros, suspirei e voltei para a cozinha.

- Ari, venha tomar café. - Chamei alto.

— Já vou. – Ela gritou do quarto.

Coloquei o líquido quente e escuro na xícara, dei uma soprada antes de levá-lo até minha boca. Caminhei até a sala e peguei meu celular, liguei para o primeiro nome que apareceu nas ligações recentes. No terceiro toque ela atendeu.

- Pronto, eu não estava dormindo. - Ela falou sonolenta.

- Bom dia, Ingrid.

— Carol, obrigada por me acordar, dormir com meu filho no peito. - Gargalhei imaginando a cena. - Espera, vou colocar ele no berço.

- Está bem. - Vi Ariana passar para a
cozinha, tirei o celular do ouvido. - Pode ir
colocar um cachecol.

— Ah, isso pinica.

– Ariana. – Apertei os olhos.

— As vezes você é pior que minha mãe. – Ela bufou e voltou para o quarto.

- Carolyna?

- Estou aqui.

- Bem, a Priscila entra no serviço às oito,
mas as vezes ela chega mais tarde. - Ingrid
parecia se movimentar, olhei no relógio e
marcava sete horas. - Hm... Ela sempre anda com a Demi, que é a empresária social dela.

- Empresária social?

- A Demi cuida da imagem da Priscila, da
agenda, dos compromissos, reuniões, essas
coisas.

- Uau, ela está tão...

- Poderosa? Sim.

- Certo, o que mais eu devo saber?

- Priscila nunca tem tempo para bater um papo, então seja decidida e direta, mas não fala na cara que você é você. Entende?

— Hm, acho que sim.

- A secretária dela se chama Adélia, ela é
um amorzinho, mas super fiel às ordens de
Priscila. Talvez você terá que enfrentá-la para conseguir falar com a chefe.

- Ótimo. – Falei irônica e bebi mais um gole
do meu café. - O que mais?

- A sala dela fica nos fundos, na parte
administrativa.

- Okay...

- Você sabe onde o Lucas fica?

— Já pesquisei no Google.

- Ótimo... Ah, Carol, tenha paciência okay?
Priscila sofreu muito durante anos, por mais que ela esteja durona por fora, mas no fundo ela ainda está triste e machucada, e você é a culpada disso. - Escutar aquilo foi como um tapa na cara com um tijolo. - Ela não está nada fácil, você terá que lutar para conseguir reviver a sua garota que está morta dentro dessa Priscila.

- Eu não espero que seja fácil, eu vou lutar
por isso, eu vou lutar por nós.

- Você deveria ter feito isso antes.

— Eu sei... – Suspirei pesadamente.

— Não perca a fé no amor, Carolyna. Ele muda as pessoas e move montanhas.