PARTE II - A Cruz Branca

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Faziam 3 dias que ambos se deslocavam sem parar, parando somente para caçar e dormir. Aquele fato não era nenhuma novidade para Sarada, pois não era a primeira vez que saíra em missão junto de seu pai.

Há poucos meses atrás, o Time 7 — sob o comando interino de Sasuke — havia recebido uma missão de escolta, e que no final, tornou-se uma missão de investigação e captura. Sarada ainda se lembrava de Lily Himeno, a popstar mais famosa do País do Fogo, e que no fim, foi descoberta ser uma ninja renegada do Grupo da Religião da Lua Púrpura.

Konohamaru-sensei estava se recuperando ainda no hospital quando o Time 7, junto de seu pai, retornara para Konoha para entregar o relatório da conturbada missão.

Havia sido uma experiência sublime ter seu pai como sensei interino do Time 7, recebendo até mesmo treinamentos do mesmo — época que ela havia aprendido a usar a técnica do Lorentz Gun com Mitsuki. Essa técnica era difícil de ser dominada, e somente aquele com afinidade ao estilo relâmpago poderia executá-la; além de precisar de um indescritível controle de chakra. Era necessário que dois pontos distintos em formato de corrente elétrica fossem conectados, criando um campo eletromagnético, e a partir dali, qualquer objetivo que fosse arremessado dentro desse campo magnético, como a kunai uma vez usada por Mitsuki, ou uma enorme âncora de navio — algo que ela havia arremessado, em ação conjunta com seu pai — podiam facilmente ultrapassar a velocidade do som, sendo incrivelmente destrutivo e letal.

Porém, dias como aqueles não mais existiriam, não desde que ela tornara-se Chunin, e passaria a ser líder em missões designadas pelo Sétimo Hokage.

E por mais que seu pai estivesse ao seu lado — guiando-a presentemente pelo melhor caminho até o País dos Rios — em nenhum momento ele demonstrou autoridade com suas sugestões ou até mesmo tentativas de desmotivá-la quando a mesma descordava de alguma tratativa durante todo o trajeto.

Sarada sentia-se totalmente a vontade de ter o pai ao seu lado, mesmo que fosse cômico que fosse ela a dar ordens a ele, não o contrário.

Afinal, a líder da missão era ela.

E era esse o seu papel naquela atual missão diplomática.

Era um início de manhã de primavera, e por mais calor que fosse o País dos Rios, a madrugada ainda era gélida, dado que o sol ainda não havia nascido e as folhas das árvores ao seu redor constantemente derramavam pingos d'água em seu rosto, mostrando a umidade do local por conta das constantes chuvas.

A maior cidade do País dos Rios era Shamisen, uma das poucas capitais não ninjas que ainda possuía contato com todos os outros países do mundo, seja eles ninja ou não-ninjas.

Não só uma das poucas cidades, mas a única do país.

Existiam ainda muitos conflitos civis dentro do próprio país, pequenas aldeias e vilarejos que não tinham acompanhado o bum tecnológico pelo mundo todo após a Grande Quarta Guerra Mundial Ninja. Sarada sabia que no geral, o País dos Rios era um país miserável, onde a maioria da população mal tinha o que comer, quem dirá um lar para ser chamado de seu — motivo pelo qual ninjas eram contratados para proteger a integridade dos competidores na Grande Corrida da Paz no País dos Rios, que ocorria anualmente na capital.

Shamisen era chamada de "o paraíso no inferno" pelos turistas, e o apelido não era a toa. A capital era tremendamente rica, e tal riqueza era concentrada na família do Daimyo, a família Senno.

Sarada achava curioso uma capital tão rica não ter um trem de viagem, motivo pelo qual ela e seu pai estavam viajando por terra, e não pego um trem de viagem — economizando tempo e chakra.

LeãoWhere stories live. Discover now