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14.990 palavras.

Jisung está imerso em uma escuridão sufocante, incapaz de discernir qualquer forma ou detalhe ao seu redor. A atmosfera da sala é opressora, e o silêncio é quebrado apenas por gritos de desespero que ecoam incessantemente, reverberando em sua mente.

O coração de Jisung bate descompassadamente, enquanto sua respiração se torna superficial e acelerada. A cada segundo que passa, a angústia se intensifica, envolvendo-o em uma agonia insuportável. Ele estende as mãos, buscando algum ponto de referência, mas tudo o que encontra é um vazio assustador.

As palavras das vozes desconhecidas continuam a penetrar sua consciência, lançando dúvidas e medos profundos. Ele se agarra às memórias de Minho, tentando encontrar algum conforto, mas até mesmo a lembrança de seu amor e apoio parece distante e inalcançável nesse momento de desespero.

As vozes saiem das paredes, parecem alto falantes de pessoas tocando áudios de pessoas gritando, pedindo por ajuda.

A sensação de impotência consome Jisung, seu corpo trêmulo e sua mente mergulhada em um estado de confusão e medo. Ele tenta gritar, mas sua voz parece não ter força, se perdendo nos abismos sombrios da sala. A cada instante, o pavor aumenta, corroendo sua resistência emocional e deixando-o à beira do colapso.

A escuridão parece eterna, e a falta de qualquer ponto de referência faz com que o tempo se torne uma entidade abstrata. Jisung sente-se preso, isolado e desamparado, sem saber se algum dia voltará a ver a luz do dia ou sentir o calor reconfortante dos braços de Minho ao seu redor.

Ele, tomado pelo desespero, solta um grito angustiado.— O que você quer de mim? O que querrr? — Sua voz ecoa na sala vazia, misturando-se aos gritos de agonia que ainda ressoam sem piedade.

Ele se sente tão impotente diante da falta de resposta, suas perguntas parecem se dissipar no ar, sem encontrar qualquer indício de uma explicação. A voz desconhecida permanece silenciosa, alimentando sua aflição.

Jisung se agacha, trazendo as mãos trêmulas à cabeça, em uma tentativa em vão de aliviar a intensidade do tormento. Suas mãos apertam os próprios fios de cabelo com força, como se quisesse arrancar a dor de dentro de si. Só quer que tudo isso pare. Não entende o motivo disso estar acontecendo, o que teria feito de errado?

— Por favor, pare! — Ele implora em meio a soluços. — Me deixe sair! Eu não aguento mais... Não aguento...

As palavras de desespero escapam dos lábios de Jisung em meio a lágrimas desesperadas. Cada fibra do seu ser está mergulhada em um turbilhão de emoções incontroláveis, enquanto o medo o consome de forma implacável.

— Minho! Minho! — Jisung grita o nome de seu amado, desejando que sua voz alcance os ouvidos de Minho, mesmo que esteja ciente da impossibilidade disso acontecer. A esperança e o desespero se entrelaçam dentro dele, tornando difícil discernir onde uma termina e a outra começa.

A sala preta parece sufocá-lo, sua mente girando em um redemoinho de pensamentos aterrorizantes. Ele se sente acuado, aprisionado em sua própria angústia, sem saber como escapar desse pesadelo que o consome.

De repente, todo o barulho cessa, deixando Jisung imerso em um silêncio perturbador. Seu corpo tremendo repousa no chão frio e desconhecido, enquanto tenta recuperar o fôlego e compreender o que está acontecendo. A escuridão persiste ao seu redor, mas agora uma voz sinistra, com um tom modificado, corta o silêncio.

— Jisung, Jisung... Será que você acredita que pode escapar? Que pode ver Minho novamente ? Tão ingênuo...

As palavras são carregadas com uma traição sutil, como se a voz se deleitasse em causar mais sofrimento ao já atormentado Jisung. Sua mente se agita, tentando identificar a fonte dessa voz desonesta, mas tudo o que ele pode fazer é esperar, vulnerável e indefeso.

Nosso Caso (MINSUNG)Where stories live. Discover now