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O riso é a menor distância entre duas pessoas.

_Victor Borges

O sorriso! Sabe o que ele faz conosco? Ao rirmos, inalamos mais ar, e a expiração fica mais forte. Liberamos endorfina e serotonina, elementos que geram sensações de prazer e de bem-estar.  As tensões amenizam, os músculos relaxam e alivia dores. Esses são os benefícios conforme a ciência, porem o que ele nos faz em relação aos nossos sentimentos?  Para Victor Borges, o riso é a menor distância entre duas pessoas. Ele nos aproxima de quem é atraído por ele, aquece nossa alma e nos traz bem-aventurança. Para Eduardo lhe trouxe memórias ressentes. Lhe lembrou seu comportamento nada convencional na noite de ontem, contudo não se deixou levar, por isso tratou de cortar qualquer coisa que estivesse passando na cabeça de sua esposa.

— Peço que não pense besteira, estou aqui por conveniência, sabe o que aconteceu na festa, por isso estou aqui, para remover qualquer suspeita da família, então peço que atue muito bem se eles vierem lhe visitar. O calor anterior no coração dela se foi. Na verdade, nem mesmo ele sabia ao certo ao enfatizar o “mal-entendido”. Estava com medo de ser incompreendido pela esposa, ou estava com medo de se apaixonar por ela? No entanto, tirar o lindo sorriso de sua esposa lhe deu uma sensação nada agradável, mas tratou de esconder. A verdade era que em momentos ele ficava confuso com o comportamento dela, não sabia quando estava atuando, ou se era verdade. Bufou irritado.

— Não seria tola de pensar besteira, Eduardo. — Respondeu virando para o lado oposto dele. Evelin não queria que ele notasse seus olhos cheios de lagrimas pelas palavras duras dele. Ela ainda se perguntava o que fez para seu esposo para ele a odiar tanto. Mesmo, tomando a decisão de esquecê-lo, seu coração tolo, não resisti ao se enganar, só de ouvir que ele cuidou dela a noite toda, ela apenas se permitiu sonhar por alguns segundos, mas como nas outras vezes, Eduardo fez questão de destruir qualquer sonho que tivesse com ele.

Eles passaram a maioria do dia sem se falarem, contudo, uma servente entrou com sua comida, ela ponderou dizer que não queria, mas seu digníssimo esposo não deixou.

— Precisa se alimentar bem, não pode comer apenas o que gosta, não seja uma irresponsável!

— Não é nada disso, apenas não estou com fome, pare de ver só o ruim de mim. — Disse irritada.

— Que seja, não importa, apenas coma Evelin não quero discutir. — Disse sério. Ela o olhou tentada a sorrir de novo. Seu coração traiçoeiro ama quando ele a chama pelo nome e cuida dela mesmo não sendo nadinha altruísta.

— Tudo bem, meu marido. — Comeu mesmo sem vontade, mas notou estar faminta. Em todo tempo Eduardo a observava, com uma curiosidade no olhar. Ele quer saber tudo sobre sua esposa, contudo preferiu fica calado. Ele gostou quando ela o chamou de meu marido, um sentimento de posse, orgulho brotou em seu coração.

— Você está bem? — Perguntou preocupada. Ele lhe aprecia aflito, angustiado.

— Sim, por que a pergunta?

— Você me parece preocupado.

— Impressão sua, focou em sua comida. — Ordenou. Ela não falou mais nada com ele, assim como disse focou em sua comida. Ela estava sem apetite, mas estava faminta, por isso agradeceu internamente por Eduardo insistir que a mesma se alimentasse. Após concluir, colocou em cima da cômoda e se virou para o lado onde seu esposo está sentado. Ela fechou os olhos e suspirou. Estava tentada a olhá-lo, mas desistiu, se contentou apenas em sentir o seu cheiro. Um aroma de homem! Evelin não entendia como um homem que nunca lhe dirigiu uma palavra carinhosa nesses dias mexe tanto com ela, com o seu corpo. Em algum momento ela cochilou, estava brigando com o sono, por isso teve a impressão de sentir o seu esposo perto dela, tocando seus cabelos com carinho, mas quando abriu os olhos ele estava no mesmo lugar lhe olhando intensamente. Ela o observou com o coração batendo de forma frenética. Traiçoeiro! Pensou.

Sou Presa a VocêWhere stories live. Discover now