Capítulo 10

2.3K 260 22
                                    

DIANA ALYSSON 

Sai daquele lugar o mais rápido possível, não percebi nem ao menos se ele veio atrás de mim, mas não me importo com isso agora. Por sorte, consegui um taxi e já estava em casa, quando passo a porta me sinto em segurança. Levo a mão a testa, olhando o apartamento vazio. Respiro fundo e caminho no mesmo, jogando minha bolsa no sofá.

— Sua carinha não está nada boa. —  Mandy aparece de repente.

Forço um sorriso, desviando o olhar em direção a escada. Agora queria apenas o meu quarto, nada mais. Um ar condicionado bem gelado, um cobertor quente e para completar, minha série favorita.

— Realmente, muito difícil. Mas não quero falar disso agora. —   ignoro, apenas abatida e vou em direção a escada.

Quando cheguei a meu quarto, um vazio se instala. Estou nervosa, recordando que tudo que vivemos nesses últimos dois dias. Uma extrema loucura em minha vida, apenas não entendia o poder dele sobre mim. Sei que existia, em duas vezes que nos encontramos eu senti diversos tipos de sentimento, o maior deles, frustração. Me fez até analisar minha vida.

________________

No dia seguinte, eu acordo preguiçosamente. Me esticava na cama, quando enfim a disposição chegou, caminho até as cortinas e quando abro, me dou conta que chovia lá fora. O clima frio e preguiçoso se instala em Seattle. Estava agora mais tranquila, acordei com um pensamento estabelecido. Não rei mais deixar que essa situação com Bryan se estenda, para evitar constrangimento futuro.

Desço as escadas já pronta para mais um dia. Minha amiga não estava, deixou um bilhete carinhoso na cozinha. Ao ler o mesmo, sorrio e começo a preparar o café da manhã, então escuto o meu telefone tocar. Atendo prontamente.

“ Angel ? Peguei o seu número no site, gostaria de um horário. Meu nome é Rick. “   O homem afirmou .

Posso jurar que ele estava meio que nervoso, ou estava tão ansiosa ultimamente que estava vendo coisas onde não tinha.

— Eu vou passar o endereço para atendimento . Pode ser a tarde ?— Sugeri, mas não posso mentir que não estava tão certa disso. Me sentia...estranha.

“ Melhor as...vinte horas, é ...melhor . “  ele sugere.

— tudo bem, deixe o seu nome na recepção. Até mais.

Era muito mais envolvente e carinhosa com possíveis cliente, mas devo confessar que nesse momento, não estava conseguindo ser a Angel. Mas como tudo na vida existiam fases, isso iria passar, era somente uma crise existencial.

Passei boa parte do tempo sozinha, quando era fiz da tarde, escuro a companhia tocar. Corro até a porta e olho para a mesma, apreensiva. Era uma sensação de nervosismo por ser Bryan, mas também de vontade que fosse, que sensação mais estranha.

Porém, quando abri era na verdade a minha tia, Gisele.  Suspiro, caindo na realidade que não era ele de fato, não iria vir, claro que não.

— Entre tia, que bom vê-la. —  afirmo, dando espaço.

— Pena que o motivo da minha visita não seja tão agradável. — avisa de imediato.

— Falando assim, me deixa nervosa tia. Sente-se!

Caminhamos até o sofá, sentando uma a frente da outra e lhe deposito toda a minha atenção. 

— Nós estamos em uma situação difícil, falo isso por sua mãe também. A memória dela está cada vez pior, existiam dívidas que ela nem ao menos recordava. Como falei, depois de perder seu pai, tudo ficou ainda mais difícil  —   ela abaixa o olhar, percebo que fica pensativa.   — Eu sei que dói tocar nesse assunto, mas... sabe que o seu ex é o causador disso tudo.

A amante por hora  Where stories live. Discover now