Capítulo 8: Apenas uma

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Victor acordou primeiro, foi ao banheiro para urinar, mas voltou ao quarto, pegou o notebook dentro da bolsa, sentou na cama e abriu o aparelho, precisava resolver alguns assuntos, então aproveitou o tempo enquanto o cearense ainda dormia para fazer isso, colocou os fones de ouvido, logo começando a manusear o laptop. Saiko acordou, coçou os olhos, pôs os óculos e olhou para o outro lado da cama, vendo Victor usando um notebook concentradamente, o nordestino rapidamente se aproximou do companheiro e colocou o braço atrás do pescoço do mesmo.

- Bom dia. 'Tá fazendo o que?

- Resolvendo umas paradas.

- Hum.

Victor parou de prestar atenção na tela e uniu os lábios com os do parceiro, iniciando um beijo lento, colocando as mãos brevemente sobre os cabelos alheios.

- Bom dia para você também. -O sulista cumprimentou- Está com fome? Posso preparar algo para você comer. -Disse amigavelmente.

- Precisa não. Resolve tuas coisas aí. Fica de boa

- Não são tão importantes assim, posso dá uma pausa.

- 'Oxi, precisa não, doido.

- "Oxi, doidum."

- Eu não falo assim!

- Fala sim, senhor.

- Me deixa, vai. Vou fazer algo para comer.

- Eu posso fazer para você.

- Ficou prestativo do nada, foi? Ou você vai colocar veneno para eu morrer?

- Eu sempre fui prestativo!

- Que mentira, Victor!

- Só você que não percebe.

Saiko se levantou da cama preguiçosamente e rumou até a porta para sair do cômodo, sendo seguido por Victor.

- Deixa que eu faço para você. -O Pelotense insistiu mais uma vez.

- Eu vou mijar, 'porra'. Vai mijar por mim?

- Se quiser, posso segurar teu 'pinto'.

- Sai 'pra lá, gay.

- Não quer uma mãozinha?

- Nem.

Saiko entrou no banheiro e esvaziou a bexiga enquanto Victor esperava atrás da porta, depois, os dois desceram as escadas e foram até a cozinha.

- Vai ficar me seguindo, é? -Saiko indagou.

- Quero apenas te ajudar.

- Não preciso de ajuda, não sou deficiente.

- Então só deficiente que precisa de ajuda? Não é deficiente físico, mas é mental.

- Talvez.

Saiko pegou pão, queijo e presunto, logo começando a montar um par de sanduíches e botou-os em uma frigideira para "dourar" os pães.

- Toma um. -Disse o Ximenes.

- Valeu.

Victor abraçou o companheiro por trás como forma de agradecimento, posicionando a cabeça no ombro do cearense, aproximou o nariz ao pescoço alheio e cheirou.

- Você até que é cheirozinho.

- Para, faz cócegas.

Gemaplys riu e continuou com o nariz ali, depois, começou a distribuir beijos pela pele da nuca, deixando o nordestino consideravelmente arrepiado. O sulista foi levemente empurrado, fazendo-o sorrir desafiadoramente, mas apenas pegou um dos sanduíches e deu uma mordida. Os dois comeram em pé, não falaram nada naquele momento. Quando terminaram, apenas subiram até o quarto novamente.

Em rumo às bolasOnde histórias criam vida. Descubra agora