ᴏᴜʀ sᴏɴɢ | Miguel Cazarez Mora.

48.

Dias, semanas se passaram, e o desespero de Yasmin só aumentava.

Ela realmente errou tanto assim para Miguel simplesmente ignorar ela? Recusar suas ligações, arquivar suas mensagens, e sumir da internet.

A morena ligava desesperada todos os dias para Mason, e o ruivo atendia e até chagava a passar o celular para Miguel, mas ele não dizia absolutamente nada.

Hanna foi seu apoio emocinal, e Phill? Ele queria se aproveitar da garota tentando se aproximar, mas Hanna não deixou.

Mason sempre ia na casa de Yasmin, fazer algumas visitas, mas sem Mikey.

Miguel ficaria até o fim do mês na casa de Mason, ele tinha que fingir para sua mãe que tudo estáva normal.

Agora? Yasmin se encontra no fundo do poço, ela não pode ir sem dar um último abraço no moreno.

YASMIN LEEN

- Minha menina... Olha onde você chegou! - Fala Angélica secando suas lágrimas, me dando um forte abraço. - Eu queria poder ir com você!

- Eu queria poder te levar, sem você eu nem sei como vou conseguir... - Falo cabisbaixa, pois Angélica é uma segunda mãe para mim.

- Você vai se dar bem, antes de me conhecer você já era incrível! - Fala a mais velha se afastando do abraço, e logo abraça Amaury que estáva ao meu lado.

- Vou sentir falta desse trio. - Fala Amaury, também secando suas lágrimas.

- Vocês são minha segunda família, se tem alguém que nunca vou esquecer são vocês! - Falo abraçando os dois ao mesmo tempo.

- Não se esqueça que eu vou com você mocinha. - Diz Amaury. - Bom, precisamos ir.

- Eu vou te ligar assim que puder Angélica, minha professora favorita.

- Eu vou esperar. - Angélica contém suas lágrimas.

Entrei no carro com Amaury e fomos para minha casa terminar de guardar as malas que restavam.

- Você precisa mesmo ir? - Pergunta Hanna enquanto eu guardo minhas malas no porta-malas.

- É o meu sonho gente, eu preciso ir. - Falo parando em frente Hanna e Mason. - O Miguel não vem mesmo né...

- Ele já está no aeroporto, eu sinto muito Yasmin. - Fala Mason cabisbaixo.

- Tudo bem, ele só quer ficar bem. - Falo. - Eu preciso ir gente, meu pai vai dirigir e eu não quero que ele fique estressado com a minha demora.

- Claro. - Diz Hanna. - Como... Eu vou ficar sem você? - A loira não evita suas lágrimas, chorando ali mesmo.

- Ei! - Eu a abraço, logo Mason nos abraça. - Você vai ser a mesma Hanna, só que eu não vou estar

- E a dupla dinâmica? O quarteto fantástico?

- Você pode ser uma dupla dinâmica. - Me afasto do abraço, e aponto para Mason. - Cuida dela Mason.

- Eu vou. - Diz o ruivo, com os olhos vermelhos, parecia até que tinha fumado.

- YASMIN, VAMOS! - Grita meu pai.

- Tchau gente! - Saio dali vendo Mason e Hanna me observarem ir para o carro. Dei um último sorriso para eles, e entrei no carro.

Encostei minha cabeça no vidro do carro, não olhei para trás, não queria sofrer mais.

Quando o carro começou a andar, escuto um grito masculino. Rapidamente olho para janela de trás, e vejo Miguel correndo até o carro.

- PAI, PARA O CARRO! - Grito, o mesmo encosta na calçada e eu desço do carro. Corro até Miguel, que também corria.

Quando finalmente alcançei ele, paramos um na frente do outro recuperando o ar. Eu esperava ele dizer o que eu tanto queria ouvir, mas ele apenas sorriu com lágrimas nos olhos.

- Eu não quero te perder outra vez. - Fala o moreno, se aproximando. - Eu te amo.

Foi naquele momento que eu percebi, eu quero ficar.

- Eu também te amo. - Não deixei que ele falasse algo, apenas beijei ele.

Eu quero ficar.

MIGUEL CAZAREZ

- A mensagem continuam? - Pergunta Mason.

- Sim... Esse ódio todo só por um namoro? Quer dizer... Ex namoro. - Falo cabisbaixo, e voltando minha atenção para o celular.

- É hoje

- An? - Desvio meu olhar do celular e encaro Mason.

- É hoje que você vai embora, e é hoje que a Yasmin também vai. - Diz o ruivo, passando creme em seu cabelo.

- Ela... Vai embora hoje? - Pergunto me levantando de sua cama.

- Sim, eu vou me despedir dela junto com a Hanna, você vem?

- Não, ver ela partir de novo só me machuca. - Respondo olhando a janela do quarto.

- Então tá, eu volto mais tarde... Se você não tiver ido embora. - Fala o ruivo me dando um abraço. - Vou indo.

O ruivo saí do quarto, e minha atenção volta a janela. Ver ela partir novamente era uma dor inexplicável, ainda mais para outro país.

Horas se passavam, e minha agonia ficava maior.

Até eu finalmente tomar coragem e fazer uma coisa que eu prometi para mim mesmo que não iria, ver ela. Não podia deixar ela ir sem ao menos dar um abraço.

E assim eu fiz.