Capítulo 22

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Ainda era um grande mistério a morte da camareira Campbell, pois está foi morta sem mais e nem menos e sem nenhum motivo aparente. Muitos ainda se perguntavam sobre o porquê dela ter sido morta tão brutalmente, sendo que sempre foi uma bondosa mulher. Era o que todos pensavam. Mas, segundo Edith, Campbell sabia demais. Foi morta pelo mesmo assassino de Racinov, que sabia além de todo mundo. Assim foi com os demais que se foram sem motivos. Morreram porque sabiam demais. Porém, será mesmo que era isso? Jimmy sabia - ou melhor, desconfiava - sobre quem matou Campbell, mas, ele ficou calado, pois sabia que se contasse, seria o próximo cadáver a ser enterrado a sete palmos abaixo do solo. No dia seguinte da morte de Campbell, com apenas quatro dias para a temporada de férias terminar, o detetive McMullen e o delegado, Beaufort, mais uma vez visitaram a mansão dos Welland, onde desvendarão mais um mistério. Na parte da manhã, Jim deu o seu depoimento ao delegado e ao detetive, que na qual, analisaram bastante sobre o caso e compararam com os outros que já ocorreram, na tentativa de obter alguma pista ou conclusão. Porém, nada havia sido concluído. Mesmo depois de quase três horas de investigação e relatos, nada havia sido resolvido.

Aquele era o caso mais complexo e complicado que o detetive já havia recebido e isso, segundo ele, era o crime mais bem elaborado de todos e que superava até mesmo o caso de Jack, O Estripador. Mesmo esse tendo apenas 5 mortes, o caso dos cadáveres com a letra K, já haviam alcançado sete pessoas e se não fosse detido rapidamente, poderia até passar de dez pessoas. E isso já se passava de um grande assassino em série. Quando já aproximava-se das onze horas da manhã, o Sr. Bloodvessel adentrou na mansão com um telegrama em mãos, este era do departamento de polícia de Bridgetown, destinado ao Dr. Beaufort. Era mais um cadáver achado na rua Lloyd, este também portava a letra K e tinha sinais de estrangulamento. A investigação do caso da morte de Campbell teve que ser suspenso, pois havia mais um corpo e este era o mais fácil de se resolver. Faltava poucos minutos para que o almoço fosse servido e já fazia cerca de meia-hora que o delegado e o detetive haviam deixado a mansão, rumo agora a rua Lloyd. O Conde Welland ficou indignado com esse ato feito por eles.

- Onde está o detetive? - Perguntou Lucy adentrando no sala dos fumantes e vendo que não tinha mais ninguém lá. - E o delegado?

- Acho que já terminaram por hoje!

- Tão rápido assim? - disse Lucy desconfiada. - Para um caso tão complexo, eu presumo que não!

- Eu também acho que não - Mabel respondeu olhando para todos os lados. - Vamos ver no salão de jantar, talvez eles tenham ido para lá por causa do almoço!

Lucy assentiu. Ambas seguiram rumo ao salão, no entanto, passaram por diversas salas e no caminho, encontraram com o jovem Latimore, este que retornava do salão de jantar.

- Sr. Latimore, sabe-me dizer se o Dr. Beaufort e o Dr. McMullen ainda estão por aqui?

O jovem criado parou um pouco, mas estava com pressa.

- Eu não sei lhe responder, Srta. Welland! - Disse o rapaz voltando a caminhar rapidamente. - Desculpe!

Não demorou muito para que ele estivesse fora do campo de vista das duas moças, na qual estava ocupado demais para saber algo daquele tipo.

- Ele é sempre assim... - Mabel comentou. - Sempre diz que está ocupado e nunca dá atenção a ninguém!

Lucy franziu o cenho.

- Como é que você sabe, sendo que... - ela disse, mas logo pensou numa coisa. - Você não fez o que eu estou pensando... Não é?

Mabel suspirou profundamente.

- Ele é ocupado demais para dar atenção a uma pobre dama!

Lucy sorriu.

- Você não perde tempo, não é mesmo?

A Sombra da MorteWhere stories live. Discover now