Victor acordou primeiro, foi ao banheiro para urinar, mas voltou ao quarto, pegou o notebook dentro da bolsa, sentou na cama e abriu o aparelho, precisava resolver alguns assuntos, então aproveitou o tempo enquanto o cearense ainda dormia para fazer isso, colocou os fones de ouvido, logo começando a manusear o laptop. Saiko acordou, coçou os olhos, pôs os óculos e olhou para o outro lado da cama, vendo Victor usando um notebook concentradamente, o nordestino rapidamente se aproximou do companheiro e colocou o braço atrás do pescoço do mesmo.- Bom dia. 'Tá fazendo o que?
- Resolvendo umas paradas.
- Hum.
Victor parou de prestar atenção na tela e uniu os lábios com os do parceiro, iniciando um beijo lento, colocando as mãos brevemente sobre os cabelos alheios.
- Bom dia para você também. -O sulista cumprimentou- Está com fome? Posso preparar algo para você comer. -Disse amigavelmente.
- Precisa não. Resolve tuas coisas aí. Fica de boa
- Não são tão importantes assim, posso dá uma pausa.
- 'Oxi, precisa não, doido.
- "Oxi, doidum."
- Eu não falo assim!
- Fala sim, senhor.
- Me deixa, vai. Vou fazer algo para comer.
- Eu posso fazer para você.
- Ficou prestativo do nada, foi? Ou você vai colocar veneno para eu morrer?
- Eu sempre fui prestativo!
- Que mentira, Victor!
- Só você que não percebe.
Saiko se levantou da cama preguiçosamente e rumou até a porta para sair do cômodo, sendo seguido por Victor.
- Deixa que eu faço para você. -O Pelotense insistiu mais uma vez.
- Eu vou mijar, 'porra'. Vai mijar por mim?
- Se quiser, posso segurar teu 'pinto'.
- Sai 'pra lá, gay.
- Não quer uma mãozinha?
- Nem.
Saiko entrou no banheiro e esvaziou a bexiga enquanto Victor esperava atrás da porta, depois, os dois desceram as escadas e foram até a cozinha.
- Vai ficar me seguindo, é? -Saiko indagou.
- Quero apenas te ajudar.
- Não preciso de ajuda, não sou deficiente.
- Então só deficiente que precisa de ajuda? Não é deficiente físico, mas é mental.
- Talvez.
Saiko pegou pão, queijo e presunto, logo começando a montar um par de sanduíches e botou-os em uma frigideira para "dourar" os pães.
- Toma um. -Disse o Ximenes.
- Valeu.
Victor abraçou o companheiro por trás como forma de agradecimento, posicionando a cabeça no ombro do cearense, aproximou o nariz ao pescoço alheio e cheirou.
- Você até que é cheirozinho.
- Para, faz cócegas.
Gemaplys riu e continuou com o nariz ali, depois, começou a distribuir beijos pela pele da nuca, deixando o nordestino consideravelmente arrepiado. O sulista foi levemente empurrado, fazendo-o sorrir desafiadoramente, mas apenas pegou um dos sanduíches e deu uma mordida. Os dois comeram em pé, não falaram nada naquele momento. Quando terminaram, apenas subiram até o quarto novamente.