7.

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Eram 4h28 da manhã quando acordei. Eu não estava no quarto da universidade, mas aqueles lençóis tinham um cheiro que era familiar. Nathan.
Sentei me na cama, ainda usava a minha roupa. Doía me a cabeça mas já não tinha fome.
Andei até à sala onde ele estava sentado no sofá com um ar preocupado.
-Nathan...
Parecia aliviado por me ver. Levantou se rapidamente. Parecia que me ía abraçar mas hesitou e deixou se ficar em frente a mim.
-Clary graças a deus que acordaste!
-Quanto tempo dormi?
-Dois dias.
Ele estava com umas olheiras enormes.
-Nathan dormiste alguma coisa nestes dois dias?
-Tentei, mas não conseguia. Não enquanto não acordasses.
-Obrigada por me ajudares. Já não me sinto tão fraca, o que fizesse?
-Alimentei te. Clary tens de te habituar a isso, agora és um vampiro, um simples hamburguer não te vai alimentar. Precisas de sangue.
De repente pensei no rapaz.
-Eu... a... - não conseguia dizer
-Não, não mordes te o rapaz, desmaiaste antes disso.
O olhar dele mostrava preocupação.
Lembrei me de Margo!
-Margo! Tenho de avisa la que estou bem!
-Eu disse lhe que tinhas de ir mas que estavas bem.
Boa, mal a vir vou ser bombardeada com perguntas sobre este rapaz misterioso.
Ficámos a olharnos durante um tempo, até eu desviar o olhar para a estante de livros.
Tomei um duche rápido e vesti a minha roupa. Não me fui embora. Nathan não me deixou, ainda estava fraca e ainda não tinha anoitecido. Parece que ía passar ali a noite.
-Okay, mas eu durmo no sofá Nathan, precisas de descansar!
Lá aceitou a minha proposta e foi buscar lençóis.
Eram cercada 07h00 quando nos fomos deitar. Estava um calor insuportável. Mesmo estando morta e tendo a pele gelada estava cheia de calor. Encaminhei me para o quarto do Nathan.
Estava em tronco nu e de boxers, destapado.
-Nathan está demasiado calor.
-Tenta dormir.
Não ía desistir assim, não gosto de calor.
-Okay - deitei me no chão ao lado da cama
-Ai se não estivesse tanto calor! Calor! Que calor!
Repentinamente Nathan tinha me atirado para cima da sua cama. Mantinha as mãos dos dois lados da minha cabeça. As nossas caras estavam tão perto uma da outra. Eu sentia a sua respiração gelada. Precionando o seu corpo contra o meu.
-Se não parares de dizer o calor que está vou dar te outras razões para sentires calor!
Disse aquilo a gritar, mas os seus olhos espelhavam diversão.
Não sabia o que dizer, estávamos tão perto...
De repente os seus lábios frios estavam nos meus. E mesmo estando morta senti me muito viva.
Agarrei me ao seu pescoço e retribuí o beijo. Nunca ninguém me deu aquela sensação.
Nathan deixou os meus lábios, olhou me nos olhos e sorriu. O seu sorriso perfeito. E depois disse.
-Quero beijar te desde o dia em que caiste em cima de mim no meio da rua.
E voltou a beijar me. Num beijo intenso e mágico. Agarrou me chegou me mais para junto dele. As minhas mãos estavam no seu peito e as dele na minha cintura. A mão dele entrou para a minha camisola e começou a subir pela minha coluna.
-Nathan...
Retirou a mão e ficou a abraçar me o resto da noite. Eu já não queria saber do calor, só queria estar ali com os braços dele à minha volta.
-Dorme agora. Disse ele. Senti o seu sorriso contra o meu cabelo e dormeci.

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Acordei ainda com Nathan a agarrar me. Virei me devagar para não o acordar. Ele é tão lindo.
Tu também. Ouvi uma voz na minha cabeça.
Depois Nathan sorriu e abriu os olhos devagar.
-Desculpa não queria assustar te Clary.
-Foste tu?
-Digamos que pelos vistos conseguimos falar um com o outro através da mente.
Corei, ele ouviu me a chamá lo lindo.
Levantei me devagar pois ele já tinha adormecido de novo.
Fui até ao frigorífico e peguei num dos sacos de sangue. Abri o e verti o para um copo. Senti uns braços à volta da minha cintura.
-Agora até já bebes sozinha.
Sorri.
-Até parece que tenho escolha.
Beijou me a face e foi buscar um saco também para ele.
Encostou se ao balcão e eu sentei me cima do balcão. Ele fez umas panquecas para nós que devorámos num instante.
Já tinha anoitecido e no dia seguinte começava as aulas por isso Nathan levou me para a faculdade. Entrámos no quarto, Nathan beijou me a testa e foi embora.
-Há alguma coisa que queiras contar Clarisse Prior?
-Não uses o meu nome completo Margo!
Rimos as duas.
-Mas conta lá Clary, quem é o jeitoso?
-Chama se Nathan.
-Até o nome é sensual. Mas vocês agora namoram?
-Não sei. Talvez.
-Passaste os últimos três dias em casa dele. Vocês... a...tu sabes...
-Margo! Não, não fizemos nada!
Visto que dos três dias dois deles passei os a dormir, nem passei muito tempo com ele.
-Pronto, pronto. Tava só a perguntar. - disse ela entre risos.
Preparei as coisas para amanhã e fui deitar me enquanto Margo falava ao telefone com o seu novo amigo da discoteca.

A iniciadaOnde histórias criam vida. Descubra agora