Maria Luiza.

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reta final. 🥹

Analua

Quer que eu tire o miojo do fogo? - Antony diz se levantando enquanto estávamos assistindo televisão, Lorenzo estava na minha coxa dormindo.

Por favor, tô impossibilitada de fazer isso.
E já me tráz temperado, empregado. - Grito para Antony para que ele escute lá de baixo, sabia que Lorenzo dormia igual pedra e não ia escutar.

Antony me trouxe um pratão de miojo de galinha caipira, com requeijão e cheddar. ele sabe dos meus gostos, eu amo essa mistura.

No mesmo momento da primeira garfada senti uma tontura e um enjôo fora do comum, só o vapor do miojo me irritou.

Olhei para Antony com a mão na boca e fui correndo para o banheiro, o mesmo segurou meu cabelo e esteve comigo em todo segundo.

Quando eu acabei ele veio com um copo d'água, eu estava com meus olhos latejando, fraca já de tanto vomitar.

O meu celular tocou com tanta força encima do móvel do banheiro que era impossível não atender.

Analua, a Maria Luiza vai nascer. Lucas foi no mercado e não atende o celular, preciso ir para o hospital. -

Dei um ok e desliguei o celular, por mais enjoada que eu tivesse, Duda estava me pedindo ajuda e precisava de mim.

Minha sobrinha ia nascer.

Avisei Antony que pegou Lorenzo dormindo e o colocou dentro do carro, o combinado seria eu levar Duda junto com Richarlison para o hospital.
Antony ficaria com as crianças que não poderiam ficar sozinhas.

Liguei para Richarlison e ele disse que já estava indo, resultado: tava tão cagado de medo que foi mais rápido que eu, chegou antes.

Duda estava na porta esperando com tudo preciso, Benício e Pippo estavam do seu lado.

Trás minha maninha, titia. - Pippo disse para mim antes de eu entrar no carro e tentar acalmar Duda. Pisquei para ele, Richarlison saiu cantando pneu.

Lucas me ligou desesperado no caminho e disse que também já estaria indo para lá.

Quando chegamos no hospital, Duda já estava com 10 cm de dilatação e uma dor insuportável.

Todas as mães internadas olhavam atentas pela janela do quarto para os gritos de Duda, era como se uma leoa estivesse rugindo.

O médico colocou ela em uma cadeira de rodas, eu tinha que fazer a ficha do hospital e ao mesmo tempo ficar com ela. Graças a Deus que bem nesse período Lucas chegou e foi para a sala de parto.

Richarlison me acompanhou para fazer a ficha, estava tão nervoso que tomou café das máquinas umas 23 vezes.

Para quieto, puta merda. - disse já sem paciência, ele tava mais nervoso que o Paquetá.

Sua sem coração, é minha primeira afilhada. Eu nunca acompanhei nenhum parto. - ele diz olhando pra mim como se eu tivesse cometido um crime.

Imagina quando for pai então, vai precisar de mais ajuda que a grávida. Eu já vi todos os partos dos meus sobrinhos, Duda é muito forte! Vai dar tudo certo. - digo fazendo ele respirar fundo.

O parto foi mais rápido que eu esperava, já que os outros dos meninos demorou 4 horas.
Já esse, 1h30min.

Os acompanhantes de Maria Eduarda Fournier. - um velho com a voz limpa e clara fala, levantamos da cadeira.

Eai careca, como que ela tá? - Richarlison diz na maior naturalidade, o médico fechou a cara.

Meu nome é Lúcio, senhorzinho. Ela está muito bem, a menina nasceu bela e saudável. - ele diz com uma ficha na mão.

É que eu não sabia seu nome, aí te chamei de careca. Podemos visitar elas? - Richarlison completa o deboche dele, fazendo uma pergunta decente.

Apenas um por vez. O pai ainda está dentro do quarto, quando ele saír terão que pegar o crachá de visita. - Ele diz, abana e entra em uma sala aparentemente de consultório.

(...)

Que princesa eu sou, titia. - eu digo com uma voz diferente segurando Maria Luiza, que se mexia toda vez que eu direcionava minha voz a ela.

Eu estou tão cansada, os partos dos meninos duraram mais, porém esse foi muito mais cansativo. Parece que me arrombou por dentro, sem piada. - Duda diz fazendo eu rir da última frase dela.

Duda, ela tem a minha boca. MARIA EDUARDA ELA TEM A MINHA BOCA. - eu digo para Duda que quando percebe concorda e se empolga também.

Quem será que ela puxou a boquinha carnuda, os olhinhos verdes e o cabelinho loiro natural? Carrego por nove meses, seu irmão me ajuda o parto inteiro para sair a cara da tia. - ela diz me deixando perplexa, a menina tinha vários detalhes meus.

Paquetá demorou para aceitar pra eu dormir ali aquela noite, mas eu queria muito.

Nas primeiras noites é de extrema importância que tenha uma mãe, irmã, amiga.
Duda se sentiria mais confortável. (não que ela não se sinta com ele)

Eles já dariam alta daqui 3 dias, pela visão do médico.

(fim do episódio)

ooi! nasceu a criança avemaria, veio bem e saudável para a felicidade de vocês.

tô com previsão da fic acabar quinta feira, mas não sei.

espero que estejam gostando dessa reta final.

um beijão! 🤍

a versão feminina do Antony. | Antony Santos 🚀Место, где живут истории. Откройте их для себя