Meu primeiro amor. - Manidy.

Ele só pode ser um encosto. ( 💦 )

Enquanto eu conversava com os meninos, vi S/N descer as escadas e vir até mim.

- Oi... - Ela diz dando um sorriso forçado.

- Oi! - Antony responde ainda com raiva do pai da garota.

- Preciso conversar com você. - Antony avisa e logo pega no braço de S/N e a leva para seu quarto.

S/N

- Oque foi? - Pergunto sentando na cama observando Antony trancar a porta.

- Preciso que você me responda com toda a sinceridade do mundo, tá me entendendo? - Ele pergunta com a mandíbula travada e logo depois senta ao meu lado e pega em minha mão.

- Sim? - Respondo sorrindo de nervoso.

- Oque aquele homem fez para você? - Ele pergunta irritado.

Antony

Eu estava irritado com a situação, quem era aquele homem para tratar a minha princesa desse jeito? Um ogro só se for!

- Ah... - Ela diz e logo enche os olhos d'água.

- S/N, me responde sem mentir. - Aviso olhando no fundo dos olhos da garota.

- Eu... Então... Meu pai não era um homem muito bom, e...não é.... Quando eu tinha 7 anos, minha mãe e ele acabou tendo uma briga besta de casal, ele foi embora de casa e minha mãe obviamente pegou a chave reserva dele e guardou... - Ela explica com a voz de choro e no meio para.

- Pode contar princesa eu estou aqui para ouvir. - Aviso colocando a mão em seu rosto.

Ela da um sorriso de leve, forçado e logo depois continua contar.

- Meus pais se separaram uma semana depois, e minha mãe ficou com a minha guarda, porém 1 mês depois meu pai veio em casa...de noite, eu já estava dormindo e ele aproveitou e me pegou no colo e me levou no carro dele. Quando acordei eu estava em uma casa totalmente diferente da minha, era uma casa abandonada, e ele não estava dentro do automóvel, as portas estavam fechadas, mesmo assim eu estourei o vidro com uma tábua que tinha lá, e sai do carro, quando menos esperei ele me agarrou e passou a mão em mim...eu dei um chute no saco dele e sai correndo novamente para a minha cidade... - Ela conta chorando e eu abraço ela.

- Não chora, eu estou aqui. - A consolo cheirando seu pescoço.

- Todo mundo aqui tem uma gama de cheirar meu pescoço? - Ela pergunta rindo.

- É porque gente cheirosa tem que ser cheirada. - A respondo me afastando dela e rindo.

- Então... Depois desse dia, eu contei para a minha mãe oque tinha acontecido naquela noite, e ela me levou na delegacia para contar oque havia acontecido porém os policiais não acreditaram em nada, eles disseram que eu tinha sonhado com isso. Eu obviamente tinha que ir na casa dele nos finais de semana, e minha mãe ficou super brava, ele chegou em casa com o carro ainda com o vidro estourado e ela pegou ele pelo pescoço e bateu nele até ele desmaiar, nesse momento eu já estava desesperada, os policiais foram para lá e levaram a minha mãe, meu pai foi para o hospital e eu fiquei temporariamente em um orfanato, ninguém da minha família me queria em casa então foi a única opção.

- Ele chegou a te...estuprar? - Pergunto segurando a mão da menina.

- Então... Minha mãe foi presa durante 6 anos por agressão, meu pai depois de 3 semanas saiu do hospital e eu tive que ficar com ele. No primeiro dia na casa, ele me tratou bem, meu pai queria se aproximar de mim como amigo, mas...depois disso eu nunca mais confiei nele como eu confiava antes. Na 4 noite, eu estava tomando banho, tranquei a porta porém ele tinha uma chave reserva do banheiro e ele entrou, ele trancou a porta e...você sabe...eu tentei sair e tentei bater nele, mas ele era muito mais forte que eu e maior então não consegui e ele... - Ela fala chorando.

- Te estuprou... - Falo preocupado.

Ela começa a chorar desesperadamente, eu a abraço. Depois de pouco tempo foram depositadas batidas na porta.

- Oi? Sou eu o Richarlison. Posso entrar? - Escuto a voz do pombo e logo depois ele entra.

- Oque aconteceu? - Ele pergunta fechando a porta e indo até S/N.

- Ela estava me contando sobre o cidadão lá embaixo. - Aviso observando ele abraçar S/N.

- Vou descer. - Ela avisa passando a mão no rosto.

- Ok princesa. - Richarlison responde e beija S/N.

A garota sai do quarto e o homem senta ao meu lado.

- E aí? - O mesmo pergunta preocupado.

Eu conto a história novamente para ele.

- Meu Deus... - Ele responde.

- E agora? -

- Deixa ele ficar só mais essa noite, só para o cachorro não dormir na rua. - Richarlison responde bravo com a mandíbula travada e sai do quarto.

S/N

Depois de contar tudo para Antony desci as escadas e fui para perto de Paquetá que estava na cozinha.

- Tudo bem? - Ele pergunta passando a mão em meu rosto.

- É... Acho que sim. - Respondo procurando a pessoa que nem é considerada mais meu pai.

- Filha! Você está aí! - Escuto a voz do mesmo atrás de mim.

Logo depois me viro de frente para ele, o mesmo tenta me abraçar porém desvio.

- Cara de pau. - Sussurro baixo para mim mesma.

- Que, que foi menina? Oque você disse? - Ele pergunta gritando.

- Eu disse que você é um cara de pau por vir aqui depois do que você fez! - Eu grito.

Richarlison desce e vai até a cozinha junto com Antony.

- Senhor, não grita com ela. - Richarlison responde me colocando atrás dele mesmo.

- Ela é minha filha! Eu grito com ela quando eu quiser! - Ele grita novamente e me puxa pelo braço agressivamente para perto dele.

Eu empurro ele e saio de perto do mesmo.

- Você tá achando que você é quem? Meu pai? Que pai estupraria a própria filha? - Pergunto gritando e bato na mesa com força.

- Que? - Paquetá, Vini, Pedro e Neymar que estava descendo as escadas perguntam.

- De onde você tirou isso? - Meu pai me pergunta se fingindo de sonso.

- De onde? Eu tirei de quando eu tinha 7 anos e você me estuprou! - Eu grito e soco a mesa novamente.

- Eu não fiz isso. - Ele grita.

- Cala a sua boca seu velho fodido filho da puta se não eu te tiro daqui em 5 segundos e você vai dormir na rua. - O aviso e logo depois vou para a sala.

Richarlison

Fiquei perplexo depois do que aconteceu. Fui para uma sala específica que era uma "sala de reuniões" da seleção, o grupo estava lá conversando, logo depois de ir para lá, Pedro, Vini, Paquetá e Neymar vem até mim.

- Richarlison... Que, que ouve lá embaixo com a princesa? - Paquetá pergunta.

- Então...Antony perguntou para ela se o pai dela já fez algo para a menina, e ela contou que foi assediada e estuprada pelo pai. - Explico passando a mão na testa.