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Eu estava pegando a papelada que Clark me deu, já estava prestes a ir embora.

Entrei no elevador que estava com outras pessoas e selecionei o andar da saída.

Poucos minutos depois eu já estava passando em frente ao trabalho de Noah.

Senti uma mão tocar em meu ombro, e logo me virei para trás pra ver quem era.

Noah.

- Jane! - Ele me cumprimentou com um sorriso no rosto.

- Noah! - Retruquei com outro sorriso.

- Que bom que eu te encontrei! - Afirmou levando uma de suas mãos na cabeça. - Queria te recompensar por ter me ensinado a dançar valsa. - Ele pronunciou segurando minha mão.

- Não precisa Noah! - Afirmei arqueando as sobrancelhas.

- Eu gastei seu tempo ontem, é o mínimo que posso fazer. - Alegou.

Nossos olhos faziam contato visual.

Seu sorriso é lindo, e seus olhos... Aqueles olhos...

- Seus olhos são lindos! - Deixei escapar.

Arregalei meus olhos e corei.

Eu sou muito idiota!

- Você acha? - Ele interrogou-me, sua mão ainda estava em sua cabeça.

Soltei sua mão imediatamente.

- Sim! Eu acho! - Revelei dando de ombros.

Ele veio atrás de me.

- Você acha o castanho dos meus olhos bonito? - Ele questionou alegremente.

Fiquei em silêncio, seria idiota falar mais alguma coisa.

- Então... Você quer ir aonde? - Ele perguntou, ficando lado a lado comigo.

- Qualquer lugar. - Pronunciei cruzando os braços.

O silêncio se estabeleceu por alguns minutos, até que chegamos em uma sorveteria e ele fez questão de abrir a porta para me.

- Obrigada. - Agradeci andando até uma mesa.

Noah e eu ficamos frente a frente, sentados na mesa.

Depois de alguns segundos sentados ali, um garçon veio nos atender.

- Bom dia! O que vocês querem? - Perguntou o rapaz educadamente.

- Um milk-shake de baunilha pra me, e você Jan? - Questionou Noah.

Meu Deus, eu tenho vergonha de falar em público. Alguém me ajuda?

- Eu quero um de morango. - Decidi.

O garçon se retirou de perto e foi para o caixa.

Não me julguem, mas eu tenho fobia social.

- Então Jan, como vai o trabalho? - Noah puxou assunto.

- Está indo bem. - Aleguei dando um sorrisinho. - E o seu? - Perguntei em seguida.

- Tá bem, eu gosto de crianças, então é fácil lidar com elas. - Noah proclamou sorridente.

- Eu também gosto de crianças! Elas são adoráveis! - Afirmei.

Por alguns segundos o silêncio voltou.

- Eu tenho uma dúvida sobre você... - Explanei. - Como você sabe falar português? - Inquiri-o.

- Bem, eu nasci na França, mas morei no Brazil até meus três anos, então minha mãe decidiu voltar para cá. O português era muito comum no meu dia a dia, mas depois que eu completei dezesseis anos ela foi embora e eu fiquei aqui. - Noah resumiu.

- Você tem vontade de voltar para o Brasil? - Questionei-o.

- Não, eu pretendo ficar aqui. - Ele declarou com um sorrisinho. - Fico feliz por ter achado outra Brasileira. - Disse em seguida.

Sorri envergonhada.

- Bem, eu também pretendo ficar aqui. - Enunciei.

O mesmo garçon veio nos entregar as bebidas.

- Obrigada/Obrigado! - Eu e Noah falamos ao mesmo tempo.

O garçon fez um gesto positivo com a cabeça, dando um sorriso sem os dentes e logo em seguida se retirou novamente.

Dei um gole no meu Milk-shake e então Noah começou a olhar para minha boca.

Ele levou sua mão em direção da minha boca, limpando o canto da mesma.

- Tinha um cabelo aí. - Ele alegou desviando o olhar.

Arqueei minhas sobrancelhas e olhei para ele.

Ele tava envergonhado? Noah Aiden? Envergonhado? Impossível!

- Noah... - Pronunciei fazendo seu olhar voltar a me. - Você já aprendeu a dançar valsa? - Perguntei a ele, tentando deixar aquele clima menos intenso.

- Mais ou menos... - Ele falou colocando sua mão na cabeça.

Por que o Noah sempre coloca a mão dele na cabeça quando tá com vergonha? As vezes eu passo a mão pelo nariz, mas só quando estou com extrema vergonha.

- Noah Aiden? - Perguntou uma voz feminina se aproximando.

Com Quem Será Mestise Jane?Where stories live. Discover now