4 ever 4 me

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NOTAS: Oi gal. Resolvi escrever essa oneshot mais softzinha porque estou sentindo muita falta de cenas mais casuais e fofas de Steloisa. Como eu acho que não vamos ter isso tão cedo (ou talvez simplesmente não teremos), resolvi eu mesma criar um multiverso deles, onde eles tem momentos calmos e de casais - na essência deles. Espero que gostem! Me contem o que
acharam, vou gostar muito de saber.

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Helô estava exausta.
Os últimos dois dias foram cansativos e longos demais para a delegada que se dividia entre rastrear Pilar, interrogar Moretti e visitar a colega de trabalho, Yone, no hospital.
Helô sabia que aquele tiro era para ser nela ao invés de Yone, e sua mente martelava o dia inteiro sobre como não foi a fundo nas suas desconfianças sobre Pilar.

Helô tinha o faro apurado, foi programada para desconfiar até de um joio no meio do trigo, então ela se perguntava porque se deixou levar por uma amiga momentânea da Creusa, porquê dessa vez não seguiu seu faro. Como não enxergou nas entrelinhas.
Estava tudo na cara dela. Estampado. A aproximação repentina, os encontros casuais com Creusa que era totalmente calculados, a repentina dedicação dela na casa de Stênio.

Céus! Ela pensou: foi ela quem colocou Pilar na casa de Stenio. Ela que insistiu para que a mulher fosse lá. Ela que colocou a máfia na casa de Stênio. E se sequestrassem ele de novo? E se dessa vez ele não escapasse.

Seus "e se" estavam atrapalhando sua racionalidade. E ela odiava.

"Oi." Helô sorriu para Yone entrando no quarto de hospital.

"Helô." A mulher sorria do jeito que conseguia.

"Prendemos a Pilar." Helô declarou, se sentando na poltrona do lado da cama. A delegada parecia tão aliviada quanto a investigadora.

"Sabia que você ia conseguir." Yone encorajou a mulher.

"Foi sufoco viu, mulher. Mas conseguimos. Mandei agora o pessoal pro apartamento que ela tava. Em frente ao meu, acredita?"

"Imaginei. Eles tinham muita coisa sua. Que loucura, Helô." A mulher disse passando a mão na cabeça. "Que perigo. Já contou pro Stênio?"

"Mané contar para Stênio, Yone." A delegada disse parecendo indignada com a pergunta. Yone riu. "Vai ser só uma desculpa para ele querer se matutar lá em casa."

"Como se ele precisasse de uma desculpa."

"Rá." Helô riu. "E tu; tá bem? Como está a recuperação desse ombro ai?"

"Hoje ta doendo menos. Já consigo levantar essa roupa horrorosa de hospital sem chorar de dor." A mulher comentou, tentando soar engraçada.

"Que bom! Sinto muito que o tiro tenha pegado em você. Fiquei com medo de perder minha parceira." Helô disse levemente sentida.
Yone era muito mais que uma parceira de trabalho: era sua amiga. Talvez a única no âmbito profissional e uma das poucas de sua vida pessoal.
A delegada não se dava ao luxo de ter muitos amigos ou gente rodeada em volta de si, era esperta demais para isso. Preferia o conforto dos poucos amigos e a fidelidade deles, afinal, a delegada sempre prezava pela qualidade.

"Ossos do ofício. Daqui a pouco tô pronta pra outra com você." Declarou Yone.

"Outra? Outra, Yoné? Tá maluca." A delegada disse rindo.

Um toque de celular ecoou no quarto cortando a conversa das duas. Helô abre a bolsa e retira seu celular lá de dentro, ao olhar o visor e identificar de quem é a chamada, um suspiro alto sai de sua boca.

"Stênio?" Yone perguntou rindo.

"Karma!" Ela exclamou e atendeu o celular posteriormente. "Fala, Stênio."

happy endingWhere stories live. Discover now