12: Paper rings

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Algumas pessoas pegam o amor de cara, algumas lutam para conseguir, outras nem fazem ideia de que o sentem. Mas o que era claro para qualquer pessoa que já experimentou um sentimento tão forte é que ele pode te tirar da mais funda escuridão, se você estiver com medo pode te encorajar, e também vinha de várias formas, no sentido romântico, nos mais pequenos atos.

Olivia sabia dos seus sentimentos, vendo algo que Sabrina nunca enxergaria sobre ela mesma, e estando um pouco mais completa por literalmente ter dado tão certo. Era uma vida louca, mas no final uma estaria pela outra, e é como se estivessem esperando por toda suas vidas.

– Quando eu aceitei entrar nessa missão eu não tinha a menor ideia do que estava acontecendo.– Olivia satirizou. Se sentou na frente de Ellen para começar o processo de cura nas partes mais machucadas do seu corpo, leia-se: a facada no peito dada por Hailee, deusas dos fantasmas. – Eu conversei com Athena, do ponto A, eu sem a coroa, ponto B, eu com coroa, e agora eu estou cuidando da hospedeira de uma Succubus que tentou devorar a minha namorada, eu odeio a minha irmã, e temos alguns milênios aqui embaixo. Eu ainda não sei o que diabos está acontecendo.

– Acredite eu estou um pouco mais confusa do que você, ela estava na minha cabeça, eu mal consigo lembrar quem eu sou. – A loira falou sentindo os dedos mais quentes do que deveriam tentar encostar sem brutalidade na ferida aberta.

– Eu fui sugada por você, e ainda sinto sua língua dentro de mim, amassando os meus órgãos. – Sabrina estava presente naquela mini competição de quem estava mais machucado. – Sem ofensas, Ellen, quer dizer, Mary.

– Meu nome é Ellen Mary Fanning, então você pode chamar de qualquer coisa, eu enfiei minha língua dentro de você. – Ellen brincou com a situação pesada, humor depreciativo.

– Tão sexual vindo da filha da deusa do sexo que viveu como uma Succubus. – Olivia disfarçou que ficou um pouco incomodada. – Me sinto ameaçada. Cuidado, eu ainda posso te matar.

– Você não vai. – Sabrina falou dura, a deusa se desconcentrou por um segundo da ajuda para com Ellen apenas encarando a loira.

– Mas eu posso. – Olivia disse não colocando autoridade alguma sobre o que tinha sido uma ordem direta. – Facilmente. Eu sou uma deusa. – Lembrou se gabando. Sabrina reparou em uma coisa, ainda tinha culpa por sempre achar que Olivia era má, e vendo-a ali cuidando de uma garota inocente que ela não conseguiu matar mesmo com outras vidas em perigo mostrava cada vez mais como foi um pensamento equivocado.

— Não se esqueça de que é você que está com a mão no meu peito, na verdade, você passou a mão por quase todo meu corpo. — Ellen flertou com um sorriso safado no rosto, desvalorizando as falas anteriores de Olívia.

— Aliás, vamos conversar sobre isso mais tarde. — Sabrina falou olhando séria para a deusa, depois mudou rindo para a loira.

– Mary, você é exatamente como a Ellen Succubus era. – Olivia devolveu a camiseta da filha de Afrodite que tinha ficado no seu colo. – Então agora que eu já te ajudei, termine o seu trabalho de cura, band aid, esparadrapo, sexo. – Olivia ironizou. – Espera.

Olivia segurou a mão de Ellen de repente, num movimento inopinado assustando as outras duas quando seus olhos ficam abertos, não obstante estava vazios como se a princesa estivesse olhando além, e de fato ela estava, era um dos seus recentes poderes de deusa.

– Babe, sua mão, me dá. – Olivia pede sem abrir espaço para questionamentos, o clima pesou um pouco mais.

Olivia teve exatos quinze segundos de um mergulho total sobre cada coisa que ela queria saber de Sabrina, de onde ela vinha, todas as origens se davam de Londres, era um acesso ilimitado de pura imersão na filha de Athena.

The Crown Heiress - SaliviaWhere stories live. Discover now