Uma visita e tanto (02)

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Dick POV'S

Continuei o meu caminho normalmente até chegar ao endereço do casal, assim que saí do carro vou até a porta, soltei um suspiro pesado e apertei a campainha, após alguns segundos a Senhora Roth me atende.

- Olá meu Jovem, poderia ajuda-lo em alguma coisa?

Ela pergunta, e eu logo cerro os punhos e engulo a saliva de tanto nervosismo, estava pálido e em silêncio.

- Meu jovem? Está tudo bem?

Perguntou-me do mesmo modo gentil de sempre, e eu, apenas me recompus e saí das memórias que invadiram a minha mente sobre ela e o seu marido

- Sou eu, o Grayson, o Dick Grayson

Falo simples e com cuidado, pois ela era idosa e a última coisa que eu queria era que ela infarte

- Oh, meu Deus! Dick você se tornou um homem muito pintoso

Eu soltei um riso soprado após ouvi-la, ela continuava a mesma

- Vejo que continua a mesma pessoa não é?

- Sim, claro! Entre, o Augustus irá gostar da surpresa, não, irá amar

Eu entro e agradeço

- Augustus saiu, mas venha na cozinha, sorte a sua que não tirei a mesa do café ainda

- Ah, um café irá bem

Dou de ombros e a sigo

- Sente-se. Deixa eu adivinhar? Quer se servir não é mesmo?

Ela ainda lembrava dos detalhes

- Sim, é claro

Logo me sirvo e me sento

- Me conte, o que tem feito? É casado? Tem filhos? Se sim, eu adoraria conhecer

Rio soprado e bebo um gole de café diante da curiosidade e ao mesmo tempo preocupação e atenção da mulher de cabelo tingido de castanho escuro

- Não, ainda não tive a oportunidade de conhecer alguma mulher por quem eu me apaixonasse

A encaro

- Sou detetive atualmente, lidero uma equipe pro estado

Bebo mais um pouco de café

- Hm, então está morando aqui?

A mulher fala se servindo um pouco de café também

- Claro, é um lugar tranquilo

- Ah, sim, mas o que te trouxe até aqui?

Ela pergunta interessada

- Bruce trabalhava secretamente para a polícia, eu era o seu assistente, eu cansei de ser comandado por ele, e vim parar aqui, como sou o "filho" dele, também adquiri os meus contatos, conseguiu um bom emprego, fiz faculdade de direito, mestrado e aqui estou eu

Falei fazendo aspas com as mãos

- Hm, mas Bruce é um homem cruel?

Ela pergunta meia surpresa e preocupada

- Não, ele só queria me proteger dos holofotes, e me dar uma boa educação, querendo ou não, acabei por aprender 5 idiomas depois dos 15, a idade que me interessei pelo mundo policial e etc

- Ah, nossa que bom que ele sempre cuidou de você

Ela dá um suspiro aliviada

- Sim, ele sempre cuidou muito bem de mim

Após alguns minutos conversando, o Senhor Roth chega, ele vai até a cozinha, bom ele estava com sacolas de feira

- Ah, deixa que eu ajudo

Falo me levantando e indo até o mesmo, me abaixo e pego as sacolas

- Nós nos conhecemos de algum lugar mocinho?

Ele me olha nos olhos

Deixei as sacolas em cima da mesa e o encarei

- Não creio, você já é um homem....Fico feliz que esteja aqui, como achou a nossa localização?

Ele fala impressionado e eu rio soprado

- Sou detetive e tenho os meus contatos

Falo como se fosse a coisa mais simples do mundo

- Oh, fico feliz que tenha se lembrado da gente, creio que tem muito o que contar

- Mas é claro

- Pode ir, eu cuido das rédeas por aqui Augustus

- Ok, obrigada

O homem me levou até o jardim, e caminhamos em silêncio por alguns minutos

- Sr. Roth, como está? Aconteceram tantas coisas e para ser sincero eu nem sei o que dizer

Dou de ombros e falo sério

- Pode ser desse jeito com qualquer um, menos comigo, eu sei bem que não nos procurou atoa viu

- Na verdade, eu nem sei o que me trouxe aqui

- Como assim?

Ele fala confuso

- Sei lá, alguma coisa me trouxe aqui, é que desde que eu comecei a procurar vocês....

Fico sem palavras

- Deus, foi Deus, algum plano divino te trouxe aqui. Não me procurou atoa, mas como vai a vida em Gotham?

- Eu moro aqui, mas isso não importa, ok?

- Ok

Dou de ombros

- A verdade é que eu tenho uma dívida com o senhor, sabe, Bruce sempre me entregou as cartas ou telegramas pessoalmente, eu que nunca tive coragem de responder

Sou sincero

- Estou surpreso, mas eu entendo, é normal isso, talvez nunca se sentiu pronto para falar sobre isso

- A verdade é que nunca consegui me sentir confortável com alguém para falar sobre, só com uma pessoa, mas ela faz parte do meu passado

Dou um suspiro ao lembrar da pessoa

- Oh, eu compreendo

Após algum tempo vou embora, confesso que fiquei intrigado com a garota. Como ela sabia disso? Bom, se ela estava na rua, poderia bem ser neta, filha, afilhada, sobrinha neta ou qualquer outra coisa do Sr. Augustus e da Sr.a Daisy. Se bem conheço o homem, deve ter falado das histórias do circo e do acidente desde sempre, se realmente a minha teoria está certa, a não ser que ela seja parente de um fã da época ou algum funcionário. Mas como ela poderia me reconhecer? Logo decido me concentrar no trânsito, depois de um tempo chego na torre e começo a trabalhar tentando tirar a menina da minha cabeça

Memories not to rememberWhere stories live. Discover now