Isabella Campello é uma publicitária gaúcha que trabalha com mídia esportiva, após uma proposta de um dos maiores clubes da Série A, ela realiza um sonho antigo e se muda para o RJ. Um ano e meio depois, ao voltar de uma licença médica ela atende um...
[Casa do Gabriel - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro]
~ POV BELLA
A porta da frente estava aberta, mas tudo estava escuro.
Eu sabia que a casa estava vazia, porque Dhiovanna havia comentado que todos iriam pra Santos e até Rose havia tirado dias de folga.
Passar pela portaria foi muito fácil, o meu carro já era liberado pelo próprio Barbosa e o porteiro nem contestou a hora que entrei no condomínio.
Já deviam ser quase 3h da manhã.
Será que ele estava dormindo?
Abri a porta gigante da frente, devagar e sem fazer barulho. Tirei as sandálias pra não bater no chão e mapeei o hall de entrada com o olhar, até a sala. Nem sinal de fumaça. Subi as escadas e a porta do quarto estava entreaberta, mas a luz também não estava acesa. Pelos meus cálculos, ele podia ter chegado e caído direto na cama, se ela não estivesse vazia.
Onde ele se meteu? O carro tava na garagem! Ele tem que estar em algum lugar!
Barulhos vindos da parte superior do quarto, me diziam que ele só podia estar em lugar: o mini terraço. Larguei minhas sandálias em uma poltrona e fui até a sacada. Odiava subir escadinhas verticais, sempre tinha a sensação que iria cair e com a minha falta de sorte, milagre seria eu não despencar lá de cima. Quatro degraus, é só isso, para de drama!
Segurei firme, subindo com calma, um pé de cada vez. O que eu não faço por você, macho?!
Ele estava em um dos colchões mega fofinhos que ficavam nos cantos, cercado de almofadas, com os olhos fechados e as mãos sob eles. Nem notou minha presença.
O que eu vou dizer?
Talvez atitudes fossem melhores que palavras!
Ele inspirou como se sentisse um ar diferente e aos poucos abriu os olhos.
- Bella?!
- Como adivinhou? - achei graça do seu olhar de surpresa e total espanto.
Até eu fiquei assustada com a minha capacidade de vir até aqui.