capítulo 13: coração partido

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Chorar em público deveria ser crime, principalmente quando você não conhece ninguém, e não faz ideia do que estão dizendo sobre você.

Há 15 dias, eu sair com o Shikamaru escondido, ele queria me mostrar um lugar. Lembro detalhamento das luzes e dos fogos serem soltos enquanto estávamos em cima do morro.

Nunca pensei que estaria em cima de uma pedra enorme no formato do rosto de uma pessoa.

E bizarro, mas uma experiência incrivel.

Era aniversário da cidade, e estão comemorando, como eu não poderia ir, normalmente eu sentia vontade de ir, e quando eu finalmente quis, não podia.

Meu irmão ainda estava solto na época.

Flashback

— Konoha fica tão pequeno, olhando desse lado.

— Você tem razão.

Olhei para o rapaz ao meu lado, e sorri. Eu tenho muita sorte de ter alguém como ele, que está ao meu lado, que sabe de praticamente tudo sobre a minha vida, e ainda está aqui, cuidando de mim.

— O que foi?

— Você é lindo! Eu amo como seus olhos são preguiçosos.

Shikamaru sorriu de maneira tímida.

— Obrigado.

Agradeceu.

— Seu nariz é bonito também — faço o percurso com a mão, como se estivesse o moldando — seu rosto é macio, cadê a sua barba feroz? — Sua risada me fez rir —, sua boca é incrivelmente atraente — passo minha mão por ela, meus olhos vão em direção ao seu olhar, que brilhava e me analisava com muito cuidado e admiração — sua testa não é grande, e você tem uma mine franjinha, é engraçado — seus olhos revira, me aproximo mais dele, acaricio sua orelha — posso morder?

Sua expressão de confusão me fez rir.

— Você bebeu quanto?

— Você é minha droga, me deixa sem raciocínio e lógica, mas eu realmente quero morder sua orelha.

Shikamaru se fingiu de ofendido.

— Eu sou uma droga? Uau! Eu te chamo para um lugar maneiro, e sou chamado de droga!

Sorrir e lhe dei um selinho.

— Viciante — deu outro selinho — e me deixa alucinada.

Shikamaru olhou para a minha boca, suas mãos pegam em meu rosto e me puxam para um beijo.

Separamos quando um grande estrondo se fez presente, olhei em direção, vendo as cores brilhando. E em seguida, vários fogos de artifícios silenciosos, o que aqueceu meu coração.

Sentir uma pancada na cabeça e perdi a consciência.

Fim do flashback

Quando acordei, estava no hospital, aparentemente, meu segurança conseguiu rastrear meu celular, e me achou antes de ser pega, eles foram presos em seguida.

Quando fui procurar saber o que aconteceu com o Shikamaru, no dia seguinte, encontrei com a mãe dele no caminho. Não a julgo pela reação que teve, era apenas uma mãe com muito medo de perder o único filho.

Mas ouvir isso dela me despedaçou, eu não fazia ideia do que tinha acontecido com ele,

Achei até que estivesse morto e estavam o preparando para ser enterrado.

Mas tudo o que aconteceu, foi um tiro de raspão, e um braço quase quebrado.

Sei que isso não é nada pouco, considerado que ele não deveria está envolvido.

Mas pela forma que a mãe dele me disse, eu nunca me sentir tão mal em está tão feliz com alguém.

Resumindo tudo: achei melhor me afastar, é questão de tempo, até meu irmão escapar de novo, e de na próxima, a gente seja morto.

Eu sempre soube que não seria fácil, o cara é meu vizinho, e colega de turma, mas é torturante o ver tentar se aproximar e se explicar de algo que não tem culpa.

Meu coração dói tanto, que dá vontade de arranca-lo e jogar fora.

.

— Você fica em silêncio, sempre que vem?

Levando a cabeça e sorrir de maneira triste.

— Eu reclamo com ela do quanto o filho dela é rude comigo.

Gaara sentou ao meu lado, e eu fiquei em silêncio, olhando para a sepultura.

— Acho justo. Eu sinto muito pelo o que aconteceu.

Sentir sua mão tocar meu ombro, Gaara pegou em minha cabeça e a puxou em direção ao seu ombro.

Apreciei esse contato, ainda em silêncio, olhando para o rosto da minha mãe, colado.

Como eu queria que ela estivesse aqui, nesse momento.

— Gaara, eu posso doar tudo?

Perguntei.

Não quero ter que viver com isso, ter que viver fugindo... E esperando que ele apareça com uma arma em minha cabeça.

— Claro, você pode fazer o que quiser, é seu!

Penso um pouco.

— Já que teve a sua herança roubada, fique com a minha metade, a outra metade, eu vou pensar o que vou fazer e a quem doar.

Gaara ficou em silêncio.

— Não precisa, eu trabalho, e...

Sua voz morreu.

— Mas não tem nada da mamãe... Você merece, pelo o tempo que ficou se dedicando a mim, mesmo que tenha sido, de uma maneira desagradável.

O silêncio foi a resposta, sentir a lágrima escorrer, enquanto olhava para a sepultura.

Obs 1: cenas quase reais no diálogo do Shikamaru e Temari

Obs 2: fogos de artifícios silenciosos me causam muito paz e nem faço ideia se é assim no Japão, e não achei nada muito concreto na internet, mas deixo aqui a minha homenagem.

Querido vizinho Where stories live. Discover now