Cᥲρίtᥙᥣ᥆ - 61

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O estômago de Xiao Zhan revirou e ele teve que se apoiar nas costas de uma cadeira para se firmar.

— Desmaiou ? — Ele repetiu em voz baixa.

Ela assentiu. Xiao Zhan puxou a cadeira e sentou-se, seu coração batendo a mil por hora. Seu corpo de repente irradiou uma tremenda quantidade de calor, e ele desabotoou os dois primeiros botões de sua camisa. Isso não poderia estar acontecendo. Agora não. Não agora, quando o mundo já parecia estar desmoronando ao seu redor pouco a pouco.

— O que aconteceu? — Ele perguntou ansioso.

Chiyou pegou uma garrafa de água no balcão, abriu e passou para ele. Com as mãos trêmulas, ele deu uma longa tragada.

— Eu não tenho certeza; Desculpe. Eu não tenho os detalhes. Sua mãe estava perturbada e não estava exatamente coerente. Seu sotaque também era forte, tornando difícil para mim entender o que ela estava dizendo. Mas pelo que percebi, seu pai estava no centro para algum trabalho e de repente desmaiou. Ela ainda não havia saído de casa quando ligou. Ela disse que um vizinho a levaria ao hospital.

— Chocolate — disse Xiao Zhan.

— O que? — Ela perguntou, um olhar confuso em seu rosto.

Ele balançou a cabeça e acenou com a mão.

— Os donos do chocolate, provavelmente...

Ele sabia que isso não era um esclarecimento, mas seu cérebro confuso lutou. Por sorte, Chiyou não insistiu no assunto.

— Isso foi meia hora atrás, talvez menos. Ela tem sorte de conseguir me alcançar; Eu estava prestes a participar de uma reunião de negócios familiar fechada.

Xiao Zhan de repente percebeu que, embora subconscientemente tenha notado que algo estava errado com o visual dela desde o momento em que a avistou, ele não foi capaz de descobrir o que estava errado. Claro, a própria presença dela e as notícias que ela trouxe também o impediram de se concentrar nisso, e o vago sentimento de desconforto ficou em segundo plano. Mas agora que ele foi obrigado a prestar atenção, ele podia ver como o vestido preto conservador, estampado com lírios de aranha carmesim escuro e o coque baixo preso com um ouro ornamentado e grampo de jade, estavam em desacordo com seu estilo usual. Resumindo, ela parecia ter saído de algum filme antigo de gângster. Porém, mais do que o olhar em si, eram as flores vermelhas, com sua ligação com a morte, que o incomodavam. Eles pareciam um mau presságio.

Chiyou, inconsciente de sua sombria linha de pensamento, continuou falando.

— Eu estava prestes a largar meu celular quando recebi a ligação. Você tem sorte de eu ser o favorito do meu pai porque, caso contrário, eu não teria permissão para vir aqui.

Ele piscou, surpreso. Que tipo de reunião de negócios da família era tão secreta a ponto de proibir telefones celulares? E que tipo de organização realizava reuniões no meio da noite? Xiao Zhan percebeu que estava deixando sua mente vagar por outros tópicos para evitar pensar no que poderia ter acontecido com seu pai. Ele se forçou a se concentrar.

— Por que você não me ligou? Por que veio até aqui? — Ele perguntou.

Ela colocou a mão em seu braço e deu um pequeno aperto.

— Algumas notícias devem ser contadas cara a cara. E… — Ela o soltou e apertou as mãos, hesitante. — E eu queria estar aqui no caso de você ter um ataque de pânico... — ela finalmente terminou com um sorriso tenso.

Isso era mais do que ele merecia depois do que ele a fez passar. A culpa pesava pesadamente em seu peito. Ele passou a mão pelo cabelo para ganhar tempo para se recuperar.

Tudo o que nós Prezamos • Yizhan !Where stories live. Discover now