« Ω, μαρτύριο του Ταντάλου »

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Canto III "Oh, suplício de Tântalo"

- O belo mortal de olhos azuis?

Uma voz exultante ecoou pela floresta apartada do restante da Grécia. Alguns pássaros voaram assustadas outras criaturas se esconderam no bosque, todos arrebatados pelo alegre e espontâneo grito da Musa. Dean, Deus da luz e patrono do sol, apenas pôde revirar os olhos enquanto a mulher a sua frente colocava as mãos na cintura.

- Ora, você é um competidor, solarius. - A mais radiante e alegre das Cárites, Charlie, a Graça da Alegria, uma das três Musas. Seus cabelos tão rubros quanto licor esvoaçantes pelo gentil vento leste que tocavam as árvores. - Muitos deuses estão com os olhos sob esse homem.

- E você pensa que eu não sei? - Havia um caroço em sua garganta ao admitir isso; mas ele não poderia culpar a nenhuma criatura que se apaixonasse por Castiel.

- Eu poderia citar alguns como: Mick Davies, Deus dos Sonhos; Ezequiel, Deus do Sono Eterno; Gadreel, Deus da Medicina; Hannah, Deusa da Juventude; April, filha de Tétis. Oh, sem contar o imbecil de Ishim, Deus do Vento Oeste.

- Oh, obrigado por esclarecer. Meu dia ficou muito melhor. - Riu azedo. - Espere... Deus do Vento Oeste? Eu pensei que ele estava enamorado por aquela humana... Lily alguma coisa.

- Bem colocado. Pelo que ouvi dos sátiros, Ishim não conseguiu seu romance mortal desta vez. - A Musa se jogou a lado do Deus das Profecias, puxando a harpa de suas mãos. - A mulher se apaixonou por Akobel, Deus do Vento Leste, e teve uma prole com ele.

- Eu adoraria ver sua maldita cara agora. - Ishim era uma divindade soberba, arrogante e odiado pela maioria de seus iguais, e Dean, Dean era um dos que desprezavam a ele.

- Isso não é bom para você, meu amigo. Agora ele está de olho em seu amado Castiel.

- Você acha que ele tem chances contra mim? - Perguntou galanteante, recebendo um olhar malicioso da divindade ruiva. Ela tocou a harpa, cantando as palavras:

- Nosso solarius da música, enfim se apaixonou, pergunto a toda a criatura: quem, quem, quem, dirá "não" 'pra sua chatura. - Charlie cantou sorridente, arrancando um soco do loiro.

- Eu tenho palavras melhores: "Belezura" "Bravura" "Formosura". - Fez bico.

- Não se intrometa na canção de uma Musa, seu nefasto.

- Eu sou o Deus da Música, sua peçonhenta. - Charlie lhe deu uma careta. Ela se jogou na grama logo após, rindo baixo. - O quê?

- Nada, nada. É que eu lhe conheço, Dean, sei que está com medo. - Ele olhou em seu olhos, as sobrancelhas vincadas.

- O que quer dizer?

- Quero dizer que está apaixonado.

Charlene se calou, olhando para o vasto o sublime pélago celeste acima deles. Às vezes Dean sentia que ela o compreendia e o apoiava mais do que seus irmãos.

- É tão surpreendente assim? - Ele se deitou ao lado dela.

- Não...quer dizer, sim. - A Musa gargalhou. - Da última vez, depois de Lisa, você disse que não se apaixonaria mais. Eu só estou feliz porque gosto de te ver assim.

- Assim como? Idiota? - Riu.

- Radiante.

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≪The Myth of Dean & Castiel ≫Onde as histórias ganham vida. Descobre agora