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Lorenzo Collalto

Mandei Maya ficar no banheiro com a Lia enquanto eu e o Luigi resolvíamos isso.

— Lorenzo, você acha que…?

— Claro que sim, aquele filho da puta nos enganou.

— Sim, ele nos enganou. -  Atirei no homem que vinha correndo em nossa direção.

— Merda! Maldita hora que confiamos neles. - Luigi disparou contra um homem alto.

— Não podemos deixar elas sozinhas, Lorenzo. Eles não foram embora, vão atrás delas. - Luigi parou no meio do caminho e eu também.

— Se voltarmos para trás, vamos mostrar o quanto vulneráveis estamos. Eu dei a arma para a Maya justamente para isso. - Ela disse que atiraria, mas não tenho tanta certeza. Não é bom preocupar o Luigi.

— Você acha que ela vai atirar se alguém entrar lá? - Se eu disser não, ele vai ficar louco. Mas, se eu disser sim, vou estar mentindo.

— Não sei, eu não conheço ela, tá legal? Talvez sim, talvez não. Vamos acabar logo com isso. - Luigi concordou e voltamos a caminhar com cautela.

Quando eu ia virar para o salão, uma mão pegou a minha arma, forçando-a para baixo. Segurei com a outra mão em cima do homem e dei uma cabeçada nele. Ele cambaleou para trás e eu passei a ponta da arma pelo seu rosto até seu pescoço.

— O que o seu chefe quer? - Vi outro homem vindo e fiz um sinal com a cabeça para o Luigi, que agiu rápido e derrubou o outro no chão.

— Não sei. - Neguei com a cabeça, rindo.

— Resposta errada. - Precionei o gatilho e ele fechou os olhos.

— Lorenzo -  Ouvi o Luigi e olhei por cima dos ombros do homem, vendo vários outros cercando a gente.

Quando começaram a atirar, usei o corpo do homem como escudo. Joguei o corpo dele em cima de dois e o Luigi derrubou mais dois. Sobrou apenas dois.

— Vamos fazer do jeito mais velho. - Soltei a arma no chão e o cara riu.

— Vamos acabar com vocês e levar elas. - O homem veio para cima de mim e, com um movimento rápido, desvio do seu soco.

— Muito lento. - Soquei seu rosto e ele cambaleou para trás, com a mão no queixo, sorrindo.

— Devo admitir, Collalto tirou sorte grande entre as máfias no jogo, no casamento principalmente. Meus parabéns para quem treinou ele. - Queria fazer um jogo psicológico para me vencer.

Ele veio novamente e eu o derrubei no chão. Ele caiu de costas e eu o chutei, jogando-o para longe.

— Ela é muito gostosa. Eu estava vendo ela de longe naquele vestido vermelho apertado. - Sorri.

— Você tem certeza de que quer falar da minha esposa? - Estalei o pescoço para o lado e ele sorri.

— Claro, uma mulher daquela deve ser dita frequentemente, principalmente no mundo da máfia, sabe? Muitos chefes ficaram sabendo do seu casamento e o quanto a mulher é gostosa. - Fechei os olhos com força. Não ia deixar ele me provocar. Respirei fundo.

— Sorte minha, não? Já que ela é minha esposa. - Caminhei até ele e o levantei pelo pescoço.

Ele riu mais.

— Você gosta dela né? Seu otário, deveria saber que no mundo da máfia não existe amor, muito menos para o chefe - apertei seu pescoço com mais força que começou a ficar vermelho mudando para um roxo.

Sob Minha Proteção[EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora