2.

69 9 5
                                    

 
   Sinto uma respiração próxima do meu rosto e logo lambidas perto de meus olhos me fazem despertar, faço uma careta e vejo meu Shit-zu tentando me acordar, solto um grunhido e passo a mão no rosto.

   — Tudo bem, Dex, já acordei. — afago o mesmo e me sento na cama, pego meu celular e confiro o horário, logo olhando para a bateria do mesmo e para os comandos ao lado da mesma — Ótimo, sem sinal. Ao menos os geradores estão funcionando. Foi uma tempestade e tanto. — concluo meus pensamentos em voz alta e me levanto da cama indo diretamente até o banheiro para me despertar

[...]

Coloquei um shorts jeans e um cropped de alcinha branco com um quimono fininho também branco por cima, calço o tênis e prendo o cabelo em um rabo de cavalo sem muito mistério, corrijo algumas imperfeições com maquiagem e finalizo com um batom vermelho. Coloco alguns acessórios e me analiso uma última vez no espelho, abro a porta do quarto e chamo Dex para me acompanhar e o som das patinhas no piso amadeirado é transmitido pelo segundo andar, começo a olhar ao redor em busca do meu pai, porém sem sucesso, desço as escadas e vejo pela grande janela na cozinha que ele está conversando com Ward e mais uma mulher na residência dos Cameron, arqueio uma sobrancelha e me dirijo até o lado de fora, atravessando o portão que dividia nosso quintal, há vários funcionários arrumando a bagunça que o furacão Agatha  havia causado, árvores derrubadas, coisas espalhadas por todo canto. Olho para o fundo do quintal e Sarah está com uma raquete de tênis tentando espantar alguns pássaros, rio com a situação e me aproximo.

   — O que você tá fazendo? — digo um pouco mais alto do que o normal e Sarah continua correndo de um lado para o outro tentando espantar os pássaros.

   — As tocas estão cheias d'água pela enchente, os pássaros estão atacando os ratos!

   — Os pássaros também comem Sarah! — Ward se aproxima com a mulher antes citada e meu pai ao seu lado.

   — Não, virou um genocídio de ratos! — tento conter o riso, mas falho miseravelmente balançando a cabeça para os lados.

   — É o ciclo da vida filha, agora vem aqui. — Ward diz impaciente.

   — Eu não vou compactuar com isso. Primeiro eles vêm atrás dos ratos e... — Sarah para sua fala no mesmo instante em que vê todos ali parados diante dela, com as bochechas coradas ela cumprimenta a moça sem jeito e logo me puxa pela mão para ficar ao seu lado.

   — Tem um ser humano de verdade que você pode ajudar. Essa é a Lana Grubbs, a mulher do Scooter. — Ward diz e Sarah ouve tudo atenta, intercalo meu olhar entre todos ali presentes e analiso a situação confusa — Estava se preparando para a tempestade com ele, né?

   — É, ele me ajudou a lacrar a cabine do Druthers ontem à noite.

   — E depois ele saiu? — foi a vez do meu pai fazer as perguntas e Sarah o olha confusa.

   — Daqui? — a mesma questiona e ele assente com a cabeça — Não, tá maluco? Houve um furacão.

   — Ele disse aonde ia? Ligou para alguém ou algum comentário? — Lana segura a mão de Sarah a enchendo de perguntas e aperto as sobrancelhas.

   — O que está acontecendo? Scooter tá bem? — corto o interrogatório e Ward e meu pai se entreolham.

   — Ele deve estar ótimo, só deve ter se abrigado em algum lugar. Vamos encontrá-lo. — Ward disfarçadamente vai se afastando com meu pai e Lana quando lança o comentário, Sarah e eu nos entreolhamos e a analiso confusa.

𝐁𝐀𝐃 𝐇𝐀𝐁𝐈𝐓𝐒 ;; 𝑜𝑢𝑡𝑒𝑟 𝑏𝑎𝑛𝑘𝑠 Onde histórias criam vida. Descubra agora