Capítulo 4

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Na manhã seguinte acordei, olhei para o lado e vi Valentina dormindo calmante. Peguei meu celular e eram 8:22 da manhã, era domingo, não tinha necessidade de levantar tão cedo.

Abracei a Valentina por trás e me aconcheguei. Antes de pegar no sono novamente fiquei me perguntando o que estava havendo comigo, como eu poderia estar tão próxima de alguém que conheci a poucos dias, não sei as respostas mas eu iria descobrir.

Ao acordar novamente, notei que a Valentina já não estava mais deitada. Me levantei, senti um cheiro de café fresco e fui até a cozinha e lá estava ela, me deu um sorriso de bom dia.

— Fiz um café. Não sei como você gosta, mais forte? Açúcar? Ou adoçante? Puro? — soltei uma risada boba.

— Gosto puro. — Valentina colocou uma mesa de café da manhã com varias guloseimas. Comemos e ajudei ela a tirar a mesa. — Acho que vou indo, já fiquei demais aqui. — falei.

— Hoje é domingo Lu, fica. A não ser que realmente queira ir. — disse Valentina.

— Não tenho nada pra fazer hoje, mas também não quero incomodar mais. — Valentina se aproximou de mim.

— Você não incomoda. Fica aqui até de tardezinha. — Valentina me deu um selinho tímido. Concordei e fiquei. Logo depois resolvi fazer um macarrão ao molho, minha especialidade para o almoço.

Valentina não colocou muita fé mas quando provou, comeu até não querer mais. Após comermos resolvemos ver um filme já que não tinha muita coisa pra fazer. Escolhi uma comédia romântica, Valentina pegou uma cobertinha já que o ar estava ligado e deitamos.

Passado quase 40 minutos de filme, tive uma outra ideia.

— Chega. — desliguei a tv.

— Luiza! Agora que estava ficando bom você desliga?

— Não quero ver filme. Quero conversar. — Valentina me olha sem entender.

— Conversar? Sobre o que?

— Eu não te conheço Valentina. É estranho por sinal, eu sei o que eu vejo. Mas eu quero saber mais sobre sua vida, conhecer um pouco sobre seus gostos, sobre você mesmo.

— Olhando por esse sentindo, eu também não sei quase nada sobre você. Então tá, o que quer saber? —  Valentina se sentou de frente pra mim.

— Quero saber de tudo. Mas me conta, por que foi morar fora do Brasil?

— Bom, meus pais são advogados. Eles tem uma empresa de advocacia aqui no Rio. Eu estava em dúvida entre direito e relações internacionais, acabei optando por relações pois me identifiquei mais. Me formei, comecei a trabalhar na área mas ainda não me sentia completa, eu queria mais. Cheguei a morar em vários lugares diferentes por conta disso e foi quando um amigo meu me chamou para ser sócia de uma empresa lá na Inglaterra, aceitei na hora. Morei lá por três anos, quase quatro. Mas sabe aquela coisa de nunca estarmos satisfeitos? Pois bem, eu queria algo só meu, depois de muitos planejamentos decidi abrir a minha empresa, depois te conto mais detalhadamente sobre. Resumindo, minha ideia não era voltar para o Brasil assim, mas em termos de logística e dinheiro, a melhor solução foi voltar e gerenciar a Albq Negócios aqui.

— Nossa, legal mas você pensa em voltar a morar fora? — perguntei.

— Não sei, tudo é possível. No momento estou feliz aqui, minha empresa ainda está crescendo e eu sinto a necessidade de me estabelecer em algum lugar e aqui está minha família, não tenho pretenções de me mudar novamente. Mais alguma pergunta dona Luiza? — dei um sorriso tímido. — O que foi?

Valu - Aquele Verão Where stories live. Discover now