- O Senhor é bisavô

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Cherlisie Davillier

13/07/1991  - 15:30

Considerando o fato das nossas agendas estarem meio apertadas, Izzy e eu aproveitamos essas duas semanas de folga para contarmos a notícia da gravidez as nossas família. Por isso, estamos em Paris.

Chegamos a pouco tempo, estamos guardando nossas coisas aqui em casa. Quando eu falo aqui em casa, é literalmente nossa casa.

Mesmo que vovô tenha conseguido um ótimo emprego com a Familia Nazari, ainda mora no gueto, então acaba que fica desconfortável para Izzy e eu, ai resolvi comprar uma casa para nós.

É um aparentemente bem típico francês. Estamos no último andar, nos dando uma visão perfeita da Torre Eiffel.

Já guardei minhas coisas e só aguardo Izzy aqui na sacada. Não penso e nada, apenas na bela vista. Eu teria medo se ficar tão "exposta" ao público, mas como é alto, de perto não conseguem ver e de longe só tem uma visão bem ruim.

Sinto os braços de Izzy me abraçando por trás. Sorrio e me viro para o meu homem.

- Está linda... - ele diz me roubando selinhos.

- Non mais que você - fico toda boba e o abraço.

Usamos roupas bem simples, ele apenas um short, uma blusa de botão branca junto de sua boina. Eu uso um vestido branco curto, toma-que-cai e bem soltinho, dando um disfarçada na barriga. O cabelo está preso em um rabo-de-cavalo e uso alguns acessórios, de sapato apenas uma Mary Jane também branca.

Namoramos por um tempo, até lembrarmos que ainda vamos no vô.

Como sua rotina é agitada, vou ter que ligar antes para pergunta se posso ir, mesmo que ele nem saiba que estou aqui na França.

Vou até o telefone e ligo para sua casa, demora um pouco, mas sou atendida.

- Bonjour... - ouço sua voz.

- Bonjour, vovô - sorrio.

- Céuzinho - ele parece surpreso e aliviado - aconteceu algo ? - começa a falar em inglês.

- Pourquoi o senhor está falando em inglês ?

Antes que ele pudesse me responder algo, ouço uma voz gritando "RACCROCHE CE TÉLÉPHONE, RAUL" (DESLIGUE ESSE TELEFONE, RAUL)

- Estou indo ai - só digo isso e desligo.

- O que houve ? - Izzy questiona segurando minha cintura.

- Non sei, mas algo aconteceu...

***

Sinto um mal pressentimento, então fomos o mais rápido possível para a casa do vovô.

Izzy estaciona o carro e saimos. Como estamos com uma certa presa, coloco o meu óculos-escuros e vamos pra a casa.

Primeira coisa que faço é forçar a maçaneta e assim abrindo a porta.

Tiro o óculos e fico surpresa com a visão. Meus familiares - se é que posso chamar esses monstros disso - estão aqui. Provavelmente por algum interesse.

  Cherry Gun - Izzy Stradlin: 2° TemporadaWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu