Termino de me arrumar e saio do quarto, vejo Miguel sentado no sofá esperando.
- To pronta.- digo quando chego perto dele.
- Ta linda.- ele diz se levantando e me faz girar.- bora la.
Saímos da casa, fecho tudo e acho estranho não terem voltado ainda mas ignoro. Seguimos em direção ao carro de Miguel, ele abre a porta para mim o que achei muito ultrapassado e ri baixo, depois disso ele faz a volta no carro e entra no motorista.
- Você tem idade pra dirigir por acaso?- pergunto depois de um tempo
- Na verdade não.- ele diz enquanto faz a curva.- mas ninguém usa esse carro ali na casa dos meus tios então eu pego, aqui não tem muito movimento e eles acham de boa por isso.- ele diz e olha pra mim sorrindo por alguns segundos depois volta a atenção para a estrada.
Chegamos na festa e ele desce do carro, faz a volta e abre para mim.
- Você tem que parar de fazer isso. É vergonhoso.- digo quando ele me oferece a mão para descer do carro após ele abrir ela.
- Ok então, tudo que você quiser minha princesa.- ele diz e saímos andando.
Minha princesa? Isso já está passando dos limites.
- Vou pegar uma bebida, você quer?- pergunto para ele que esta digitando no celular.
- Sim, espero aqui.- ele diz se sentando em um lugar e eu saio.
Vejo de longe ele digitando bem irritado e depois mandando áudio.
- desculpa.- digo segundos após esbarrar em alguém.
- tudo bem, nunca te vi por aqui. Qual seu nome?- o cara em que esbarrei pergunta simpático.
-Aline e o seu?- pergunto rápido pois quero ir logo pegar minha bebida.
- Gabriel.- Diz ele.- Nos vemos por ai gata.- e ele sai para falar com uns amigos.
Vou ate o bar que tinha ali e faço o pedido de duas bebidas, é tudo muito rápido, saio com uma bebida em cada mão e chego perto do Miguel sem ele perceber.
- É só uma aposta boba, a Emili nem vai ligar para isso.- ele ta falando no telefone.- Aline já ta quase apaixonada, quando rolar mando foto e você vai ta me devendo os 500 reais mano.- ele diz sorrindo.
Eu sabia q tinha algo errado, eu sou uma aposta!
Saio dali correndo em direção a lugar nenhum, quando estou perto do estacionamento esbarro novamente no mesmo moço de antes.
- Ei! Para ai, o que ta acontecendo?- ele pergunta enquanto me segura.
Sinto lagrimas escorrerem pelo me rosto.
- vem, vou te levar para casa.- ele diz me guiando até se carro.
- Não, e nem conheço você.- e digo com receio.
- A gente ta sozinho em m ponto escuro de uma festa barulhenta, se fosse fazer algo já tinha feito, não acha?- ele pergunta rindo e destrava o alarme de m carro cinza.- entra ai doida.
Entro no carro e vou guiando ele ate a casa, quando estamos em uma linha reta ele vira e me olha por segundos mas depois vira de volta para a estrada.
- Vai contar o que acontece?- ele pergunta curioso e sorrindo de canto.
- Encontrei com um colega de escola, ele tava sendo fofo ai fomos nessa festa e descobri que só uma aposta para ele.- digo enquanto me sinto muito burra por acreditar nas gentilezas daquele idiota.
- Você devi fazer ele se apaixonar, faz o jogo virar.- ele diz e da me soquinho fraco no meu ombro.
- Como? Sou só uma nerd sem sal.- digo e olho pela janela.
- E não acho.- ele diz sorrindo de lado sem desviar o olhar da estrada.
Ignoro e sigo falando para ele o caminho, quando chegamos ele para e me olha.
- Pronto, a bela donzela esta entregue.- ele diz me olhando nos olhos.
E ate que ele ao é feio.
- Obrigada nobre cavalheiro.- sigo na brincadeira dele rindo de leve.
- Isso, bem melhor sorrindo.- ele diz e chega mais perto de mim mas desvio o rosto e tiro o cinto de segurança para descer do carro.
- Desculpa fazer você vir até aqui, eu teria dado um jeito.- digo abrindo a porta do carro.
- De boa, moro logo ali.- ele diz enquanto desce também.
Ele me ajuda a abrir a porteira e do um abraço nele.
- Obrigada de novo moço desconhecido.- digo quando saio do abraço.
- Sempre as ordens moça desconhecida.- ele diz rindo, fecha a porteira e volta para o carro.
Vejo o carro se distanciando e vou andando até chegar na casa.
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Gabriel:
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Sonho de Verão
Teen FictionAline não queria passar as férias de verão na casa da tia dela que se parece muito com sua mãe que morreu em 2005, mas seu pai praticamente a obrigou a ir. Miguel não queria parar no meio do mato. Queria curtir as noites da cidade nas suas férias de...