E se? - Se Eles Fossem Irmãos.

O inicio do erro

Um ano atrás...

Ela tinha sido mandada pra uma missão onde teria que proteger seu avo e impedir que ele fosse encontrado e capturado.

Seu alvo era o doutor Robert Bruce Banner. Um cientista e físico especializado em radiação e bioquímica.

Um dos últimos experimentos dele tinha dado errado, o transformando em uma fera verde, gigante e cheio de raiva, mais conhecido como Hulk.

Ele estava de volta em fuga após sua luta contra o ser chamado de Abominável, no Harlem.

O General Ross e o exercito ainda estava atras dele, além de varias outras pessoas, nem todas identificadas, que tinham coragem de ir atras da fera pra conseguir pelo menos um pouco de sangue e criar armas biológicas.

Por isso ela foi mandada pra manter todos os mal intencionados longe, acobertando os rastros que ele deixasse, cuidando dele e ficando de olho pra garantir a segurança, não só dele, como das pessoas em volta.

No começo ela manteve distancia, observando e acompanhando ele de longe. Ela observava a rotina dele, as oito e meia ele ia até uma cafeteria, ficava la por um tempo e depois ia trabalhar em um petshop de segunda a sábado, das 9 horas da manhã, parava pro almoço, até as seis da tarde, e então voltava pra casa.

Ela não tinha recebido nenhuma ordem especifica pra manter distância, como não tinha ideia de quanto tempo iria ficar nessa missão, resolveu se aproximar de seu alvo, seria até mais fácil de ficar de olho nele se ele confiasse nela.

Naquela época ela não estava pensando muito nas consequências, já que estava mais preocupada com seu irmão tinha sido capturado e ela não tinha ideia de se ele estava vivo ou não, e se estivesse o que ele podia estar passando na mão dos raptores.

Ela passou a se sentar mais próximo dele na cafeteria. Ele sempre se sentava no mesmo lugar, uma mesa mais no fundo que sempre estava vazia.

Ela sentou próximo dele com um livro que ela sabia que ele também estava lendo, só que pela bilionésima vez. Ela não tinha ideia do que era tão interessante pra fazer com que ele lesse tantas vezes, mesmo sendo sobre ciência. O plano era provoca-lo, ela ia demonstrar não ter interesse, tedio e não entender nada, isso provavelmente faria ele querer se manifestar, mais cedo ou mais tarde ele faria.

Seu irmão tinha um comportamento parecido, ela costumava esnobar as invenções dele, depois que percebeu que o irritava passou a fazer de proposito.

Tudo saiu como ela esperava, ela agiu como se fosse muito difícil e chato, jogou o livro de qualquer jeito na mesa e deixou a frustração bem explicita. Depois de alguns minutos ele não aguentou se segurar e acabou chamando a atenção dela, comentando algo do livro de um jeito desajeitado e envergonhado.

Ela fingiu não entender, o que fez com que ele repetisse mais claramente e mostrasse que ele estava lendo o mesmo livro.

Ela fingiu surpresa e perguntou se ele tinha conseguido entender alguma coisa, por que ela não tinha.

Ele sorriu envergonhado, começou a esfregar as mãos nervosamente e eles acabaram conversando demais.

Sem terminar a conversa ele percebe que a hora de ir pro trabalho estava chegando e ele corre, se despedindo desajeitadamente e indo pro trabalho.

Depois disso os dois passaram a se encontrar todo dia e sentar em mesas próximas, e eventualmente eles passaram a se sentar juntos.

Os assuntos passaram das explicações cientificas, que ela tinha dado a desculpa de estar tentando entender o que seu irmão achava tão interessante naquilo, e passou a serem conversas sobre diversos assuntos.

Alguma coisa nele passou a atrai-la, depois de um tempo ela sentia cada vez mais vontade de passar tempo com ele.

Ele era fofo, gentil, inteligente, e a assustava que ela podia listar muitos outros adjetivos. Ele fazia ela rir, e ela gostava de provocar, flertando com ele na maior parte do tempo.

Os dois começaram a sair juntos, não como um encontro, foram em parques próximos, outros restaurantes, cinemas e todos os lugares que Natasha achava que não o denunciariam. E ela não precisava se preocupar muito com isso, já que o próprio Bruce também se preocupava.

A intenção nunca foi se apaixonar por ela, mas ele se sentiu atraído por ela desde o começo, mesmo que ele só tivesse incomodado com a reação dela ao livro. Não era exatamente a melhor primeira impressão, mas ele não conseguia evitar, e paria que ela estava provocando.

Ela o levou pro apartamento onde estava ficando, que ficava de frente pro prédio dele, só que ele morava um andar abaixo.

Os dois estavam planejando re-assistir Star Wars juntos já que os dois eram muito fãs, além disso ele iria provar suas habilidades culinárias adquiridas em suas viagens forçadas.

Diferente da Natasha, que nunca tinha sido muito boa na cozinha. Mesmo com as coisas mais simples.

Depois de algum tempo juntos, ela estava agindo muito mais como ela mesmo do que como seu disfarce, que tinha o nome de Kira, por isso ela se sentia culpada por mentir pra ele, mesmo que tinha mostrado muito mais verdades do que mentiras.

Por outro lado, alguns dias depois começarem a conversar, ele já tinha dito ser o Hulk, e conforme o tempo passava ele contava mais pra ela, passando a confiar de desabafar com ela.

Depois de um jantar muito bom, os planos acabaram mudando, eles até foram pro sofá pra assistir o filme, mas pouco depois de começarem a assistir e comentarem um pouco o filme, os dois se distraem um com o outro quando começam a se beijar.

Eles ficam nisso até o filme acabar, só nos amassos, os dois tentando se controlar pra não ir além disso.

Quando escutam os créditos do filme, eles percebem o tempo e ficam sem jeito, mas felizes. A Natasha se sentia estranha, mas feliz, ela não entendia o sentimento, só sabia que estar com ele era bom.

O Bruce sentia o mesmo, a diferença é que ele sabia que estava gostando dela, o que ele tinha certeza de que era ruim,  considerando sua condição. Ele não queria colocar outra pessoa em perigo, mas quando ele estava com ela, esquecia a maior parte dos problemas, ela sempre o convencia de que tudo ia ficar bem.

Mesmo assim, ele da uma desculpa esfarrapada pra ir embora, ele precisava pensar e precisava evitar que fossem mais longe, ele não queria acabar machucando ela.

Ela fica um pouco chateada, mas entende o lado dele, afinal ela também precisava colocar seus pensamentos no lugar e tentar entender o que estava acontecendo e o que ela ia fazer.