Capítulo 7.

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Hermione sobreviveu o resto da semana sem encontrar Draco. Nem nos elevadores, nem no café, nem no átrio ao entrar. Ela não deixou Ginny pentear seu cabelo de novo. Ela disse a ela que "a pessoa errada notou", o que deixou Ginny bastante confusa tentando descobrir o que ela queria dizer com isso.

Sexta-feira chegou e Hermione ficou feliz em ver o relógio marcando cinco horas. Às vezes, Harry e alguns outros Aurores iam a um pub depois do trabalho nas sextas-feiras, e Harry a convidou hoje. Ela realmente não bebia, mas uma cerveja amanteigada soava bem agora.

Eram 16:42 quando Hermione ouviu passos vindo ao seu escritorio. Ela olhou para cima para ver Harry virando a esquina. Ele estava respirando com dificuldade, como se tivesse corrido.

— Harry, — ela disse. — O que é?

— Eu cometi um erro, — disse ele. Ele passou a mão pelo cabelo e mexeu os óculos pelo rosto. Hermione sentiu um aperto no peito que não sentia há quase dois anos.

— O que está errado?

Ginny dobrou a esquina, também sem fôlego.

— Ginny! Está tudo bem?

— Em breve estará! — Ela sorriu. As coisas não deviam estar tão terríveis se Ginny estava sorrindo.

— Eu, er... — Harry começou. Ele baixou a voz. — Eu estava conversando com alguns membros da minha equipe sobre sair para o pub hoje à noite, e Malfoy estava a poucos metros de distância.

Ginny estava tirando um pente e alfinetes de sua bolsa. Hermione a encarou, sem entender.

— E, — Harry continuou. — Eu disse "Ei Malfoy, se você não estiver ocupado depois do trabalho..."

Quando Ginny começou a puxar o cabelo de Hermione, ela de repente entendeu.

— Nós conseguimos, Potter. Você pode ir, — Ginny disse, girando a cadeira de Hermione.

— Oque...? — Hermione tentou.

— Mais uma vez, sinto muito, Hermione, — disse Harry. Ele caminhou de volta para os elevadores.

Ginny puxou seu cabelo para fazê-la olhar para frente.

— Vamos tentar algo diferente desta vez, sim? — disse Ginny.

— Ginny, pare. — Hermione se virou na cadeira. — Você não precisa fazer isso. Eu vou ficar bem.

— Ouça, Granger. — Ginny se inclinou e colocou as mãos nos braços de Hermione, trazendo seu rosto ao nível do dela. — Você tem que tentar. Não custa nada tentar.

— Há algo a ser dito sobre "tentar" demais, — disse Hermione. Um pensamento a atingiu. — Harry ligou para você?

Ginny assentiu. — Ele apareceu no flu e disse: "Acabei de cometer um erro terrível, convidei Malfoy para sair conosco esta noite", e eu disse a ele para ir contar a você e eu estaria lá.

Hermione não sabia se devia ficar consolada por ter amigos tão carinhosos, ou insultada por ninguém pensar que ela pudesse se vestir sozinha.

— E desta vez, — Ginny ameaçou. — Vamos passar rímel.

~*~

Hermione foi capaz de detê-la pelo brilho labial. Ginny havia puxado o cabelo de suas têmporas para trás em tranças novamente, mas deixou o resto solto, usando sua varinha para enrolar algumas mechas rebeldes nos cachos que deveriam ser. Ginny não deixou que ela se visse até que elas estivessem a caminho do pub, mas ela tinha que admitir que Ginny tinha feito um bom trabalho. O rímel estava pesando em seus olhos, no entanto.

The Right Thing To Do | DramioneWhere stories live. Discover now