Capítulo XVI - Verdade ou Desafio

649 62 233
                                    

Um "Sim" sem pensar, no calor da emoção, no calor de um momento tão bom e em que tudo está bem e dando certo.

Andar antes de correr? O que é isso?

Eu te amo mesmo ou eu sinto necessidade de ter para onde fugir quando o mundo me vira as costas?

Você quis dizer que me ama ou se sentiu pressionada a me dizer de volta?

Meu amor precisa ser questionado?

Eu preciso responder essas perguntas agora ou posso pensar mais um pouco?

VOCÊ PRECISA SABER O QUE SENTE, AGORA! QUANTO MAIS O TEMPO PASSA, MAIS DIFÍCIL TUDO SE TORNA.

--Soraya--

Estava deitada abraçando Simone por trás, ela dormia depois de um dos sexos mais gostosos que fizemos.

Quando tudo passou a dar tão certo em minha vida? Olhando agora para Simone ao meu lado, penso que não há felicidade maior do que a que estou sentindo agora. Sou formada; minha carreira vai começar em breve e vou me casar, parece tudo fazer sentido agora. Onde estava você, meu amor? Esse tempo todo eu ansiei por você e por essa vida que vivo ao seu lado.

Me levanto as onze da manhã, Simone ainda dormia. Quando fomos dormir, já passavam das cinco.

Saio juntando as caixas dos presentes que ficaram jogadas pelo apartamento e as coloco dentro da maior. Vou para cozinha e faço café e o coloco na mesa junto a um bolo do dia anterior.

— Bom dia, Soraya. Como foi a noite? — minha sogra entra na cozinha. — Deve ter sido boa por estar fazendo café da manhã e não almoço as onze e meia da manhã.

— Bom dia, Fafá! Tudo bem com você? Minha noite foi ótima, muito obrigada por contribuir para isso! — sorrio a abraçando.

— Meu Deus, Soraya! Cadê a minha nora tímida? — ela me dá tapinhas nas costas ainda me abraçando.

— Pra que mentir para você? Estou muito feliz — volto a colocar a mesa.

— Onde está a minha filha? — ela se senta à mesa.

— Dormindo.

— Coitada — ela ri.

— Vou acordá-la — vou até o quarto.

Simone ainda está dormindo, parece que não se mexeu a noite toda, está tão tranquila que dá até dó de acordar essa mulher dormindo assim.

— Amor? — beijo sua testa. — Vamos levantar? — beijo seu cabelo. — Hmm?

— Soraya... que horas são? — ela me olha com dificuldade pela luz do quarto acessa.

— Quase meio-dia, o café já está na mesa.

— Mamãe já voltou? — ela se senta na cama. — Ai!

— Sim, já voltou. Está com dor?

— Sim, mas essa é boa — ela sorri e se levanta indo até o banheiro.

Volto para a cozinha e me sirvo de uma xícara de café bem generosa e uma fatia de bolo.

— Bom diaaa! Tudo bem, mamãe? — apareceu uma Simone tão feliz que eu quase pensei que estava vendo e ouvindo coisas.

— Bo-om dia, filha — Fairte responde também intrigada pela animação da filha.

— Soraya, tem chá? — ela se inclina e beija o topo da minha cabeça.

— Tem, sim, amor — ela se senta e eu me levanto e pego a água que havia fervido e a despejo em uma xícara, colocando dois sachês de chá de maçã e canela, mexo um pouco e jogo os sachês fora. — Aqui, amor — entrego para ela a xícara.

ELAWo Geschichten leben. Entdecke jetzt