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Chishiya Pov

— Chishiya: Cheguei — falei um pouco alto e vi a sala toda bagunçada — passou um furacão aqui?

Ri sozinho e notei o silêncio que estava na casa dos meus pais. Franzi o cenho, e subi as escadas do quarto e a porta aberta mas não tinha ninguém. Respirei fundo, e peguei meu celular do bolso pra ligar pro meu pai.
Olhei de canto e vi uma mancha parecida com sangue perto do banheiro, e meu corpo gelou. Desliguei o celular, e me aproximei pra ver e arregalei os olhos quando vi uma poça enorme de sangue perto do box.

— Chishiya: Que porra é essa?! — corri assustado e liguei desesperadamente pro meu pai — atende!

Ele não atendia de jeito nenhum, então liguei pra minha mãe. Peguei a chave do meu carro, e fui dirigindo sem rumo nenhum. O telefone dava caixa postal, e nem as mensagens chegavam pra ela.

— Chishiya: Meu Deus! — bati no volante com força e irritado. — Atende essa porcaria!

Parei o carro perto de uma árvore e tentei novamente, e senti um alívio ao ouvir a voz na ligação.

Chishiya? Onde você está?

Chishiya: Eu que te pergunto! Tem sangue espalhado pelo banheiro pai! Cadê vocês?

Chishiya, vem pro hospital — pediu e sua voz era de desespero — por favor, venha.

Desliguei o telefone e acelerei o carro indo pro hospital.

(...)

Avisei na recepção e a moça me autorizou entrar, dizendo que era no terceiro corredor a direita. Andei rapidamente e vi meu pai em pé, e notei que até meus tios e tias estavam presentes. Niragi me viu, e veio até a mim com uma cara nada boa.

— Niragi: Vem cá — segurou no meu ombro com força e eu não entendi — onde estava?

— Chishiya: Isso importa? Eu quero saber o que está acontecendo!

— Niragi: Você é um idiota! — falou olhando nos meus olhos.

— Niragi, vem pra cá! — meu tio disse bravo puxando ele. — seu pai quer falar com você, Chishiya.

— Chishiya: Cadê minha mãe? — perguntei e meu pai me olhava com um olhar de tristeza — pai..

— Filho — fazia tempo que não via ele desse jeito. Ele chorava muito, e veio me abraçar. Abraçou forte. Soluçava muito, me dizendo que foi tarde e não tinha o que fazer. — ela se matou.

Fiquei paralisado e ele me olhava chorando, e eu não sabia o que fazer nem o que sentir. Minha mãe se matou. E eu não me despedi dela.

(...)

S/N Pov

— Tem certeza que quer parar por aqui? — minha psicóloga perguntou — não queria que desistisse, S/n..

— S/N: Eu abri mão de muita coisa, mas acredito que agora consigo superar — expliquei — então não quero continuar mais com as sessões..

𝙻𝚘𝚟𝚎 𝙼𝚎 𝙷𝚊𝚛𝚍𝚎𝚛 | 2°  𝚝𝚎𝚖𝚙𝚘𝚛𝚊𝚍𝚊 | Where stories live. Discover now