☆𝒊𝒎𝒂𝒈𝒊𝒏𝒆𝒔 AVATAR - by solis☆

☆AO'NUNG☆ always together.

[best friends to lovers] [masc metkayina sn]

•pedido: R0DiCULO
•aviso: preconceito; discriminação
•gênero: angst; fluff
•resumo: Onde Ao'nung te defende de alguns membros do clã que não te deixam em paz.

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Digamos que Ao'nung sempre teve o pavio curto, as veias prestes a estourar dentro do corpo por quaisquer que fossem os motivos plausíveis ou não. Você lembra de quando os dois eram crianças e ele se metia em algumas brigas para te defender, te arrastando junto de vez em quando, o que você odiava porque brigar nunca foi seu forte, sem falar em como seus pais ficavam furiosos ao ver você chegar em casa com algum hematoma.
"Você e Ao'nung de novo?" Eles diziam.

Houve uma época em que os pais de vocês os proibiram de andar juntos, mas s/n e Ao'nung separados era algo como retirar toda a água do mar: impossível. Vocês sempre dariam um jeito de encontrar-se às escondidas na aldeia.
Parecia que a sua companhia lembrava a Ao'nung que ele ainda era apenas uma criança, e não o jovem reflexo da expectativa e responsabilidade de ser o que já estava traçado em seu sangue desde que nasceu: ser o próximo Olo'eyktan.

"Pra sempre juntos?" Ele disse, o braço por cima do seu ombro e o seu por cima do dele.

"Pra sempre juntos." Você confirmou enquanto os dois olhavam seus nomes escritos na areia aos poucos serem apagados pelas ondas do mar.

Anos depois, mais precisamente quando vocês estavam quase completando dezoito anos, a doce promessa ainda existia, mas aquelas crianças não mais. Ao'nung iniciou seu treinamento para Olo'eyktan arduamente, o que criou uma espécie de ponte na amizade de vocês, para estarem juntos um dos dois deveria atravessar para o outro lado, o que coube a você faze-lo na maioria das vezes, já que Ao'nung passava muitas horas do dia ocupado.
Portanto a maioria dos seus encontros era ao crepúsculo, quando os dois jovens na'vis iam caçar além da aldeia adentrando a ilha, ou pescar nos terraços d'água bioluminescentes.

"Como está indo o treinamento?" Você pergunta ao seu amigo, os dois com os pés mergulhados naquelas águas brilhantes. Ao'nung vira o rosto beijado pelo reflexo do movimento calmo da água, quase lhe dando uma feição serena. Exceto que ele nunca estava completamente relaxado.

"Meu pai agora me obriga a ir com ele além do recife" Ele comenta voltando a prestar atenção na pescaria com os olhos, porque sua cabeça ainda viajava em algum lugar onde você não podia decifrar "Ele desconfia que algo muito ruim está acontecendo com alguns tulkuns além do recife, muito ruim mesmo."

Ultimamente o que mais se comentava na aldeia era como alguns irmãos tulkuns simplesmente desapareceram como rastros de poeira. Todos temiam não encontrar seus irmãos de espírito a cada vez que eles voltavam para ve-los, e perder um deles era a dor exorbitante de perder um membro querido da família. Tonowari como o chefe nunca permitiria que tal coisa fosse a diante, então ele resolveu agir e escoltar seus melhores guerreiros e o filho em treinamento para desvendar o mistério do sumiço daqueles tulkuns, e quem sabe acabar com o sofrimento de seus irmãos e irmãs na'vi.

"Você acha que tem alguém por trás disso? Quero dizer, machucando eles." Você se arrepiava só em proferir aquelas palavras.

"Nós ainda não encontramos nada, mas vamos fazer patrulhas quase todos os dias a partir de agora" Ao'nung tinha o tom um pouco aflito em sua voz, como se temesse o pior "Vamos falar sobre outra coisa" Ele faz um pausa, agora virando o corpo pra você "A cerimônia."

"Não" Você o corta, sabendo o que ele estava prestes a falar, a última coisa que você queria conversar sobre. "Não, não, não."

"Ah, para s/n" Ele ri da sua reação imediata, te dando uma leve chacoalhada no braço. "É inevitável, vamos fazer dezoito anos logo, nosso rito está praticamente ao alcance da mão."