2. Red

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“O luar brilhando
Eu encontro meu caminho
Aproxima-se lentamente de mim
Com a lanterna subindo
Siga a luz
Com as estrelas cadentes
Nesta estrada eu ando sozinho
Queimando em vermelho na escuridão
Jogue seus bastões e pedras
E daí se formos diferentes dos outros
Não se importe com nada, faça o que quiser”

A dupla de melhores amigos chegaram na Coreia do Sul durante o final da madrugada, como não haviam avisado ninguém que estavam voltando, foram para um hotel.
Quando amanheceu Minho foi conhecer seu novo local de trabalho, a clínica veterinária do centro da cidade e Hannah foi visitar sua família.

- Vocês vão ficar em casa?- A senhora Bang perguntava ao filho que ainda sonolento se juntava aos pais na mesa do café da manhã.

-Sim, se não se importarem. - Chan se servia de um pedaço de torta.

- Claro que não. - O senhor Bang respondeu aproximando a jarra de suco do filho. - Vocês chegaram agora de manhã, né? Como foi o show?

- Chegamos. - Sorriu- Foi incrível pai, o local estava cheio, tinha pessoas de fora, a energia estava tão boa, o público cantou todas as músicas até às novas. As pessoas cantando nossas músicas. As músicas de um bando de garotos que se reuniram na época de escola. - Chan comentou empolgado e orgulhoso. - E ainda tivemos os fãs pedindo autógrafos e fotos, eu nunca vou me acostumar com isso. - seus olhos brilhavam ao lembrar de cada momento no palco.

Eles conseguiram. Connected havia se tornando um grande sucesso. Depois que Minho foi embora, Bang Chan precisou fazer um esforço gigantesco para não ser engolido pela tristeza de seu coração, canalizando todas as suas forças no projeto da banda com seus amigos, ela ia dar certo, precisava dar certo, pois era tudo o que tinha restado para o até então recém formado Bang Chan.

Ao contrário do ex, ele não foi para faculdade, aquela ideia sequer passou por sua cabeça, seu sonho era fazer sucesso com sua música ao lado dos garotos, por isso, nos próximos cinco anos Chan deu tudo de si pela banda, agendando shows em casamentos, aniversários, bares e baladas, se inscrevendo em concursos e batalhas de bandas até que finalmente caíram nas graças do público mundial, e estouraram como estrelas internacionais.

Após assinarem com a gravadora "Windfall", lançaram seu primeiro álbum profissional e abriram os shows da turnê mundial de uma das bandas favoritas dos garotos, que acabou sendo também, seus chefes, a banda The Rose, e agora estavam saindo pela primeira vez ao redor do mundo com sua própria turnê e como artistas não poderiam estar mais felizes e realizados.

Haviam acabado de encerrar os shows nos Estados Unidos, voltando para a Coreia do Sul onde teriam alguns dias de descanso para então embarcarem rumo ao Brasil, o país que ficaria marcado como o primeiro da América do Sul a receber o mais novo fenômeno musical do mundo.

A casa dos pais de Bang Chan era enorme, ao contrário do dormitorio que dividiam. Definitivamente não podiam reclamar muito, seus quartos eram espaçosos, mas nada comparado a casa dos pais do líder do grupo que sempre os receberam de braços abertos e cheios de amor e carinho, por isso sempre que voltavam de uma viagem a primeira coisa que faziam era ficar na casa dos senhores Bang até terem forças para retornarem aos seus apartamentos ou terem que viajar novamente.

- Vocês não sabem como ficamos orgulhosos de vocês. - Sua mãe sorria enquanto bagunçava os cabelos do garoto. - Temos dois filhos que maravilhosos.

- Dois filhos? Hanninha vai ficar chateada ao saber que você esqueceu dela. - Félix brincava entrando na cozinha.

- Como assim esqueceu dela, garoto? - Senhor Bang perguntava já segurando o riso sabendo o que poderia vir daquela conversa.

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