VIII.

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A liberdade, a pazPor fim á sósLivre da sociedadeDa pressão, da culpa, do medoO ar fresco que bate em minhas asasÉ o toque suave da minha vidaPodendo finalmente ser vividaAcho que é essa a sensaçãoDe plenitude humanaNesse líquido mundo

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A liberdade, a paz
Por fim á sós
Livre da sociedade
Da pressão, da culpa, do medo
O ar fresco que bate em minhas asas
É o toque suave da minha vida
Podendo finalmente ser vivida
Acho que é essa a sensação
De plenitude humana
Nesse líquido mundo

Onde todos vivem vidas
Que não podem viver
Onde ser de verdade causa medo
Onde a mentira ganha forma e cor
A persona se esconde
Evidenciando a fraqueza do homem
Nós todos em algum momento
Sentimos que somos líquidos e vazios
Neste ponto se alcança a percepção
De que não estamos completos

Súbita e perversamente
Você se percebe inválido
Sem rosto, sem origem, sem memórias
A convivência em sociedade
Te torna um ninguém
Enquanto a imagem que você passa
É a de alguém que sabe viver
Com todos os rostos
Com várias origens
Com muitas memórias

Esses fragmentos ilusórios
Captados e petrificados artificialmente
São os aceitos e ditos como aquilo que é real
Apenas porque o homem
Sabe de sua própria miséria mas não admite
Que outro animal tome razão dessa
Quem você escolher ser hoje
Não define que você será no futuro
Mas as consequências sempre
Irão te perseguir

Nunca se resuma a nada
O ser humano é uma imensidão de viveres
Experiências vão te fazer ser quem é
Mas estas também te mudam
E te moldam a sua própria maneira
Todos somos únicos
Mas na sociedade líquida
Todos tem as mesmas facetas
Agora as pessoas perdem suas essências
A juventude é cômica

E eu sempre tive um humor ácido
Sempre notei minha própria fraqueza
Em ser real, não por não conseguir
Mas sim por conforto
Porque ir contra a grande massa
É pra quem tem cara e coragem
E eu sempre me vi
Como mais um dos sem rosto e covardes
Todos querem congelar no tempo
E para quê? Apenas em função de aparências

Ser jovem é ser bonito
Ser aceito é sinônimo der ser artificial
Ser artificial é sinônimo de ser normal
Essa normalidade tóxica é endeusada
E cultuada pelos padrões de beleza
Que criam corpos com molde
Sem naturalidade
Envelhecer não é aceito
Não é bonito, não tem valor
Mas agora aqui estou

Sozinha em meu refúgio
Podendo ser quem reconheci ser
Ser velho nunca foi tão bom
Conforme o tempo me moldava
Sentada nesta cadeira de balanço
Observando o fogo na lareira
Lendo um bom livro
com uma caneca de chá
Ouvindo lá fora
O som da chuva caindo inquieta

Sentindo a paz que é ser
Humilde e verdadeiro
Sem todos aqueles
Falsos luxos mundanos
Numa cabana de madeira rústica
Em um clima frio
Sentindo os pêlos do meu cachorro
Se enrroscarem no meu pé
Um jazz, um blues fazendo notas fluírem no ar
Assim eu apreciaria meu paraíso particular

Sentindo a paz que é ser Humilde e verdadeiroSem todos aqueles Falsos luxos mundanosNuma cabana de madeira rústicaEm um clima frioSentindo os pêlos do meu cachorroSe enrroscarem no meu péUm jazz, um blues fazendo notas fluírem no arAssim eu apreci...

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