𝟐𝟒.𝐕𝐄𝐑𝐎𝐍𝐈𝐂𝐀

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C H A R L E S
L E C L E R C
[18.10.22; Texas]

Saímos do hotel depois de um longo dia no paddock e Daniel nos levou até um outro ponto turístico. Um amontoado de lojinhas de artezanato, barraquinhas de comidas típicas, apresentações, e, principalmente, balcões com garrafas de bebidas expostas. Minhas mãos estavam entrelaçadas com as de Louise, que olhava tudo com curiosidade e paixão. A lua brilhava no mais alto, iluminava seu rosto, que transbordava alegria. Ela falou sobre o quanto gostava de feiras artesanais e o quanto isso lembrava a cidade em que viveu.

Talvez eu tenha influenciado o Daniel para estarmos aqui, só um pouquinho.

- Charlie? - sou tirado dos meus pensamentos ao escutar uma voz já conhecida

Olho para a dona da voz e vejo uma feição de alegria em seu rosto ao me ver acompanhado. Alegria não por me ver vivendo outro relacionamento, mas por estragar outro momento mesmo não tendo mais nada comigo. Respiro fundo, fiquei um longo tempo na terapia, esperando nunca passar por isso, mas nada que pensamentos positivos e uma mente em paz não resolva.

- Verônica! Que surpresa! - finjo estar alegre em ver seu rosto depois de tanto tempo

- Achei que eu fosse a única exceção do seu cardápio de loiras. - olha para a morena ao meu lado com nojo e aperto mais nossas mãos

Louise parecia manter a calma diante da situação. Um incrível sorriso surge no canto do seus lábios e então prossigo.

- Realmente, devo agradecer por me mostrar que a pessoa certa para mim não é loira. E nem ruiva. - abriu a boca em indignação, rindo em sarcasmo, sem acreditar

- Deve ter interpretado errado, então.

- Sempre fui o melhor aluno em interpretação de texto da minha turma.

- Me poupe do passado, quero saber do presente. Está namorando, mesmo? Como todos os sites de fofoca dizem?

- E se eu estiver, é problema seu?

- Não sei. - riu cínica e a olhei com nojo

Seus olhos passavam toda a mensagem. Era o olhar que ela tinha para fazer maldade, para derrubar cada um que tentasse a parar. O olhar que já me matou, mas hoje não tem mais efeito sobre mim.

- Se não sabe, sinal de que está confusa. E se está confusa, não há necessidade de palpitar no que não tem direito.

- Não tenho direito de falar das substitutas que meu namorado arranja? - a brasileira solta a minha mão, tento a puxar de volta mas a garota apenas sai, o que faz Verônica rir - Essa, pelo visto, não vai durar muito. Não aguenta nem a minha primeira provocação.

- Primeira e última. Deus me livre de você.

- Deus não vai te tirar o que você merece.

- Não mereço mais tempo na terapia, com bloqueio emocional, ego ferido, e vítima de um relacionamento tóxico.

- Tóxico, no máximo, era o lubrificante que você usava. - a olhei novamente com nojo, mas a garota continuava com a mesma face de admiração do momento

𝐑𝐈𝐆𝐇𝐓 𝐇𝐄𝐑𝐄; Charles LeclercWhere stories live. Discover now