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- Vejamos o que temos aqui - com um clique o sonserino trancara o cenário com a pesada porta do cômodo, sua aura estava densa e sufocante, os olhos, aqueles olhos tão cansados e seu corpo caído no chão frio, oh não, passarinho, prometo de que sua próxima jaula será tão dourada e reluzente que sequer se recordara de tempos tão cruéis - passarinho - a chamara atenção, suas mãos sinalizando o animal a fazendo sorrir com a força que lhe restava - , close your eyes, let's play five minutes in paradise - sinaliza na linguagem de sinais em que demorara ao menos quatro anos para aperfeiçoar de acordo com a linguagem bruxa, de fato, eles ignoravam os surdos e os mudos, afinal quem não pode falar não pode usufruir de sua magia, era o que aqueles homens pensavam, estavam errados, pois Anabeth era boa, tão boa quanto um auror no ápice de sua carreira.

A jovem sonserina assim o fizera sem protestar, fique cinco minutos imaginando o paraíso e eu trarei um pequeno pedaço para você, era sua promessa para Anabeth, e Tom Riddle sempre a cumpria, ela não veria ele a trazer o paraíso e o traria como um segredo escondido em seu coração.

- Façam silêncio - mostra as três garotas amedrontadas - passarinhos podem fugir ao menor sinal de perigo - apontando sua varinha - Avada Kedrava - uma jazia no chão, sem vida, fria e sem mais chances de roubar seu passarinho, tentavam gritar, Riddle as puxara pelos seus cabelos, a empurrando contra a pia, sangue, muito sangue molhava suas vestes em busca de satisfação, ele não pararia, não pararia até ter a certeza de que pagassem por seus pecados nas mãos da Morte.

Ele as torturava com as próprias mãos, sem magia, apenas sua energia, irracional, cego pelo ódio, via sangue em suas unhas, em suas vestes e em toda sua pele, desfiguradas e sem vida, dois corpos vazio, Riddle soltara um grito gutural, um ruído ferial de uma besta, ele era uma besta.

Quatro minutos e cinquenta segundos, os corpos foram empurrados para dentro da câmara secreta, apenas o sangue o denunciava, ajoelhara em frente a garota, respirando irregularmente, os olhos se abriram, o sorriso inocente, Riddle estava prestes a toca-la, no entanto, limpara suas mãos desesperadamente em suas vestes, buscando a limpeza de suas impurezas para toca-la, o passarinho dourado.

- Your darkness never scared me - sinalizara em meio aos gestos em libras que havia desenvolvido junto ao sonserino em sua frente, Anabeth o via por completo, a camisa social branca, agora inundada pelo vermelho sangue...sabia o que ele havia feito, Ele a trouxera um pedacinho de seu paraíso, levando as mãos enormes do Riddle para o seu rosto, ele a tocou, segurou sua face adorada, a comtemplou por inteiro, suas orelhinhas, as orelhinhas abençoadas que Riddle tanto cuidava

Um beijinho singelo em cada lóbulo, a carícia íntima, Riddle a curara com o balbuciar de seus lábios, suas orelhinhas estavam inteiras, o sonserino retirara a própria camisa, a envolvendo para aquece-la e fizera questão de secar com magia o seu material.

- Eu - mostra a si mesmo - sei que você - aponta para ela - está assustada, está triste...pode chorar, estarei aqui para recolher cada uma de suas lágrimas - a sinaliza, Anabeth enfim desarma, cansada, seu corpo e seu choro sofrido é abafado pelo pescoço do Riddle, a abraçando fortemente à si - meu passarinho, só eu sei cuidar de você, só eu sei a tratar com carinho, eu nunca a tratarei de forma tão vergonhosa, nunca - repete ao nina-la em seus braços calorosos.

Minutos abraçados e Anabeth se separa brevemente do sonserino, acariciando a face com sangue seco, ela o amava, Tom Riddle, ela aprendera a o amar profundamente, no silêncio o sentimento de pertencimento se fortalecia e os atraía, Anabeth era apaixonada.

Apaixonada por aquele em que a prendia, aquele em que a fazia cativa.

- Eu amo você, passarinho, sou louco por você - assumira para a Snow, pausadamente para que ela conseguisse ler os seus lábios, o sorriso fora automático - querida, eu morreria por você, matarei por você e darei minha alma para fazê-la, serei o maior para que você nunca mais sofra por ninguém, sua beleza - acaricia seus cabelos molhados - sua beleza nunca me assustou, sempre me atraiu, passarinho - um beijinho em sua testa, Anabeth engole em seco, aquela seria a primeira vez, estava se esforçando tanto, em seu quarto ela se esforçava para que aquilo saísse corretamente.

- Tom - sua palavra saíra como um sussurro, o moreno esbugalha seus olhos - Tom e...Anabeth, p-para seempre juntos - afirma enquanto sinalizava o sinal deles, Tom? Esse sorria como um...um, um apaixonado, orgulhoso e uma lágrima desce de seu olho direito, uma lágrima solitária que correspondia toda a emoção gritante que escondia dentro de seu ser.

- Anabeth - rindo ele sela seus lábios com os da garotinha, um beijo suave e sem pressa - meu passarinho amado, meu passarinho - a abraçando fortemente contra si, Anabeth ria, como pequenos sinos tilintando - minha passarinha consegue falar, vamos estudar, vamos estudar muito para que possamos fazê-la melhor que qualquer professor de línguas, certo? - Anabeth acena positivamente, seu sorriso escondera seus olhos e Riddle tira - vou cuidar de você minha passarinha, vou ser o mais forte por você, por nós, eu juro pela minha vida - Anabeth sela seus lábios timidamente com o estudante, ele a toma para si mais uma vez, lábios dóceis, meu doce, Riddle detestava doces, mas, a doçura dos lábios do passarinho elevava sua diabetes a ponto dele enlouquecer em poucos segundos com o mínimo toque.

- P-ara sempre - Anabeth afirma novamente e Tom assim reafirma em sinais, apenas os dois.

- Vamos, passarinho - a pegara no colo, como uma noiva, a levando para fora do banheiro, o garoto caminhava com a sonserina até as masmorras, todos os viam, era o aviso, as vestes em vermelho, sabiam, secretamente sabiam o que se ocorria aos que ousavam a tocar na paixão do Riddle, morte, a única saída era a morte.

Seis anos depois

- Estou em casa - o homem em suas vestes sociais adentrava a enorme mansão que havia reconstruído do zero, estava cansado ao olhar para o relógio da entrada.

Uma casa confortável, era viva e acolhedora, como um lar, aquele era o seu lar.

- Onde está? - indaga para si sem o menor sinal da visão daquilo em que procurava, passando por entre os cômodos da casa.

No entanto, ao adentrar a cozinha, ali estava.

A mulher e a pequena criança em cima de uma cadeira para que ficasse da altura da mesma, observando o canto do balcão, os dois aparelhos estavam sobre o mesmo.

- Faca, fa-ca - a mulher repetia em sua dicção perfeita ensinando para o pequeno garotinho de cabelos pretos brilhantes.

- Faaca, facaaa, faca - repete ao segurar o instrumento, o sorriso de sua mãe fora automático ao acariciar os cabelos da criança.

O sorriso daquele homem fora pleno, a sensação de pertencimento, retirando seu paletó junto a gravata, ele se desfazia de sua posição social de lorde das trevas e se tornava o...

- Corvinho - a esposa o chama em felicidade ao encontrá-lo.

- Papai - o garotinho descia da cadeira em alegria, correndo para os braços do homem, que o pega carinhosamente.

- Meus passarinhos - um beijinho na testa da criança e um nos lábios da mulher.

O lorde das trevas tão temido, mantinha para si dois passarinhos aprisionados, ele que os protegia em um sentimento doentio de posse, os prendia a si eternamente, eles era felizes a família de passarinhos dourados.

Nada poderia fazer lorde Voldemort mais feliz do que os passarinhos que guardava em sua casa, seus passarinhos preciosos, para sempre em meus braços.

Silent Passion - Tom RiddleWhere stories live. Discover now