Proposta de Emprego

854 115 51
                                    

Quem é vivo sempre aparece!! kkkkkkk

Desculpa o sumiço amigos, eu estava meio cansada de Tokyo Revengers e resolvi me dedicar a Blue Lock (como devem ter percebido), mas posso dizer que voltei a acompanhar o anime e estou bem empolgada em dar um gás nessa fic!!!




Não sabia dizer como descrever aquele momento de felicidade, talvez a felicidade mais pura que já sentiu! Receber um beijinho de [Nome] tão espontaneamente foi a melhor coisa que poderia ter acontecido naquele dia. Ficou tão encantado que sequer fora capaz de se mover. Apenas corou e ficou trêmulo da cabeça aos pés.

— Aiii.... Eu com a minha cabeça de vento! — Ele só acordou para realidade quando ela começou a resmungar e abriu a porta de casa. — Desculpa, South! Eu nem te convidei para entrar em casa! Venha, vamos, entre! — Ela foi abrindo a maçaneta e colocando as sacolas dentro da mesa. South apenas agiu no piloto automático e a ajudou a guardar as coisas. — Eu juro que um dia vou te retribuir, tá bom? Eu não estou com muita grana agora, mas quando encontrar um emprego em uma fábrica...

— FÁBRICA?! Meu Deus do céu, [Nome]! Você só tem 17 anos! Não era para estar na escola? — Ela ficou até triste quando ele perguntou aquilo, mas South não estava brincando, era mesmo deprimente a situação da garota.

— C-como, South? Olha minha casa! Eu moro com 3 crianças aqui e minha mãe! Preciso ajudar em casa. — Ela fez bico.

E realmente, ele nunca viu uma casa com tão pouca mobília! Quase tudo era muito antigo, havia pisos faltando, madeira rangia no chão com diversas rachaduras e se não estivesse louco, viu até buracos no telhado. A cozinha estava quase vazia, se não fosse pelas compras que fizeram, que diabos a família ia comer?

— Aliás, onde é seu quarto? Só tô vendo dois. — Ele também não era lá muito delicado e por curiosidade, foi olhando cada canto da casa e notando mais problemas. Mobílias quebradas, uma torneira pingando.

— É... Eu durmo lá fora.

— QUÊ?! — Ele não acreditou até ver. Envergonhada, [Nome] tentou disfarçar, mas quanto mais ele olhava para aquela atrocidade, mais chocado ficava! — VOCÊ DORME NESSA PILHA DE PAPELÕES E NESSA ALMOFADA VELHA?!

Era simplesmente um quartinho, não poderia nem ser chamado de garagem! A luz estava quase incendiando o lugar, já que fazia um barulho sinistro quando puxava a cordinha. Naquele lugar horrível e claustrofóbico demais (até para ela que era baixinha!), havia apenas uma pilha de papelões rasgados pelas traças, algumas cobertas e almofadas que simulavam uma cama, uma mochila rasgada e uma cadeira velha.

— É... Sim. Uma cama aqui no Japão é bem cara, né? He he... — Ela coçou a nuca, com vergonha de sua própria condição social. Ela não era nem mesmo da pequena porcentagem em situação de pobreza no Japão. Beirava a extrema pobreza e não era nem exagero dizer aquilo. Sua situação era diferente de todas que ele já viu. Que diabos de vida era aquela?

— [Nome]. Você NUNCA mais vai dormir nessa espelunca. Estamos entendidos?! Isso é um ABSURDO! É simplesmente inaceitável! — Ela corou e ficou até assustada quando ele disse aquilo. O que queria dizer de verdade? Como ela não iria mais morar ali? Dormiria aonde, então?

— S-south... E-eu não entendo e-eu...

— Que porra é seu namorado? É homem ou um frango? — Ele gritava de revolta. E falava alto... Tão alto que doía nos tímpanos! Coisa que herdou de sua mãe. — Que merda é essa? O cara é rico e cheio da grana e deixa a mina dele dormir nessa porcaria?! Nem meu cachorro dorme num lugar tão horrível assim! Seu namorado é um imbecil!

— Não fala assim do meu Taiju! — [Nome] o enfrentou de igual pra igual. — Ele só não se mete nos meus problemas porque eu não deixo... — Ela fez cara de choro. — Ele está tentando ser um cara melhor...

— Esse é o melhor dele? Meu Deus do céu, garota! — Ele explodiu. Queria bater no tal Taiju depois dessa. Que tipo de homem deixaria a sua amada viver sob aquelas condições miseráveis? Ainda mais um abastado como ele! — [Nome], você gostaria de poder ajudar seus irmãos? — Dessa vez ele perguntou com calma.

— Claro! Claro que sim! Daria tudo para fazer eles felizes!

— Você quer achar um trabalho, né? — Ela concordou. — Pois ótimo. Eu tenho um trabalho para você se aceitar. Você pode ficar em um dormitório também, assim como os meus capang... Digo, assim como meus... Amigos. — Ele se enrolou todo para falar. Não queria que parecesse uma organização criminosa.

— Dormitório?! Você tem dormitórios, South?! Com o quê você trabalha?

— Eu era trafica- JOGADOR DA BASE DO FLAMENGO! — Novamente, uma escorregada.

Ela ficou impressionada. — Você jogava no FLAMENGO?! — Ele assentiu. Era uma baita mentirada, ele nem sabia chutar uma bola de futebol sem rasgá-la! Mas não sabia mais o que poderia dizer então foi a primeira coisa que veio em sua cabeça. Ele suspirou e comemorou que ela nem desconfiou. Sua sorte era que [Nome] parecia pouco inteligente para detectar atividades ilícitas.

— É. Eu era goleiro. — Ela riu. Fazia sentido. — B-bom... Mas agora não sou mais, né.

— O Zico é bem ídolo aqui! — Ele concordou. — Então, você faz o que, South?

— Sou... Instrutor de... De Crossfit. — Ela não entendeu nada. Ele dava aulas de Crossfit? Bom, não era de se espantar porque ele parecia um minotauro de tão grande! Mas Crossfit? — É... Eu gosto dessas paradas de luta, tá ligado?

— Mas eu não entendo nada de Crossfit! O máximo que eu fiz na minha vida foi bater massa de bolo... Hehehe, mas eu sou forte, olha! — Ela mostrou os bracinhos de louva-deus. Que fofa! Era praticamente inofensiva, South se sentia um ogro cada vez que ficava perto dela, já que era seu extremo oposto. — E-eu não sei se seria útil para você, South... Só atrapalharia seu negócio.

— Claro que seria! Eu não ia colocar você para treinar Crossfit com um monte de palerma! — Ele resmungou. — Eu quero que você... — Novamente, precisou de um tempo para pensar. Queria ajudar a garota, mas sabia que ela era dura na queda. Precisava de uma proposta convincente. — Você vai cozinhar pra mim. O Kakucho não sabe fazer arroz e feijão. Fraco demais. Preciso de uma cozinheira experiente igual você.

— C-cozinhar? M-mas...

— Meio período. Você vai poder estudar e eu pago o quíntuplo do que você ganha na lanchonete da sua mãe. Dormitório próprio. Pago adicional se você souber fazer comida baiana.

— ...Quanto?

— Um adicional de três mil ienes. E aí, [Nome]? — Ela quase desmaiou de surpresa. Era muito dinheiro! O quíntuplo de seu salário e três mil ienes por acarajé? — Que me diz? Quer ajudar sua família de verdade sem se prejudicar e vivendo em um lugar melhor que aqui?

— Aceito! — Ela falou sem pensar duas vezes. — E-eu desconfiaria se fosse outro homem, South. Mas você é um homem honesto e gentil, então eu sei que posso trabalhar para voc- digo, para o senhor.

— PÓ PARA! QUE PORRA É ESSA DE SENHOR? MANÉ SENHOR, GAROTA! Sou da sua idade, mané! — Ele resmungou. — Nem pense em me tratar como patrão, eu sou seu amigo!

— Oh, South... Você é como um anjo que caiu do céu pra mim. Você é meu anjo da guarda... E-eu tava precisando tanto desse emprego! — Novamente, ela o abraçou e choramingou. 

South Apaixonado! - Terano South x Brazilian ReaderWhere stories live. Discover now