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ˏˋ°•*𝗬𝗲𝗷𝗶'𝘀 𝗽𝗼𝘃
Como a cidade é grande, demorou até chegarmos no local onde Chayoung mencionou, mas chegamos. Também tínhamos alugado uma casa com o dinheiro de Taeyeon.
Assim que entramos na casa, Yeonjun se joga no sofá e se espreguiça.
─ Queria poder ficar aqui para sempre. ─ ele encosta sua cabeça no braço do sofá.
─ Não há tempo para relaxar. ─ digo colocando as malas no chão e pegando um caderninho de meu bolso. O abro e o coloco encima da mesinha da sala, me sentando ali no chão. ─ Chayoung nos deu algumas pistas de quem pode estar trabalhando com Yuri.
─ Quais são os principais suspeitos? ─ Yeonjun se senta ao meu lado.
─ O primeiro; Kyler Turner, um ex-ciclista, fazia trabalho voluntário com Yuri quando estavam no ensino médio e cursavam a mesma faculdade. ─ coloco na mesa a primeira foto dada por Amélia.
─ A segunda; Yang Jo-yeon , uma mulher médica, ficou amiga de Yuri quando ele foi dar aulas de italiano para a mesma. Desde então, ficaram amigos até Hopper começar a trabalhar em outro emprego. ─ faço o mesmo com a foto de Yang.
─ Acho que esses dois. ─ digo.
─ Mas... Falta uma foto. ─ Yeonjun puxa uma foto que estava presa embaixo do caderninho. ─ Ele... Se parece com você.
Pego a foto da mão de Yeonjun e a olho fixamente.
─ P... Papai...?
De repente, um barulho alto nos assusta. Eram tiros.
─ Merda! ─ me agaicho, ficando atrás do sofá. ─ Yeonjun, abaixe-se! ─ ele me olha, ainda sentado no sofá, de costas para a janela onde atravessavam-se balas.
─ O que está fazendo!? ─ pergunto, já desesperada.
─ E-Eu... ─ Yeonjun parecia travado, talvez pelo choque que levou com os disparos. ─ Yeji, eu não consigo me mexer. ─ dizia tremendo e arregalando seus olhos.
─ Ai, Yeonjun. ─ o puxo pelo braço e o acolho em meus braços, então ele se agacha e acidentalmente me abraça. Coloco minha mão atrás de sua cabeça, a protegendo dos barulhos.
Os tiros não paravam, por nem um segundo, eu só pensava em quem podia ser. Porquê?
Uma das balas atravessa o sofá, sem pensar duas vezes, puxo Yeonjun novamente e me afasto. Nós não tínhamos armas em nossos coldres, então ficamos sem defesa à seja quem forem essas pessoas.
─ Yeji... ─ subitamente, Yeonjun toca em minha bochecha, a limpando. ─ Você está sangrando. ─ nos olhamos.
Ouvi-se o vidro da janela se quebrando, e então, tudo para.
Os tiros, agora não são disparados mais, e só o que se ouvia eram os passarinhos no galho de alguma árvore próxima àquela casa.
Solto Yeonjun, ainda agachada próxima ao mesmo, ele me olha e respira fundo.
─ Você está bem? ─ pergunto, o vendo meio abalado.
─ Fisicamente, sim. ─ ele se levanta e me ajuda a levantar. ─ Desculpa pelo susto, eu não sei o que houve...
─ O importante é que estamos bem. ─ digo. ─ Não consegui ver os rostos de quem atirou, você viu? ─ olho para os lados, percebendo que haviam sumido, desaparecido dali.
─ Também não consegui ver. ─ Yeonjun pega em minha mão e me leva até o quarto, me senta na cama e em seguida, pega um kit de primeiros socorros. ─ Vamos cuidar de você primeiro.
Ele se senta ao meu lado, pega um paninho úmido que molhou no banheiro, e dá toquinhos em meu corte. Removendo todo o sangue, ele pega uma pomada e passa, antes de abrir e colar um band-aid ali.
Eu não atrevi me mexer, já estava muito cansada para implicar com Yeonjun e dizer que posso fazer sozinha, eu só... O deixei cuidar de mim, como eu cuidei dele no tiroteio.
─ Dói? ─ pergunta, passando a mão por cima do curativo.
─ ah... ─ coloco a mão por cima da dele, sem perceber.
Ele me encara seriamente, então retribuo.
─ Você ─ paraliso por um segundo. ─ É tão linda... ─ Yeonjun suspira.
Não era certo o que eu estava pensando, era? Ele... O quê?
─ Yeon... ─ ele me interrompe.
─ Precisamos agir rápido, não é seguro aqui. ─ diz, como se estivesse esquecido do que disse. Ele se levanta e sai arrumando as coisas em casa, onde tínhamos acabado de chegar e agora, nunca mais voltaríamos.
