1- Teenagers scare sometimes.

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Era um dia de sol na Califórnia, inicio de maio e o verão estava tão próximo quanto as férias, todos os alunos estavam ansiosos para ressoar o sinal, dando abertura para que todos fossem para casa temendo avisar seus pais da reunião que ocorreria nessa noite, os professores se preparavam para explicar as notas de seus alunos e curiosos para saber se os pais seguiam toda grade dos jovens.

Claire se aproximava, logo a caminho de sua grande casa, onde morava com seu pai e seu tio Miguel, que também era o irmão mais novo de Castiel. Ele resolveu morar com eles até conseguir arrumar um emprego e estava muito claro que ele não iria sair do quarto de hóspedes por um bom tempo. Já Castiel estava trabalhando e sempre chegava quase ao anoitecer. O quintal era convidativo, com várias flores no jardim e abelhas que sobrevoavam o quintal, a casa era um sobrado todo branco com janelas soleiras e seu aspecto era de uma casa nova, mas era apenas muito bem cuidada. Claire largou a mochila na varanda e se sentou na cadeira de balanço toda robusta de flores que tinha em seu quintal. Pegou seu celular para verificar mensagens e logo começou chegar as mensagens de seu grupo de amigos virtuais.

(16:21) Jack: A aula de vocês foi boa ou também vão ter que se obrigar a falar com os pais de vocês?

(16:21) Crowley: Minha mãe vai me matar e você 'tá preocupado em conversar com seu pai que é a melhor pessoa do mundo?

(16:22) Claire: O drama dos gatos

(16:22) Claire: Vê se cresce vcs dois

(16:22) Jack: Meu pai é um tédio gente, acho que ele deveria transar...

(16:23) Kevin: só pq vc já transou n significa que seu pai tenha que transar tmb

(16:23) Crowley: Jack é muito emocionado, kev

(16:24) Kevin: gatinho, loirinho e emocionado.

(16:24) Claire: Esse é o nome da fita de sexo dele.

(16:25) Jack: Eu odeio vocês.

Jack se encontrava sentado na mesa de sua cozinha comendo um sanduíche que acabara por preparar, o lugar era bastante espaçoso para uma casa normal suburbana, as paredes eram de cores pastéis e os armários pretos, a mobilia ao redor combinavam trazendo um ar harmônico para o ambiente. Ele sorria para o celular enquanto recebia mensagens de seus amigos, ao ver seu pai adentrar a cozinha fingiu ignorar a presença do adulto que segurava uma furadeira na mão.

— Já consertei sua prateleira de livros... — Observou o menino que continuava o ignorando, colocou a furadeira sob a mesa e foi até a geladeira, pegando uma garrafa de água. — Obrigado pai! — imitou vagamente o filho com um sorriso pequeno. — Claro meu filho sempre que você precisar eu tô aqui! — O garoto sorriu de lado, achando engraçado por um instante.

— Obrigado, pai. Eu poderia ter arrumado, você sabe. — Colocou o celular no bolso e se acostou sobre a cadeira. Observava o pai que se sentava junto na mesa para conversar com ele. O filho parecia preocupado, mas o pai não quis questionar.

— E correr o risco de quebrar o resto do seu quarto, Jack? Até o Gabe se mataria pra pôr aquela prateleira. — Gargalhou enquanto o menino mantinha-se frívolo e pensante.

— Tanto faz. Hoje tem reunião de pais e você foi chamado. — Dean arqueou a sobrancelhas, era rara as vezes que era chamado para uma reunião na escola do garoto. — Não precisa se preocupar, deve ser só minha nota em física. — Se levantou respirando fundo tentando sorrir afim de ignorar qualquer sentimento de frustração do pai.

Dean não parecia contente - não se sentia assim quando tentava conversar com Jack, afinal, era um adolescente. E ainda se sentia como um adolescente a maior parte do tempo.

— Vai aonde?

— Dormir o resto do dia (?) — Gesticulou com as mãos fazendo sinais de questionamento.

— Você vai pra reunião comigo dessa vez, Jack.

— Não, não vou.

— Sim, você vai. — Se levantou e ficou à frente do filho enquanto ele bufava insolente. — Tome um banho que irei terminar de limpar a garagem e me aguarde na sala.

— Por que? Qual à merda do problema de esperar no meu quarto?

— Porque se você dormir vou ter que te arrastar pelas escadas como quando fizemos da última vez que não quis me ajudar na mecânica... E porquê estou mandando, oras.

  O garoto revirou os olhos e saiu da vista do pai, subindo as escadas e indo em direção ao seu quarto. — ESTEJA PRONTO ÀS SETE OU VOU TE ARRASTAR PRO CARRO. — Gritou da cozinha batendo a mão na mesa, ao tomar a atitude passiva/agressiva suspirou colocando uma de suas mãos no rosto.

Dean sabia pouco sobre como ser pai, só não tinha tanta paciência desde que perdera Kelly. Seu conhecimento se baseava na criação que tinha recebido de seu pai e mãe, apenas isso era suficiente pra saber que era um teimoso prepotente com dificuldades de ser afetuoso, mas também era amoroso, compassivo e gentil. Dean sentia-se fechado nas últimas semanas, havia trabalhado muito e não tinha tempo para si, - um tempo que ele nunca tivera - sendo constante suas funções como pai e irmão, cuidava da família mais do que a si mesmo.

***

(18:01) Jack: Claire, temos uma missão.

(18:01) Jack: CLAIRE

(18:02) Claire: eu to comendo perai

(18:03) Claire: o que foi agora abençoado

(18:03) Jack: temos que arrumar alguém pro meu pai, é caso de urgência

(18:04) Claire: quem sabe um cacto? não vai rolar vc sabe que seu pai eh impossível

(18:05) Jack: eu sei, a gente vai ter que dar um jeito nisso, nem que seja a última coisa que eu faça esse ano.

(18:06) Claire: tu arquiteta o plano e eu encontro a pessoa perfeita

(18:06) Jack: ÓTIMO

(18:06) Jack: eu vou estar na reunião hoje de pais hoje

(18:07) Claire: É perfeito, alguém deve ter uma mãe solteira na nossa classe... ou um cacto.

𝒕𝒉𝒆 𝒈𝒐𝒐𝒅 𝒐𝒍𝒅 𝒘𝒂𝒓 - Destiel AUOnde histórias criam vida. Descubra agora