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Ret:
Pô parça, tava nervorsão.
Tinha se passado duas semanas.
E por obrigação da minha querida médica, eu fiquei parado.
E hoje eu ia conhecer minha filha.
Cê é louco, tô pilhado.
Me indicaram a não fumar, mas impossível. Já fumei bem umas três vezes.
Comprei uma chupeta pra minha criança.
Ouço a campainha tocar.
Eram elas...
Me levanto rapidão e abro a porta.
Lá estava Elouise, com um sombrinha se protegendo do sol.
Olho para baixo e vejo um carrinho.
Consigo observar dois pezinhos gordinhos.
- Entra, pode entrar.- digo.
Ela sorri de lado.
Linda.
Sim, eu fiquei com raiva quando ela me contou sobre a gravidez.
Mas eu até entendo.
Eu era meio imaturo, ainda sou um pouco eu confesso. Nem de longe eu pensava em ter filhos.
Nunca me imaginei pai, até porque eu não tive uma presença paterna muito boa. Apenas minha coroa do meu lado.
- Ela dormiu no caminho, mas já já acorda.
Lou se senta no sofá e deixa o carrinho em sua frente.
Me sento ao seu lado e olho dentro.
Meu Deus.
Que bebê lindo.
Isso saiu de dentro do meu pau mesmo?
- Ela é sua cara.- disse.- Até as vezes na personalidade também, as vezes muito chatinha.
- Pô cara, não chama minha bebê de chatinha não.- digo com cara feia.
Oh papai, chamando minha bebê de feia, vê se pode.
- Qual é o nome dela?
- Estela.- disse.- Estela Castello Ret.
Abro a boca inúmeras vezes sem saber o que dizer.
Mesmo sem assumir, ela colocou meu nome.
- Eu sei que não pedi permissão pra por seu nome, mas coloquei mesmo assim.
Me estico um pouco e acaricio a bochecha gordinha da criança.
Tão linda.
- Ela não é muito grandinha pra esse carrinho?- pergunto.
- Apesar dela ter 2 anos e alguns meses, Estela não é muito que nem as crianças. Ela tem um pouco de dificuldade na fala, e bom, em andar também.- diz.- E subir esse morro com essa menininha no braço, cansa viu Ret?
