Capítulo 15

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Olá!
Pessoal, demorei porque estou com um bloqueio criativo gigantesco com essa história, pensei até mesmo em arquivá-la e trabalhar em "Minha pessoa favorita", onde os arquivos perdidos estão mais frescos em minha memória, mas, consegui escrever esse capítulo para vocês, já desenhando os planos de Valentina na empresa.
Não deixem de votar e comentar ao final.
Desejo uma boa leitura.

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Valentina POV

Barulho. O som do despertador avisava meu subconsciente que estava na hora de acordar e enfrentar mais um dia de lutas e confrontos em família. Após semanas analisando todos os processos burocráticos, clientes e quadros de funcionários, contando com a mentoria de Augusto, chegou o momento de iniciar meus trabalhos na empresa e colocar meus planos em prática. No decorrer destes dias, busquei ser extremamente analítica com cada informação ou depoimento coletado, Augusto apontava sua visão de cada personagem integrante daquele local, apontando os detalhes positivos, negativos e nível de influência, relatando perspectivas até mesmo de seus filhos, afinal, segundo ele, poderiam ser sangue de seu sangue, mas, deviam profissionalismo e ética no ambiente de trabalho. Inúmeras foram as horas que permaneci em seu escritório apresentando algum plano de ação que desejava executar e quais seriam as peças utilizadas, juntos, formulávamos relatórios detalhados e encaminhávamos para meu avô na Itália, este, que sempre enviava suas respostas com algum rascunho ou opinião, todas extremamente válidas. Permanecendo ao seu lado, criamos uma estratégia de negócios arriscada e eficiente, o qual, apresentaria para todo conselho nesta manhã, iniciando os jogos e preparando-me para suas consequências.

Enquanto dirigia em direção a empresa, recebi uma mensagem de voz em meu celular, ao executá-la no sistema de áudio do carro, ouvi em tamanha alegria que minha equipe fotográfica já havia se instalado em novas residências e mostravam-se empolgados para um novo desafio de trabalho, algo que agradeci internamente. Lembro-me perfeitamente quando realizei uma chamada de vídeo com todos os membros da equipe, meus parceiros sabiam desde o início que voltaria para Miami, por esta razão, todos nós já havíamos conquistado nossas residências e não havia qualquer problema com esta logística, o que surpreendeu meus parceiros foi a divisão do meu tempo entre carreira e empresa familiar. Em um primeiro momento, suas expressões de espanto eram engraçadas e cômicas, não acreditavam em tamanha loucura visto que detestava este mundo corporativo, mas, quando expliquei meus motivos e garanti continuar com nossos planos neste solo, apoiaram minha jornada sem qualquer receio ou insegurança. Apesar de dever minhas obrigações ao meu avô, jamais abandonaria minha câmera e paixão por instantes de felicidade na fotografia, ficar longe não era uma opção ou negociação. Agora, com minha equipe em suas devidas casas, estúdio e galeria próximos de sua inauguração, sentia-me mais forte e tranquila para os desafios que aguardava em expectativa e silêncio.

Estacionei meu carro na vaga destinada ao conselho e após recolher minha mochila e pertences, segui em direção ao elevador com o objetivo de falar com Augusto antes de iniciar meus trabalhos. Dentro da caixa metálica, comecei alguns treinamentos para regular minha respiração e pensamentos, pensar que hoje estaria presente em uma primeira reunião de conselho, fazia meu corpo todo congelar e toda coragem começar a esmorecer. Precisava de autocontrole para conseguir vencer. Encarei o painel de led acima da porta do elevador e seus números em vermelho indicavam que havia chegado ao meu destino e o primeiro passo havia se iniciado, com toda força acumulada de meu corpo, agarrei a alça de minha mochila e sai em busca de luz. Meus olhos focaram o grande espaço composto por mesas, computadores, telefones e funcionários, todos cumprindo suas atividades operacionais naquela manhã com extremo cuidado e competência. Caminhei lentamente até uma mesa aleatória, sentia todos os olhares voltados para minha figura, alguns sussurravam de forma quase discreta e outros, ajeitavam suas roupas para parecerem mais apresentados e elegantes diante de meus olhos. Esses tipos de comportamento não me surpreendiam, afinal, minha presença neste lugar sempre foi nula e inexistente.

Never Be The Same - ValuOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz