A incrível Babá (2° Temporada)

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Mᴀʀɪ́ʟɪᴀ Mᴇɴᴅᴏɴᴄ̧ᴀ Nᴀʀʀᴀɴᴅᴏ

Eu estava agora indo atrás da Doutora, não era normal tal comportamento dela, logo Maiara, e principalmente no meu aniversário. A minha Maiara iria querer ficar de grude mesmo estando em um hospital, a minha Maiara daria um jeito de preparar uma surpresa boba, a minha esposa não esqueceria do meu aniversário. Essa não é minha esposa.

-Doutora... Doutora... -falo correndo atrás dela com a Jade no cólo.

-Oi Marília! Tudo bem? -ela se vira me olhando.

-Não muito. -falo tristonha. -A Jade está bem, quem não está é Maiara... -falo a olhando.

Ela assente fraco, pega em meu braço e me faz sentar na cadeira que tinha no corredor, ali estava vazio apenas movimentos de algumas enfermeiras, então ela começou falar.

-Marília... Sua esposa não está bem. -ela respira fundo. -Achamos que ela está com depressão pós parto, acontece com bastante mulheres, principalmente depois de um "trauma" como o dela. -ela faz aspas com as mãos.

-Mas... Como? -falo a olhando com os olhos marejados.

-Marília ela apagou no meio da cirurgia, e quando acordou, bum! A filha de vocês já estava no seu cólo, ela ficou confusa. -ela fala calma. -Vamos resolver isso ok? Vou fazer ela passar com psicólogo, e precisarei muito da sua ajuda. -ela suspira e continua. -Não saía de perto dela, nesse momento ela precisa de todo apoio possível, ela vai te tratar mal, não vai querer segurar a Jade, não vai querer conversar e um sorriso vai ser difícil, mas não saía de perto dela Marília, mostre a ela que está com ela, que não vai soltar a mão dela, ela vai enxergar isso uma hora. -A doutora fala me olhando nos olhos.

-Certo doutora. -limpo uma lágrima e olho minha filha. -Pode mandar tudo que for ajudar ela, médico, remédio, seja lá o que for, só traga minha esposa se volta, por favor! -falo respirando fundo ainda com os olhos em Jade.

-Irei fazer de tudo Marília. Mais tarde passo lá no quarto, tchau gorduchinha da tia. -ela fala sorrindo fraco e acaricia a mãozinha da bebê. -Vai dar certo Marília.

Assenti fraco agradecendo e me levantei quase correndo para o quarto.

Quando cheguei no mesmo, Maiara estava no telefone, falando com alguém enquanto chorava.

-Mamãe por favor me tira daqui! -ela falava com a voz embargada. -Não... A menina recebeu alta... Sim... Pode vir ficar comigo então? -ela fala no telefone sem notar minha presença, até a bebê chorar. -Vou esperar, beijo te amo. -ela funga.

-Sua mãe vem? -pergunto a olhando e ela assente. -Sabe que eu não vou poder ficar não é? -ela assente de novo. -Maiara eu não vou embora, eu estou com você, sou sua esposa, e tudo bem você me ignorar ou me tratar mal, mas daqui eu não vou sair. -falo autoritária.

Começo a balançar a neném tentando colocar ela pra dormir de novo, mas provavelmente aquele choro era de fome, já que faz um tempinho que ela não toma seu leite.

-Consegue amamentar ela? Ela está com fome. -falo olhando a Maiara.

Ela nega com a cabeça, olha pra menina com repulsa e vira na cama ficando de costas pra mim e pra Jade. A menina gritava e então a Maiara colocou o travesseiro na cabeça.

Respirei fundo mais uma vez, eu não vou deixar a minha filha com fome, eles devem ter chuquinha e leite congelado, vou alimentar ela.

Fui até a porta e chamei uma das enfermeiras, pedi pra que ela me trouxesse a chuquinha com leite e a mesma saiu indo buscar.