VI

24 6 66
                                    

คണεℓ¡ค ๏ภ
━━━━━ • ஜ • ❈ • ஜ • ━━━━━
A claridade invade todo o quarto, meus olhos se abrem pela surpresa. Eu estava no meu quarto, mas precisamente deitada no tapete.

Levanto rapidamente e me sento na cama, olho para o espelho e vejo meu reflexo.

Meus olhos são consumidos por grandes olheiras, minha boca está rachada e meu cabelo está amassado e sujo.

Solto um suspiro e levanto de novo, vou em direção a porta e pego uma toalha no caminho. Coloco a mão na maçaneta  e um arrepio me sobe a espinha, um pequeno pedaço de papel está no chão, olhando para ele eu me abaixo para pegar.

Coloco meus dedos sobre o papel mas sou empurrada abruptamente pela porta, Lily entra no quarto com tudo e a porta bate em minha cabeça.

Meu corpo pende e cai para trás, coloco a mão direita na minha cabeça ao sentir o impacto e gemo de dor, minha visão embaça e o papel em minha mão se amassa. Meus olhos lacrimejam e a minha cabeça lateja pelo grito fino que corta a garganta de Lily.

—Amélia! Por Deus! Você está bem?–levanto o olhar para a mulher a minha frente e vejo seus grandes olhos serem ocultados pelo seu cabelo que cobre-os rapidamente quando ela de abaixa para me ajudar a levantar—Eu estou bem, Lily. Não se preocupe.

Levanto ajeitando a toalha no ombro e diminuindo a pressão na mão que estava o bilhete, dou um sorriso e passo por ela saindo do quarto.

Sigo em direção ao banheiro mas uma risada infantil me faz parar, Jane corre pelo corredor passando pelo meio das minhas pernas e depois se jogando nas minhas costas.

Seus fios ruivos cobrem meu ombro quando ela me dar um beijo na bochecha e pula no chão, continua correndo e rindo o mais alto que pode.

Um miado baixo me faz olhar para o felino de pelos cinzas aos meus pés, ele se apoia nas pernas traseira e arranha minhas pernas. Me abaixo o pegando no colo e fazendo um carinho no topo de sua cabeça, ele descansa o rosto em meu ombro e eu o entrego para a criança de fios ruivos que passa por mim novamente.

Abro a porta do banheiro e abro a mão esquerda, o bilhete estava meio amassado então eu o abrir.

"Amélia, querida! Eu estava com saudade do seus olhos, eles continuam tão lindos como eram quando você estava comigo. Volte para mim, querida! Eu ainda te amo"

Minha boca seca e eu gargalho nervosa, lágrimas descem pelo meu rosto inundando, sucumbindo e afogando minhas bochechas, o desespero me invade e eu dou um soco na parede.

Meu punho colide com o azulejo, mais lágrimas brotam no meu rosto pela dor e eu tento abrir a mão soltando um gemido longo no processo.

As lágrimas acabam por cair no papel, a tinta da caneta que foi usada mancha todo o bilhete, eu rasgo o papel e coloco na lixeira.

O medo me invade e eu soluço, me apoio na pia e quebro como uma garotinha, os soluços cortam minha garganta e eu choro.

O medo, a dor, o desespero e a angústia me invadem, o ar falta em meus pulmões e eu tento respirar. Me sinto sufocada então arranco toda a roupa do meu corpo jogando-a no chão.

Levanto a cabeça e olho para o espelho vendo o um reflexo atrás de mim, me viro e o encaro nos olhos. O azul me encara, os fio loiros bagunçados, a postura intrigante.

—Me deixa em paz! Para ! Por favor, para!–O homem a minha frente some e batidas na porta me interrompem— Amélia? Oque há de errado, querida ?

Lily batia na porta com força, eu suspiro e a respondo.
—Eu estou bem, Lily não se preocupe! Estava gritando com uma barata.

Meu reflexo me encara com um olhar incriminador, eu suspiro e lavo meu rosto.

Entro debaixo do chuveiro e deixo mais algumas lágrimas sairem, as limpo com raiva. Respiro fundo e me encosto na parede.

Meu cabelo está completamente encharcado e pelo tempo que eu demorei não teria como o lavar. Meu punho lateja e eu vejo que os nós dos meus dedos estão ralados e vermelhos.

Faço uma careta, fecho e abro a mão e então desligo o chuveiro, a cor voltou ao meu rosto pelo choro então eu enxugo meu corpo com força.

Saio do banheiro com a toalha enrolada no corpo, uma brisa entra pela janela e meu corpo inteiro se arrepia.

"Desculpe por fazer isso com você, querida. Eu nunca quis fazer você ficar deste jeito. Me perdoe, querida."

junto com o vento uma voz chega aos meus ouvidos, olho ao redor e suspiro ao não ver ninguém.

Sigo para meu quarto e abro a porta, meus olhos saltam ao ver páginas amarelas em minha cama, uma caligrafia antiga e o texto inteiro em inglês, olho em volta e pergunto a mim mesma.
—Oque é isso?

Sinto meus olhos lacrimejarem e me acerto um tapa. Nunca fui de chorar muito não entendo por qual razão estou tão emocional assim.

Coloco uma blusa branca e uma calça de lavagem clara, calço um tenis e pego a mochila jogada em cima da pentiadeira.

Desço as escadas e sento-me a mesa cumprimentando todas que já estão sentadas, mamãe se senta sorrindo e inicia uma conversa.

—Amélia, hoje a noite nós iremos a igreja, por favor venha para casa assim que suas aulas acabarem–Mamãe me encara com seus olhos cor de mel sorrindo.

Balanço a cabeça concordando e sinto meu estômago queimar, a última vez que eu tinha frequentado uma igreja foi perto do meu termino com Flávia, ainda lembro de todas as coisas que eu ouvi de todos aqueles que se dizem tão amorosos, se Deus não pode me perdoar por ser assim então por que ele me fez assim?

Abaixo a cabeça quando sinto meus olhos arderem e cravo as unhas na palma da minha mão.

Não chora. Não chora. Não chora.

Repito mentalmente e pisco os olhos várias vezes para afastar as lágrimas.
—Mãe, então hoje eu vou pegar a Ayla e eu queria que a Amélia fosse comigo. Outro dia ela vai com a senhora para igreja. –Mamãe a encara e balança a cabeça—Faz muito tempo desde que Amélia foi a casa de Deus.

Jane me encara com seus olhos tão inocentes do outro lado da mesa e dá um sorriso.
—Mamãe, eu vou com a senhora. Amélia quer muito ver a Ayla e faz um tempinho desde que eu não vou pra igreja. No domingo todas nós vamos juntas! Deixa a Amélia ficar hoje, por favor!

Um sorriso aparece nos meus lábios e eu quero abraço Jane ali mesmo.
—Tá bom, Amélia!  Mas só desta vez. Vamos iniciar a oração, abaixem a cabeça.

Jane. Minha pequena Jane. Eu amo tanto esta garota!

Depois de beber uma xícara sagrada de café e algumas torradas me levanto junto com Lily.

Sinto meu estômago embrulhar ao lembrar como Lily dirigi e quase falo que vou a pé, mas lembro oque ela fez por mim então entro no carro.

—Obrigada, Lily! Eu amo você. –Ela dá um sorriso e passa o braço pelo meu pescoço me puxando mais para perto—Relaxa, meli! Nós somos irmãs eu faria tudo por você.

Sorrio olhando para ela e coloco o cinto.
—E eu realmente quero que você vá comigo pegar a Ayla. Eu e Henrique nos acertamos e provavelmente vamos voltar a morar juntos e eu finalmente decidi. Eu vou continuar minha faculdade!

Solto um grito de surpresa e me jogo em seu banco a abraçando.
—Lily! Que coisa boa. Fico feliz que você e ele se resolveram, é nítido o quanto ele gosta de você. E você vai continuar a faculdade! Que orgulho de você Lily!

Vejo algumas lágrimas saltando dos olhos dela e ela apenas sorri balançando a cabeça.
— No final tudo se acerta, Meli!
━━━━━ • ஜ • ❈ • ஜ • ━━━━━
Perdoem os erros.
Capítulo não revisado.

Vou tentar postar outro o mais breve possível.

ᴅɪᴀʀɪᴏ ᴅᴏ ᴍᴇᴜ ǫᴜᴇʀɪᴅᴏ ᴏʙᴄᴇssᴏʀOnde as histórias ganham vida. Descobre agora