am i gay? < rinney >

6

Finney costumava passar os recreios sozinho, não por não ter amigos, ele só não gostava de muitas pessoas ao seu redor. Ele se sentia sufocado, desconfortável. Mas com Robin era diferente, ele se sentia livre, confortável e seguro.

— Eai, mocinhas. — Buzz sorriu de canto, esbarrando de propósito em Finney.

— Vai se foder, cara! —  Robin disse, pegando no pulso de Finney e apressando seus passos.

— A gente se vê. — O ruivo gritou, com um sorriso travesso no rosto.

— Se ele abrir a boca de novo pra nos insultar, eu vou bater nele. — Avisa Robin, já irritado.

Era poucas vezes em que Robin se controlava, e Finney impedia ele de arrebentar qualquer pessoa que ousasse crítica-lo.

Arellano, ainda agarrado ao braço de Finney, o puxou pra dentro do banheiro, onde costumavam matar aula.

— Ele me irrita tanto, Finn. — Robin espremeu os olhos.

— Acredite, eu sei. — Finney suspirou.
— Mas não deixe se levar pelas provocações dele, eu não quero você metido em briga.

— O único lado bom é que eu recebo seus cuidados. — Robin brincou.

— Para. — Finney pediu, envergonhado.

— É sério, eu gosto de como você se preocupa comigo. — Robin segurou a mão de Finn. — Faz com que eu me sinta especial.

— Mas você é especial pra mim, Robin. Muito.

— Eu sei. Eu posso sentir isso sempre que estou ao seu lado.

Robin não tinha noção, e nunca teria, do efeito que essas palavras causaram em Finney.

-

Finn quase voou vidro a fora, assim que seu pai parou o carro em frente à janela.

— Tchau, pai, valeu. — Finney se despediu, pegando sua mochila no banco de trás.

— Tchau, te amo.

— Também te amo. — Finney disse e desceu do carro, logo jogando sua mochila em seu ombro.

Finn entrou na escola e logo viu Donna correndo em sua direção, parecia animada ou algo assim.

— Oi, Finney. — A morena pulou em si, lhe dando um abraço.

— Oi, Donna. — Finney sorriu, tentando passar a mesma animação.

— Se divertiu ontem? Vance falou que vocês foram no fliperama, no horário da aula.

— Fofoqueiro. — Finney sussurrou. — Em minha defesa o professor não me deixou entrar.

— Pra sua sorte eu sou uma amiga incrível e peguei as anotações pra você.

— Obrigada, amiga incrível. Não sei o que eu faria sem você. — Finney zombou, pondo a costa da mão na testa.

— Vai se foder, seu merdinha. — Donna bateu seu ombro contra o do Blake. — Ae, hoje é sexta, quer dormir lá em casa?

— Aham. — Finney concordou com a cabeça e sorriu pequeno.

O sinal tocou e ambos foram pra aula de geografia. O professor ainda não havia chegado, então tinha alunos fora do lugar e conversando. No fundo da sala estava Robin e Vance, não muito diferente do restante.