Capítulo 2

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Amooores, boa tarde!

Ótima leitura...

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Oliver Smith

Depois de ligar para o diretor do presídio feminino, que era um antigo conhecido da faculdade, e agendar uma visita, pedi para a minha secretária cancelar toda a minha agenda do dia.

E somente com os meus seguranças particulares de confiança, segui para a penitenciária, enquanto lia no caminho o relatório que o investigador enviou sobre a vida de Maria Flor.

Confesso que devia ter feito isso antes, pois tudo que lia sobre sua vida me fazia acreditar cada vez mais que ela era inocente...

Chegamos ao local depois de alguns minutos, e segui direto para a sala do diretor.

— É uma honra tê-lo aqui, Meritíssimo — Durval disse solicito, indicando a cadeira à sua frente.

— Não quero sentar, Durval... Quero logo conversar com a detenta — falei sério.

— Me desculpe à intromissão, Meritíssimo, mas o que o senhor pretende conversar com a presidiária? Isso não vai te prejudicar?

— Não se preocupe! — disse, sabendo que aquilo poderia sim me prejudicar de alguma forma, mas naquele momento não estava me importando, depois arcaria com as consequências. Só não vou conseguir viver mais nem um dia com aquela dúvida me atormentando. — Com que frequência ela recebe visitas?

— Essa é a primeira...

— Como assim? — indaguei surpreso. — Ela nunca recebeu visitas de ninguém?

Durval balançou a cabeça em negação.

Aquilo era pior do que eu imaginava.

— Posso vê-la agora?

— Claro! Ela já está na salinha aguardando...

Durval me acompanhou até o local, e assim que chegamos, deu dois tapinhas no meu ombro e logo saiu...

Havia pedido privacidade.

Respirei profundamente, e assim que abri a porta, fiquei paralisado ao olhar para Maria Flor.

Meu coração se espremeu dentro do peito ao ver o seu rosto repleto de hematomas, e sua expressão triste cheia de angústia.

— O que fizeram com você? — indaguei perplexo.

Ela me olhou lentamente, e com a voz completamente sem vida respondeu:

— O que o senhor acha que acontece com uma condenada acusada de tráfico de bebês?!

Aquilo era assustador...

O que fizeram com Maria Flor foi de uma brutalidade e covardia sem tamanho.

Ela estava mais magra, com olheiras profundas, e era evidente que não comia e nem dormia direito há dias.

Não era nenhum tolo, sabia muito bem o que podia acontecer depois de eu bater o martelo condenando algum réu, mas nunca havia me preocupado com aquilo antes, mesmo porque, havíamos organizações de Direitos Humanos para garantir o mínimo de dignidade para os detentos, sejam quais forem os crimes cometidos.

Mas vou confessar que nunca imaginei ver Maria Flor naquela situação... Vê-la toda machucada e sem vida daquela forma me deixou extremamente triste e com vontade de abraçá-la e protegê-la do mundo pelo resto da minha vida.

— Isso não devia ter acontecido... Não podiam ter feito isso com você! — disse inconformado.

Uma lágrima escorreu pelo seu rosto, mas Maria Flor logo limpou tentando disfarçar.

Absolvida pelo Amor - DISPONÍVEL COMPLETO NA AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora