Capítulo 18: Sintomático

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Depois dessa insalubridade de foto, uma att pra salvar vidas de suy (eu mesma).

Att,

Autora 🙏🏻

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— E aí, Yone? O que temos pra hoje? — Helô cumprimentou a sua investigadora ao entrar na sala que dividiam. Ela jogou sua bolsa sobre mesa e tirou seus óculos de sol, antes de se sentar na cadeira, colocando as pernas pra cima.

— Pelo visto o final de semana foi bom, hein, Helô. — A investigadora provocou, se aproximando da mesa da delegada.

— Que bom o que?! — Tirou os pés da mesa e se sentou ereta na cadeira, escondendo o sorriso que antes tomava conta de seu rosto naturalmente.

Tinha tido um domingo maravilhoso ao lado da sua família, de toda a sua família, como não tinha há muito tempo.

Não tinha sido como ela esperava quando acordou naquela manhã e se produziu para seu encontro com Stenio, mas acabou sendo ainda melhor. Passaram um tempo de qualidade com os netos e com a família, aproveitando cada um individualmente, finalizando aquele domingo preguiçoso com uma pizza, enquanto assistiam a um filme infantil.

Há anos, ela não se sentia dessa forma... tão leve e ao mesmo tempo tão cheia, tão preenchida, como se estivesse finalmente completa.

— E esse sorrisão aí, delegada?

— Ah, Yone! Me erra, viu?! — Fez cara feia para a sua subordinada, que riu.

Conhecia a delegada de outros carnavais e aquele bom humor não era nada característico, principalmente, depois de um plantão ao sábado e uma folga reduzida.

Isso ali tinha cara de Stenio Alencar. O "karma" da vida de Helô, ao qual, ela ao que parecia, não queria se livrar.

— Não falei nada demais, doutora. — levantou as mãos, brincando com o jeito que ela mesma se entregava.

— Nada demais, nada demais... — Repetiu com desdém, se ajeitando na sua cadeira. — Almocei com a Drica e com as crianças, nada demais.

— Esse nada demais por acaso atende por Stenio Alencar?

— Bora trabalhar, né? — Mudou de assunto, se levantando de sua cadeira. — Fala, fala, fala. Surgiu algum caso novo? Ou ainda tamo naquele do nude?

— Cê não me engana não em, doutora... — Yone falou, mas cedeu, colocando um arquivo sobre a mesa de sua chefe.

Helô estreitou os olhos e se aproximou de sua mesa novamente, pegando o arquivo que estava sobre a mesa.

— Hackeamento no Maranhão? — questionou ao ler o arquivo. — Como chegou nas nossas mãos?

— O arquiteto que prestou a queixa é daqui do Rio. — Explicou, apontando para o final da folha. — Um tal de Guerra...

— Guerra? — Estreitou os olhos, analisando o arquivo com mais cuidado.

— Conhece esse nome, doutora?

— Ele é um antigo conhecido. Estudou comigo e com o Stenio na época da faculdade. — Explicou, ainda concentrada no arquivo. — O que ele quer com esses casarões?

— Pelo que eu entendi, esse lugar é preservado historicamente, mas esse Guerra queria comprar e derrubar pra construir um shopping. Sabe como é, né? A história não tem lugar quando se trata de lucro.

— Então, a licitação foi modificada através desse hackeamento e o Guerra não conseguiu comprar os casarões. — concluiu, antes de virar a folha. — Ha. Ele tá acusando o Moretti como o principal interessado em se beneficiar com esse hackeamento.

I'll Be Watching YouOnde histórias criam vida. Descubra agora