Viola?

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Yolanda: tas aqui a fazer o que?

Xxx: eu faço parte da equipa.

Ri-me. As vezes parece que aquela gaja segue-me para todos os sítios possíveis. Entrei falei com o professor e ele deu-me a inscrição e fui almoçar ao café ao lado da escola, quando acabei passei por casa para depois ir ao hospital ver como estava a Érica.

Yolanda: Alex? -gritei-

Alex: -desce as escadas- diz

Yolanda: olha lá, mais logo queres sair?

Alex: quero mas..

Yolanda: nem mas nem meio mas. Vamos e pronto.

Fui para a cozinha a cozinha da fiz o almoço.

Yolanda: -tirei uma dose para mim- a minha mãe não ligou?

Alex: não. -olhou para mim-

Yolanda: ela disse que me ia ligar sempre que podia e agora é isto. -baixei a cabeça-

Alex: -vem até mim- ela está lá a trabalhar para te dar boas condições de vida, para poderes ter uma casa como está e muito mais.-deu-me um beijo na testa- vá não te quero ver mal.

Yolanda: preciso de uma opinião.

Alex: -com um ar surpreendido- só estou de ouvidos.

Yolanda: eu sei que não tenho passado muito tempo com a Érica e queira levar a viola para tocar para ela o que achas?

Alex: não sabia que tocavas,-fez uma pausa- muito menos cantavas.

Yolanda: talentos escondidos -ri-me-

Alex: mas sim,leva. Quem sabe ela acorda.-riu-se-

Levantei-me e fui para o quarto. Peguei na viola que tinha escondido há muito tempo no fundo do meu armário. Tocava do por diversão, e para me esquecer dos meus problemas. Peguei na viola, no meu cartão de crédito, sacudi o pó que ela tinha, peguei na alça da viola e desci.

Alex: -olhou para mim- eu daqui a pouco passo por lá.

Yolanda: Ok, olha o quarto é o 2014.

Alex: olha -olho para ele- e vê lá se em vez de a acordes não a matas.

Yolanda: cala-te estúpido -atirei-lhe uma almofada-

Sai de casa com a viola nas costas, achei estranho, senti muita gente a lancar-me olhares. Entrei no táxi e fui para o hospital. Quando lá cheguei vi o ihor e o jorge a saírem do quarto e só consigi pensar para mim mesma -merda-. Não queria que eles me vissem lá, muito menos com a viola.

Ihor

Estava-mos a sair da sala da Érica. Estava a ser intenso para o Jorge estar ali a ver a namorada sofrer. Eu era como um apoio para ele. Assim que fechamos a porta vi Yolanda com uma viola nas costas e a entrar para o quarto.

Ihor: -puxei-lhe o braço- espera um pouco.

Jorge: o que foi -disse com os olhos vermelhos de tanto chorar-

Ihor: espera um pouco.

Não queria dizer nada a ele porque sabia que ele estava chateado com a Yolanda. Mas ela com uma viola, supus que ela ia cantar, então quis ficar a ouvir.

Yolanda

Estava dentro do quarto a preparar-me para tocar mas antes quis chamar a enfermeira para ver se podia e Se não fazia mal aos outros pacientes. Carreguei num botão e ela quase que apareceu de imediato.

Yolanda: não faz mal se eu tocar e cantar um pouco para ela?

Enfermeira: não, claro que não. -sorriu- até lhe faz bem estas interações. -saiu do quarto.

Preparei a viola , puxei uma cadeira de modo a que eu ficasse de frente para ela. Ia tocar Bruno Mars- Count On Me. Acho que aquela música nos descrevia. E comecei a tocar.

I can count on you like four, three, two
And you'll be there
'Cause that's what friends are suppose to do
Oh, yeah
(Ooh ooh ooh uh uh)
(Ooh ooh ooh uh uh)

Já estava quase no fim quando comecei a ouvir um "bip" que me começou a assustar. Carreguei no botão descontroladamente na esperança que a médica viesse. Quando dei por mim estavam a entrar no quarto 4 médico e 1 enfermeira, estava tudo uma confusão, olhei incrédula para o que se estava a passar. A enfermeira veio ter comigo e pos-me fora do quarto.

Enfermeira: é melhor aguardar aqui fora. -deu-me a viola-

Não sei porque mas estava lá fora o Jorge e o Ihor. Sentei-me numa cadeira e sem querer caiam lágrimas da minha cara. clima estava muito negativo até que alguém quebrou o silêncio.

Jorge: -levantou-se- tu tens sempre de aparecer a fazer merda. Porque é que não ficar em casa e deixas a Érica em paz?

Yolanda: desculpa se não gostas dakmha presença mas como melhor amiga dela tenho o direito TODO de estar aqui.

Jorge: VISTE O QUE FIZESTE? ELA PODE ESTAR ENTRE A VIDA E A MORTE.

Yolanda: JORGE PORRA ENTENTE QUE EU TAMBÉM SOU AMIGA DELA, TAMBÉM SIU GENTE. -estava a chorar-

Jorge: DESAPARECE MEU.

Ihor: NAO É PRECISO FALARES ASSIM COM ELA PORRA, ELA É UMA MIUDA. ENTENDE QUE ESTAO AQUI OS DOIS PELA MESMA COISA.-saiu dali-

Fiquei incrédula, o ihor defendeu-me.

Jorge: olha..

Sai dali a correr, corri o hospital todo, senti que empurrei muitas pessoas mas só queira sair daquele hospital e daquele negativismo tiro. Estava quase a sair do hospital quando alguém me puxa pelo braço e me envolve num abraço que eu estava mesmo a precisar.

Quem será que lhe deu o abraço?
Leiam, partilhem e não se esqueçam de dar a ⭐⭐.

O rapaz que me beijouWhere stories live. Discover now