(...) Eu ficarei confortável mesmo se você não falar nada
Este se tornou o meu lar porque você está aqui
Você sabe que eu quero este lar
Você sabe que você é meu lar
BTS — HOME
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Um sorriso pequeno escapou dos meus lábios, ao tentar mais uma vez me desvencilhar dos braços quentes e aconchegantes de Sonny, e sair da cama em uma fuga calma — ou quase — sem acordá-lo. Sua face serena em um sono casto, alheio a tudo que acontecia ao seu redor, o assemelhava facilmente a um bebê indefeso.
Eu parecia uma mãe tentando a todo custo e ao mesmo tempo com um certo cuidado redobrado, fugir do meu filho que acabara de pegar no sono, para tentar terminar de fazer algo urgente na cozinha.
Ajeitei melhor o cobertor sobre o corpo do coreano, ouvindo-o murmurar algo incoerente, mas aos meu ouvidos soou fofo. Igual ao biquinho que ele fez alguns instantes depois. Observei ele abraçar o meu travesseiro e enterrar seu nariz no linho branco, inalando o meu cheiro impregnado ali.
Senti o gelado do piso beijar meus pés quentes e grunhi baixinho. Alcancei com minhas mãos ligeiras o moletom de Son ainda jogado no chão e o vesti por cima do meu pijama curto, caminhando em direção ao banheiro.
Ter a mesma rotina a anos me fazia segui-la à risca em dias que não tinha necessidade alguma de segui-la ao pé da letra, ou seja, por mais que tentasse eu não conseguia permanecer na cama por mais tempo além do que o meu corpo já estava acostumado.
A minha coluna velha demais pra alguém da minha idade, costumava doer e gritar silenciosamente em um claro sinal de que já tinha dado a minha hora de levantar e viver um novo dia, por mais cansativo ou não que ele estivesse disposto a ser.
Sai do quarto silenciosamente e na ponta do pé, logo após ter feito tudo o que era necessário ser feito no banheiro. Caminhei em direção a cozinha me espreguiçando um pouco enquanto descia os degraus da escada, me sentindo um pouco disposta e cheia de energia, por mais que tenha dormido pouco durante o restante da noite.
O cheiro adorável de café fumegante invadiu minhas narinas, arrancando um suspiro satisfeito meu. O meu lado viciado em excesso em cafeína, principalmente em café feito na hora e sem qualquer tipo de adoçante, me fez degustá-lo sem muito pensar. Esquecendo-me por breves segundos do banquete matinal que eu tinha em mente para preparar.
Bebericava cada gole tranquila e paciente, sentindo a leve fumaça que subia por entre a xícara amarela presa em minha mão aquecendo o meu rosto, admirando a visão majestosa que eu tinha de um dos bairros de Londres ao alcance dos meus olhos pelas janelas da cozinha.
