Capítulo 5

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POV Taylor

Nunca me orgulhei de ter ido trabalhar com Raymond Cooper, no começo pensei que era apenas um empresário bilionário que precisava de seguranças para toda família, mas com o tempo passando fui descobrindo sua verdadeira face, por sorte, nem quando fui trabalhar para o mesmo dei minhas informações verdadeiras, até hoje ele deve estar procurando Taylor Smith, e não Theodore Marshall. Sempre fui muito cauteloso, principalmente ao redor daqueles que tem poder de te eliminar como Raymond Cooper.

Taylor Smith é o nome do filho desaparecido do terceiro marido da minha mãe, assumi sua identidade pois ele nunca foi dado como morto, apenas dado como desaparecido e com seu background imundo foi fácil Raymond me contratar.

Mas coloquei tudo a perder com o tempo quando me apaixonei perdidamente por Carla Cooper e dessa paixão nasceu a coisa mais preciosa que tive na minha vida inteira, minha pequena Ella. Sempre fiz de tudo para deixar ela bem protegida, a ensinei a como usar uma arma, briga corpo-a-corpo e ela me ensinou que ela conseguia invadir qualquer tipo de sistema sem problema algum, nunca senti tanto orgulho em minha vida, somente havia uma coisa que me mantinha quase toda noite acordado, a segurança de Carla e Ella.

Tudo veio desmoronar quando no meio de uma noite fria de inverno, estava verificando todas câmeras da mansão, quando começo a verificar as câmeras dentro da casa, meu mundo cai por completo ao ver um objeto brilhante na mão de Raymond e Carla caída no chão em uma poça de sangue, sem vida, mas o que me deixou ainda mais preocupado foi ver em uma das câmeras uma figura correndo para o andar de cima da casa.

Algum tempo após a morte de Carla, no meio da noite todas câmeras foram desativadas e por um bom tempo eu e os demais seguranças tentamos reativar as câmeras e nada funcionava, somente quando as câmeras voltaram que saímos da sala de segurança e fizemos uma varredura pela propriedade e nisso não achamos minha pequena Ella em lugar algum.

Com a morte de Carla e o sumiço de Ella eu desapareci do radar de Raymond e suas marionetes, voltei a ser Theodore Marshall depois de anos e anos e para não atrair atenção de Raymond nunca mais mexi em nada que esteja em nome de Taylor Smith.

Depois de quinze anos procurando por diversos estados, cidades pequenas, hospitais, necrotérios e nada de achar minha filha, mas fiz disso minha missão de vida, irei morrer procurando pela única coisa que é mais valiosa que qualquer dinheiro do mundo, somente não sei como ela irá reagir ao me ver, provavelmente irá pensar que Raymond a achou e saberei menos ainda como irá reagir ao descobrir que ela não possui uma gota de sangue daquele monstro.

Em uma noite que estava me preparando para ir para outra cidade para procurar pela minha filha, vejo um carro parando no semáforo e acenando para mim, imaginava tudo, menos que seria minha filha, ela estava bem protegida, cautelosa e ainda mais linda do que imaginei e diferente de todos cenários que imaginei na minha cabeça, ela tinha a certeza que não estava a mando do Raymond e seu abraço apertado foi tudo o que mais esperei por quinze anos e naquele momento me sentia o homem mais feliz do mundo inteiro.

Minha menina é mais ardilosa e inteligente do que imaginava. Na sua casa consegui tirar um cochilo de algumas horas como a muito tempo não conseguia, quando levanto vou até onde ela falou que era seu escritório e noto a tela do seu computador cheio de códigos e quatro nomes que reconheço, me deixando totalmente embasbacado, ela sabe.

Quando ela me dá as opções de voltar a ser eu ou ser apenas Teddy e falando que já esvaziou a conta de Taylor Smith, não consegui mais esconder meu orgulho dela, mas o que fez meu coração explodir mesmo foi quando ela me chamou de Pai, esperei vinte e cinco anos para escutar essas palavras saindo de sua boca e a única coisa que consegui fazer foi afastar ela daquele computador e a abraçar com toda minha força, um abraço de vinte e cinco anos não podendo fazer isso.

Ana e eu saímos do escritório e vamos para cozinha e juntos começamos a fazer um jantar para nós dois, mesmo sendo horrível em fazer isso, as risadas dela com minha falta de habilidade na cozinha faz valer a pena cada segundo, enquanto vamos conversando e trocando nossas experiencias durante esses quinze anos, ela me conta sobre suas amigas, que moram junto com ela e ela protege com todo conhecimento dela e faz de tudo para que se ela for descoberta, elas estejam protegidas, nos assustamos quando a porta é aberta abruptamente fazendo eu e ela puxarmos nossas armas imediatamente e uma loira, uma morena e um loiro entram na visão da cozinha

— Caralho Ana, será que terei que colocar um sino no meu pescoço?

Ana abaixa imediatamente sua arma, mas não me sinto confortável em abaixar totalmente a minha por conta do cara que está com elas, conheço o mesmo muito bem, somente abaixo minha arma por completo quando sinto a mão da minha filha me fazendo abaixar por completo a arma

— Não precisaria se aprendesse a entrar em casa como uma senhorita civilizada e se anunciar.

Tento inutilmente segurar meu riso ao mesmo tempo que solto uma risada com o Grey que as acompanham, nesse momento a loira me nota e me olha confusa

— Desde quando você convida pessoas para nossa casa? Agora está explicado porque rejeita todos homens jovens, nunca me disse que é atraída por homens mais velhos

Eu olho para Ana que possui a mesma cara de nojo que eu, causando ainda mais riso entre a morena e o Grey

— Para de ser pervertida, Kate, esse é meu pai! Teddy Steele, essa loira maluca e temo que um pouco esquizofrênica é Katherine, a morena ao seu lado é Hannah e o bonitão ali é o Eliott a paixonite de Kate

Kate olha toda vermelha para Ana e vejo um sorriso de vitória em minha filha enquanto aperto a mão de todos

— Muito prazer.

Toda interação de Ana com as amigas e o Grey me mostra que eles são osúnicos que sabem algo sobre ela, pelo menos tenho quase certeza que Kate sabetoda verdade sobre minha princesa, pelo simples fato de não se assustar com aarma apontada para ela e parecer ser uma ocorrência comum nessa casa.

Quando a janta fica pronta, nos sentamos e conversamos sobre tudo e sobre nada, mas a principal conversa é de como minha princesa conseguiu deixar Christian Grey fervendo de raiva quando ela o ignorou e o humilhou no bar.

Ao saber que todas elas estão cercadas de Grey's terei que falar seriamente com minha garota para me deixar sempre andar com ela, me passar como seu segurança, pois por anos presenciei as negociações do senhor Cooper e Carrick Grey e pelo jeito que Eliott fala sobre o irmão, não confiarei que ela fique sem segurança ao lado dessa família, Eliott parece ser um bom cara, sua forma brincalhona me diz que ele talvez não tenha nem conhecimento do caráter que seu pai não possui, mas não irei arriscar, principalmente agora que estou junto da minha filha e posso gritar ao mundo que ela é minha!

Dirty Little SecretWhere stories live. Discover now