𝐀 𝐃𝐀𝐌𝐀 𝐄 𝐎 𝐕𝐀𝐆𝐀𝐁𝐔𝐍𝐃𝐎 - Richarlison.

٬ @. 𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐕𝐈.

- 9 de agosto de 2020, 18h.
Rafaela POV.

Ao entrarmos dentro do hotel novamente, já conseguíamos ver várias pessoas, vestidas formalmente, e outras, nem tanto. A festa estava acontecendo mais na área da piscina, onde tinha a pista de dança e tudo mais. Ainda ficava surpresa da quantidade de gente que apareceu para celebrar a nossa vitória: atletas de esportes diferentes, internacionais ou até os dois misturados! Era muito legal saber que toda aquela gente, ao menos, sabe quem eu sou.

Olhei para o lado, e vi Richarlison me acompanhando, com os seus olhos grudados em mim. Quando ele percebeu que eu tinha o olhado, um pequeno sorriso formou-se em seu rosto, e no meu também.

- As meninas devem estar lá fora! Vamos procurar elas.
- Ah, tudo bem. Vamos-
- Aí estão vocês! - Uma voz masculina fora exclamada em nossa direção. Acho que ele era um dos colegas de Richarlison: ele parecia ter 1,80 cm, com os seus curtos cabelos castanhos jogados para trás e sem barba. Atrás dele, vieram dois homens: aquele que eu achei familiar e outro que eu não reconheci muito.
- Ah, oi 'Marti. Rafa, esses são o Gabriel, Malcom e Antony. Acho que já devem conhecer quem eles são.
- É... Oi gente! Prazer, me chamo Rafaela. - Me apresentei, meio tímida. Ser muito extrovertida não é lá meu forte, mas sorri, de qualquer forma.
- Então você que é a Rafaela, não é? - Dessa vez, Antony que falou, com um sorrisinho de canto. Eu sabia que conhecia ele de algum lugar. - O prazer é todo meu.

Antes de eu falar alguma coisa, Richarlison pegou em meu braço de repente, mas sem força bruta. Logo, foi me puxando junto a ele para irmos para fora do hotel.

- É, é. Legal que agora se conhecem e tal, mas termos que ir agora. Tchau, gente.
- Cuidado com a multidão, porque tá cheio 'pra caramba lá fora! Falou! - Malcom avisou como uma forma de despedida, e em seguida, os três desapareceram.
- Tchau! - Me despedi.

Continuamos andando, e olhei para Richarlison. Ele estava esquisito, com aquelas sobrancelhas franzidas. Desaceleramos um pouco o passo, enquanto andávamos.

- 'Richa, já pode largar o meu braço agora.
- Hãn? Ah, desculpe. - Ele largou lentamente, meio nervoso.
- Você tá bem? Parece bravo com algo.
- Eu? "Bravo"? Por que? Tô é o contrário disso.
- Sei lá... A sua expressão não condiz muito com o que você falou.
- Rafinha, eu tô bem. Tá... Tudo bem. Só tô achando eles muito folgados, só isso.
- "Eles", você diz os meninos?
- Sim.

Aquilo era ciúmes? Eu nem tinha trocado uma palavra direito com eles. Ou pelo menos, ele não tinham feito nada demais até agora.

- ... Relaxa, 'Richa. Deixa eles pra lá. Vamos lá para fora, pegar umas comidas e até dançar um pouquinho. Que tal?
- Opa, tô dentro.
- Então 'vambora! A gente tá andando lento demais!

Me animei, querendo contagiar ele também, e aparentemente, funcionou. Aceleramos o passo, e finalmente chegamos ao lado de fora. Estava tudo muito bem movimentado, muito mais do que eu esperava. Havia uma pista de dança na parte direita, ao lado da piscina, com DJ e várias luzes coloridas. Mais a frente, uma mesa repleta de salgadinhos, docinhos e outros tipo de comidas, estavam a nossa espera; principalmente de Richarlison, que ficou encarando aquilo ali o tempo todo. Mais a direita da área externa, só havia um bar, mesas ocupadas e muita gente bebendo.

Devo confessar que festa não é lá muito minha praia. Não que eu não goste de dançar e de ficar ao redor de pessoas, pelo contrário, mas é meio cansativo. Muita gente, muita música, muita gritaria. Entendo perfeitamente quem gosta dessa energia toda, mas é muita coisa pra mim. Só decidi aguentar aquilo para ficar com Richarlison; eu não iria morrer se eu ficar por, sei lá, umas 3 horas? A festa não deve ir até tão tarde.