𝐒𝐓𝐀𝐑𝐁𝐎𝐘 - 𝐒𝐚𝐧𝐳𝐮 𝐇𝐚𝐫𝐮𝐜𝐡𝐢𝐲𝐨

𝐅𝐢𝐯𝐞

Não falamos mais nada no caminho, apenas encaradas e risadas aleatórias, até que chegássemos.

— Sinceramente, eu já esperava isso. - Disse se referindo a festa. Bebidas por todos os lados, pessoas vomitando, algumas chorando enquanto falavam no telefone e outras até cheirando pó. E olha que ainda estávamos no jardim.

— Cacete, tá ruim a situação dessa casa. - Fui andando cautelosamente para que não me sujasse ou caísse, até conseguir entrar na casa (que não estava muito diferente)

— Sanzu! [Nome]! Vocês chegaram a tempo, estamos fumando ainda, vamo. - Koko nos puxou sem nem dar tempo de protestar.
Fomos até o lado de fora da casa, com um pouco de dificuldade ainda; Lá a muvuca estava menor e as pessoas estavam mais lentas do que agitadas.

—irmãzinha do meu coração! Senta aqui. - Izana deu dois tapinhas na cadeira ao seu lado enquanto soltava a fumaça e segurava o baseado. Fiz o que pediu e roubei o baseado de suas mãos tratando fortemente e virando minha cabeça pra trás.

Eu gosto dessa sensação, que seria de perder controle? Ou até mesmo perder a consciência. Não me sentir eu mesma.

Depois de um tempo conversando, tudo ficou mais pacífico, calmo e tranquilo. Todos se movimentavam lento ao meu ver, e nada mais era tão importante quanto olhar o céu.

— [...] por exemplo, a [Nome] já está em outras dimensões. - Inupi apontou pra mim fazendo com que acordasse do transe.

— Estávamos falando sobre como a maconha faria bem pro cérebro já que...

Tudo ficou em silêncio novamente quando olhei para o lado e vi Haruchiyo apoiado na pilastra da casa, ele estava distante, perto da piscina, e sozinho. Seus olhos estavam fixos ao meu, e sem cortar contado com os olhos em nenhum segundo. No fundo tocava YEAH RIGHT - Joji, na verdade me pergunto se realmente está tocando ou se é minha mente fazendo tocar.

Toda vez que seus olhos caem sobre mim, é como se eu tivesse sendo vista por milhares de pessoas importantes, ou pelo menos é assim que me sinto.

Em um piscar de olhos eu já estava na frente dele o encarando.

— Seus olhos são estranhamente bonitos. - O olhei mais afundo.

—Ate parece que nunca fumou maconha antes, tá toda grilada. - Riu fraco me fazendo desviar o olhar para seus lábios.

— Não é que eu esteja grilada, eu só estou sem medo de pensar, agir - Toquei em sua bochecha vendo que o mesmo tomou um pequeno susto. — e falar. - Ele me olhou novamente e depois desviou para meus lábios, e já entendendo o que ele queria, não perdi tempo.
Juntei meus lábios no dele e senti que pediu passagem com a língua, que claramente foi cedida. O beijo foi calmo, mas mesmo assim ansioso, como se vivêssemos apenas pra isso. Suas mãos se confortaram em meus fios de cabelo, fazendo carinho e alternando para puxões leves. Tudo com Sanzu é bom, e legal.
Eu só espero que não estejam vendo isso, mas que se foda.

Me separei pela falta de ar mas antes selei nossos lábios uma última vez. Novamente, nossos olhares se encontraram.
— Seu cabelo é ótimo. - Falei sem nem saber o porque e como isso saiu da minha boca.

—Você é ótima. - Sanzu piscou lento enquanto sorria de leve e mantinha a mão nos meus fios de cabelo.
Aquilo me fez congelar.

Ninguém nunca na minha vida me elogiou tão bem antes de eu ter feito isso, e nem era tão grandioso assim o elogio da pessoa. Eu me senti feliz, contente; eu me senti importante.

—[Nome] vem aqui comigo. - Emma me puxou mas mesmo assim não desviei o olhar, o que foi recíproco do rosado.

— Você tá maluca!? O que o Izana disse!? Não fique com ele. Sanzu vai te levar pra lugares ruins, vai te tratar mal. - Emma parecia irritada, mas nada do que dizia fazia sentido.

—Emma, não é só porque ele é um viciado que vai agir como um escroto. - Disse tentando manter s paciência que me restava e bebericando a cerveja que nem sei quando foi parar em minhas mãos.

— Você só quer validação [Nome], sabe disso. Ele é um merda que só vai ficar contigo pela morte do nosso irmão, você sabe do passado deles! - aquilo realmente foi o máximo. Minha garrafa caiu no chão fazendo um som ruim; senti todos os olhares em mim.

— Emma, eu não entendo, você fica com medo de me tratarem como vocês, ou melhor, minha família inteira me tratou a vida toda. E o pior, só quer me afastar da única pessoa que me faz sentir um pouco bem e confiante!? Eu espero que você um dia saiba como é se sentir uma merda pela morte do irmão, porque parece que nem pra isso você liga. - Todos ficaram em choque, e eu também.

No momento, tudo que havia ingerido saiu imediatamente do meu corpo, mas não me arrependo nem um pouco do que disse. Já estava engolindo isso a tempos, mas nunca tive coragem de dizer.

Sai da área e fui até o lado de fora da casa, buscando meu celular na bolsa e chamando um uber mais rápido possível.

Notas da autora:
Oioi! Fiquei sumida, por estar muiiito mal, e por ter ensaios. Eu postei esse capítulo agora mesmo pq ficou pronto agora. Amo vocês e DESCULP!