Ou Vai, Ou Raxa...

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     E mais um domingo raiou na bela Cidade/Estado de Violeta. O dia, apesar do relógio soar às 07h30 da manhã, estava bem quente. O auge do verão estava em pleno andamento e só de pensar que o dia prometia uma nova chance de rever o homem intrigante que o fascinara desde a primeira vez que o vira, fez com que Euler levantasse da cama feito um raio e corresse pro banheiro da suíte para logo em seguida dar uma caprichada no visual.

     Amigos e os fiéis funcionários, apesar de torcerem a favor do patrão e amigo por um provável romance entre ele e o desconhecido que não saia de jeito nenhum da sua mente, já faziam aquela farra com o cara só porque ele ficava numa ansiedade de dar pena, e quando o pôr do sol tinha início  a cara de decepção que ele fazia, baixava o astral de todo mundo.

     Mais uma vez a chegada no estacionamento o fez parar o carro, sair e ficar encostado no mesmo observando o lento desfilar de muita gente bonita e de bem querer com a vida. Risos, conversas, paqueras e até ousadas piscadinhas de olhos ele recebia com a total indiferença que lhe era característica. O que ninguém sabia é que o belo Euler não era de ciscar em vários terreiros, como se diz, ao mesmo tempo. O cara se mantinha fiel aos seus princípios, e se ele queria o desconhecido, ele só desistiria depois de ver qual era.

    Passava pouco das 09h00 da manhã quando no meio da multidão, alguém super intrigante voltou a entrar em seu campo de visão.

Alto.

Sarado.

Cabelo preto, curto.

Andar firme e quase sem gingado.

Rosto sério e másculo.

E...

Lindo.

     Isso mesmo. O cara era lindo e com certeza poderia ser O Cara pra muita gente.

     Euler afastou-se do carro, acionou o alarme e trava de portas e começou a andar no contra fluxo. Só que ele parou de repente. O cara sacou um telefone de um bolso qualquer da calça que usava para correr e após olhar o visor... Sorriu e cumprimentou alguém.


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     Seu coração diminuiu o ritmo das batidas e uma leve ansiedade, para não dizer pânico, começou a pesar em seu corpo todo. O mundo parou e Euler sentiu sua vida definhar lentamente enquanto o maldito telefone ainda era usado, e pela expressão do ainda estranho, alguma coisa não estava dando muito certo pra ele... O estranho. Por fim ele encerrou a ligação e voltou a guardar a porcaria do celular no bolso.

     Euler voltou a ter esperanças quando ele perguntou algo pra alguém que passava no calçadão e apontou para o seu quiosque. O lindo estranho agradeceu e voltou a caminhar pela estradinha de pedras. Euler nem contou até 01 e foi na mesma direção. O olhar dos dois entrou em sintonia e um leve sorriso começou a ser desenhado nos lábios do  dono do quiosque mais descolado da praia do acalanto.

MANIA de VOCÊ  -  Romance GayWhere stories live. Discover now