Capítulo 22

44 10 0
                                    

Draco

Saio do tribunal estupidamente nervoso, quero matar a primeira pessoa que ver pela frente.

O jurídico do caso tinha que aceitar a minha proposta para começar a ser mais agressivo no tribunal, mas ninguém vai mexer com Hermiome de novo daquela forma.

Saímos juntos, ainda seguro suas mãos, nem podia acreditar, ela tinha beijado Gina.

-Entre no carro. -Abro a porta do veículo e ela entra.

Entro do meu lado, e dirijo em silêncio até o hospital mais próximo, que no caso é o que ela já faz o pré natal.

-Eu não estou sentindo nada. -Diz e eu apenas abro a porta e saio.

-Vamos logo. -Sou grosso, estava irritado e bravo.

Com a cabeça baixa, ela sai, sei que pode não ter sentindo nada, mas não posso arriscar, é meu filho, é a minha mulher, então eu vou sim ver se está tudo bem com os dois.

-Obstetra por favor. -Peço para a moça da recepção.

-Nome da paciente. -Pede.

-Hermione Jean Granger. -Ela mesma responde.

-Certo senhorita Granger, sua doutora está aí e já vai atender você. -A recepcionista levanta o olhar para nós e franze um pouco o cenho, fico intrigado. -Segundo andar, sala 230.

-Obrigado. -Agradecemos juntos e seguimos até o elevador.

Naqueles segundos dentro daquele local fechado, Hermione ajeita o cabelo e seca as mãos no vestido, está nervosa, sempre que fica nervosa ela faz isso.

-Eu quero água. -Finalmente consegue formular uma frase.

O elevador se abre.

-Eu vou pegar um pouco para você, fique me esperando ali. -Ela assente e vai até a sala de espera.

Vou até a máquina, pego uma água e um refrigerante para mim, pago tudo e volto para a sala de espera.

Todos me encaram, Hermione olha para a televisão atenta, me sento ao seu lado e direciono o olhar para onde ela está olhando.

"Milionários em escândalo"

Arregalo um pouco os olhos quando vejo a manchete na televisão.

-Draco Malfoy, foi visto deixando o tribunal com Hermione Granger, sua esposa, ou ex esposa. -Os documentos do divórcio estão na tela.

-Meu Deus... -Ela sussurra ao meu lado.

-Ambos saíram juntos do tribunal aonde Comarco McLaggen está sendo julgado pelos crimes de homicídio, a polícia o prendeu... -A repórter desmancha a falar na frente do tribunal.

Os carros que vimos a movimentação hoje mais cedo, são da TV, o caso vazou na mídia de alguma forma.

Na reportagem ela diz sobre McLaggen ser o 13 Friday e como a polícia de Bel Air descobriu isso, claro que Cedrico ganha todo o crédito da operação.

Eles também dão o destaque em mim e Hermione, principalmente por estarmos divorciados e ela grávida.

O telefone de Hermione começa a tocar.

-Droga, minha mãe vai me matar. -Olha para o telefone.

-Hermione Granger. -A doutora chama.

Não penso duas vezes antes de levantar e ela também, entramos juntos na sala.

-Então, está acontecendo algum problema? -Antes que Hermione responda, eu mesmo começo a falar.

-Ela passou um nervoso muito grande no tribunal por conta de um depoimento... -Digo e ela olha para Mione.

-Sim... eu estou com um pouco de falta de ar e minha garganta estava seca. -Relata. -Meus enjoos passaram por conta dos remédios, mas ainda fico um pouco tonta as vezes, quando passo algum nervoso.

-Precisa parar de passar nervosos então querida, isso está começando a prejudicar o bebê, antes eram seus hormônios aflorados, agora está afetando ele. -Diz e se levanta. -Como sua consulta já seria daqui há uma semana, vamos fazer isso agora já.

Elas vão para a mesa de ultrassom, me posiciono ao lado de Hermione, seguro sua mão e vejo a hora que a doutora repara nisso.

-Tem se alimentado melhor? -Pergunta.

-Sim, Draco me ajuda muito nisso... -Sorrio de lado quando ela me cita.

Estava empenhado em ser um bom pai, precisava disso, nunca quis ter filhos, mas quando soube que Hermione estava grávida, vi que não queria ter filhos com outras pessoas.

Mas com ela sim.

-Então o papai está começando a se empenhar. -A doutora levanta uma das sobrancelhas.

Ela deve achar que sou um pai ausente, até porquê nos primeiros meses eu ao menos apareci.

-Vamos lá, você completou 5 meses a pouco tempo, está indo bem, faz os exercícios que pedi? -Hermione apenas assente. -Certo, vamos lá.

A doutora abre o vestido de Hermione, ele tem uma fenda entre os seios e barriga, então é fácil deixar a barriga exposta.

Ela aperta um pouco minha mão quando o gel entra em contato com sua pele, segundos depois já posso ver meu filho na tela.

-Olha ele aí... -Digo sorrindo.

Scorpius aparece na tela, não dá pra ver exatamente nada, apenas sua silhueta quase toda formada.

-Ele está bem forte, vamos ouvir seu coração. – Aperta um botão na máquina e o barulho ecoa. -Está tudo certo.

O barulho cessa, ela ajuda Hermione a se limpar e eu a ajudo a levantar da maca, sorrimos um para o outro, esse era o efeito do nosso filho.

-Ele está bem. -Afirma para mim.

Sabia que ela já tinha um conhecimento do meu medo, seguro seu rosto e selo nossos lábios rapidamente, ela fica um pouco apreensiva após isso, mas seguimos bem.

Eu vou conquistar Hermione novamente, é apenas uma questão de tempo.

Saímos juntos da sala anestesiados de alegria, nem parecia ser real, iríamos ter um filho, iríamos ter um bebê, o nosso bebê.

Mas é na saída do hospital que nosso sonho acaba, carros e mais carros estão lá, os flashs das câmeras estão de cegar os olhos.

-Segura a minha mão e não solta ela não por nada. -Peço e ela assente.

Saímos juntos

Saímos juntos, ela aperta minha mão, sei que está nervosa, os fotógrafos voam para cima de nós, afasto todos com uma mão sigo até meu carro.

Ignoramos perguntas idiotas, abro a porta para Hermione, ela entra e eu dou a volta rápida do carro para entrar também.

-Você está bem? -Pergunto.

-Sim, só um pouco... nervosa. -Diz e acelero o carro para a casa de Theodore.

-Quem soltou essa merda na mídia? -Me pergunto.

-Esquecemos que ele assassinou Pansy Parkinson, claro que o caso iria sair na mídia uma hora ou outra. -Tenho vontade de socar o volante, nem acredito que me esqueci disso.

-Vou te deixar em casa e ver o que posso fazer. -Viro a rua do prédio de Theodore e paro na porta.

-Achei que fosse entrar. -Diz. -Eu... queria que você dormisse aqui de novo.

-O sofá de Theodore acabou com as minhas costas, mas se você está pedindo. -Ela sorri e eu também.

-Certo, te encontro quando você voltar. -Abre a porta, mas seguro sua mão.

-Eu posso... te dar um beijo pelo menos? -Vejo sua garganta mexer, ela engole seco de nervoso.

Capturo quando ela apenas assente com a cabeça, me inclino e nossas bocas tomam uma a outra.

-Eu amo você. -Declaro quando nos soltamos.

-Eu também te amo. -Sai do carro em seguida.

Eu estava finalmente conseguindo. 

Painful Truths (Livro 2) Where stories live. Discover now